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22:01
ANDRADEJRJOR
Bela Megale - Veja
O candidato tucano tinha fortes razões para acreditar que venceria, mas
reagiu rapidamente à derrota e se prepara para voltar a enfrentar Dilma
como líder da oposição
Pelo telefone, a voz de Aécio Neves em nada se parece com a do candidato
vencido que, no domingo, ao assumir a derrota, discursou em tom abatido
por pouco mais de dois minutos. O timbre mudou — é de novo o de alguém
em combate. De sua fazenda em Minas Gerais, o tucano falou a VEJA sobre
os erros da campanha, os planos para o futuro e o novo país que ele
acredita ter saído destas eleições.
O senhor saiu desta eleição com a maior votação que um candidato
do PSDB já teve no segundo turno, o apoio de 51 milhões de brasileiros e
o título de “líder natural da oposição”. Como pretende usar esse
patrimônio?
Pretendo usá-lo para cumprir minha parte no que
será a missão do nosso partido a partir de agora: ser a voz e o
sentimento de mais de 50 milhões de brasileiros que demonstraram com a
contundência do voto que estão cansados da incompetência e dos desvios
éticos desse grupo que está no governo. Desvios éticos que na eleição
ficaram ainda mais patentes como o modo de ser deles. O uso despudorado
da máquina pública e o terrorismo com que o PT intimidou os eleitores
são manifestações de uma mesma visão de mundo, a de que eles são donos
do país e podem fazer impunemente tudo o que quiserem. Essa violência
não tem paralelo na nossa história democrática. Foram cruéis com os
eleitores ao mentir descaradamente para eles. Na baixeza para com seus
adversários,
o PT estabeleceu também um novo e degradante patamar.
Primeiro o Eduardo Campos e depois a Marina Silva foram tratados não
como adversários políticos com visões diferentes das deles. Foram
tratados como inimigos da humanidade, como seres humanos moralmente
defeituosos, maus e insensíveis. Uma eleição ganha dessa maneira diminui
o Brasil perante o mundo e perante nós mesmos. A torpeza de métodos do
PT depois se voltou contra mim com toda a força, o que me fez pensar com
mais carinho em Eduardo e Marina, pessoas decentes, figuras públicas
com contribuições sociais extraordinárias para o povo brasileiro,
destroçadas sem dó pela máquina do PT. Mas essa campanha produziu um
avanço importante. Enquanto o PT envenenava o horário eleitoral, surgia
nas ruas uma reação espontânea de resistência cívica popular. As pessoas
retomaram as ruas, redescobriram a coragem. Finalmente, depois de
tantos anos, o Brasil perdeu o medo do PT.
Esse sentimento cívico que o senhor despertou vai durar quanto tempo?
A vitalidade que esta campanha injetou nas pessoas é uma força que não
se dissipará facilmente. Ela vai nos manter unidos. Esse Brasil sem medo
do PT
vai ser percebido logo pelo governo. A sociedade está muito
mais atenta, vigilante e serenamente imune ao discurso raivoso dos
petistas. A oposição saiu revigorada desse processo. Estou pronto para
assumir meu lugar nela.
Sem trégua nem lua de mel, como disse o senador (e candidato a vice na chapa tucana) Aloysio Nunes?
Os 51 milhões de brasileiros que se puseram na oposição nas eleições
esperam que seus representantes no Congresso sejam vigilantes e firmes.
Que se oponham ao governo, e não ao país. Seremos firmes porque nossos
eleitores reprovaram nas urnas os métodos do PT, sua visão de mundo,
seus desvios éticos, a forma como compõe o governo e a forma como
governa. Não vamos permitir que o governo desvie a atenção dos
brasileiros do maior escândalo de corrupção da nossa história, o da
Petrobras.
Leia a continuação dessa reportagem na Veja
fonte rota2014
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