Jornalista Andrade Junior

FLOR “A MAIS BONITA”

NOS JARDINS DA CIDADE.

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CATEDRAL METROPOLITANA DE BRASILIA

CATEDRAL METROPOLITANA NAS CORES VERDE E AMARELO.

NA HORA DO ALMOÇO VALE TUDO

FOTO QUE CAPTUREI DO SABIÁ QUASE PEGANDO UMA ABELHA.

PALÁCIO DO ITAMARATY

FOTO NOTURNA FEITA COM AUXILIO DE UM FILTRO ESTRELA PARA O EFEITO.

POR DO SOL JUNTO AO LAGO SUL

É SEMPRE UM SHOW O POR DO SOL ÀS MARGENS DO LAGO SUL EM BRASÍLIA.

domingo, 31 de março de 2019

PSDB e PT saqueando seu bolso

JOSÉ NÊUMANNE PINTO


O PSDB tem a terceira maior bancada da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo e o PT, apenas dez vereadores. Mas, juntos e com apoio do PTB, que tem dois (2!), e mais outros indignos representantes da podre realpolitik, elegeram Cauê Macriz presidente e Ênio Tatto primeiro secretário. Com a chave do cofre ampliaram em sete vezes o número de assessores do líder do PTB, ex-presidente da Casa, e anabolizaram os próprios gabinetes e dos líderes de suas legendas. Uma ignomínia digna de processo na Justiça para salvaguardar interesses do contribuinte lesado. E também uma excelente oportunidade para uma devassa não apenas sobre o assalto aos cofres públicos dos falsos adversários e desde sempre aliados sócios tucanos e petistas e também pondo sub judice a própria existência da Alesp, que não tem nem nunca teve serventia. Direto ao assunto, inté e só a verdade nos salvará.

Gastança: Aqui se faz, aqui se paga,

 por Deonísio da Silva
          FOTO ANDRADE JUNIOR


Aqui se faz e aqui se paga, diz o brasileiro, que entretanto tem o carma de pagar pelo que não fez e deseja receber pelo que não pagou.
Jaz nas profundezas da alma brasileira o gosto de ter um El Rey ou vice-rei a quem recorrer. Nos tempos atuais, El Rey e vice-reis atendem por outros nomes. E alguns são ex-presidentes. Já ordenaram muitas despesas e hoje usufruem o pagamento, em muitos casos indevido, pelo que fizeram, mas também pelo que deveriam fazer e não fizeram: a reforma da Previdência, por exemplo.
Ninguém tem ex-mãe, ex-pai, ex-filhos ou ex-avós. Não existe ex para laços sanguíneos. Só pode ter ex-mulher e ex-sogros. E todos temos ex-presidentes. Nenhum ex custa tão caro aos brasileiros quanto os ex-presidentes.
Nunca tivemos tantos ex-presidentes da República. São seis atualmente. Gastamos milhões de reais com eles que, por ordem de saída de cena são: José Sarney: ex desde 1990; Fernando Collor: ex desde 1992; Fernando Henrique Cardoso, ex desde 1º de janeiro de 2003; Luiz Inácio Lula da Silva, ex desde 1º de janeiro de 2011; Dilma Rousseff, ex desde  31 de agosto de 2016; Michel Temer, ex desde 1º de janeiro de 2019.
Fazendo as contas, apenas no ano passado a ex-presidente Dilma Rousseff custou R$ 632 mil, dos quais R$ 45,4 mil com seguro, manutenção e combustível de veículos. O segundo a gastar mais foi Collor, com R$ 306 mil. José Sarney gastou R$ 158 mil e Lula R$ 119 mil. O mais baratinho foi FHC, que custou R$ 41,3 mil.
Outros indicadores são igualmente preocupantes. Um ex-presidente foi preso na semana passada e solto depois de quatro dias, mas pesam acusações complicadas também sobre os outros, alguns dos quais já são réus.
Há mais de mil palavras em português iniciadas com ex, uma preposição que se tornou prefixo e ganhou autonomia na língua falada. O étimo de ex nos veio do Latim ex, mas já estava no Grego ek e na raiz indo-europeia eghs indicando movimento para fora, de ocultar, sair de cena.
Às vezes, está tão escondido e disfarçado este ex, que gera controvérsias, como é o caso de explorar; de exausto, que no português perdeu o “h” inicial que tinha no Latim haustus, particípio de haurire, consumir, esgotar. Do exhaustus nada mais se obtinha, fosse pessoa, bicho ou terreno.
Explorar, do Latim explorare, também traz o ex na inicial, tendo designado originalmente clamar, gritar, seja na caça ou nas batalhas, perseguindo para abater e comer ou ferindo e matando para vencer.
O étimo principal é plorare, gritar, chorar. Este encontro “pl” mudou o som para “ch” no Português, como pluvia virou chuva, mas que conservou o étimo em índice pluviométrico, indicador das chuvas havidas em determinado tempo e em determinada região; ou o conservou, como em implorar com o significado de pedir.
O que está em causa, porém, não é a etimologia da designação ex-presidentes. É o seu custo. Ele vai ser afetado pela reforma da Previdência?
Bem, esta é uma das complexas questões que envolvem a controvérsia. Para isso, temos que escolher alguém para pôr o guizo no pescoço do gato, tal como numa das 124 fábulas do ex-seminarista francês  Jean de La Fontaine, autor de histórias em que os animais têm características humanas. Ele viveu no século XVII, era filho de um fiscal das águas e de florestas, e está sepultado ao lado de dramaturgo Molière (pseudônimo de Jean-Baptiste Poquelin) num dos cemitérios mais famosos do mundo, o Père-Lachaise, em Paris, que homenageia o padre confessor do rei Luis XIV.
Conta La Fontaine que, reunidos em assembleia, os ratos decidiram, por unanimidade, pôr um guizo no pescoço do gato para perceber quando ele se aproximasse para caçá-los. Todos tinham aprovado a proposta, mas um rato velho fez uma pergunta que travou tudo: quem vai pôr o guizo no pescoço do gato?
Até hoje, nenhum rato conseguiu. Por isso a expressão veio a designar tarefa muito difícil, quase impossível de ser feita. A leitura desta fábula pode ser útil hoje para se entender o Brasil. Dê nome aos bois, digo, aos ratos e ao gato, e teremos uma boa explicação.
*Deonísio da SilvaDiretor do Instituto da Palavra & ProfessorTitular Visitante da Universidade Estácio de Sá
Com Blog do Augusto Nunes










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Tiffany tem pintinho e o jantar de R$290mil...

MARCELO BRIGADEIRO
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Tiffany tem pintinho e o jantar de R$290mil...


DEPOIMENTO DE QUEM VIVEU A HISTORIA DE 31 DE MARÇO DE 1964

Vale a pena ver e repassar para quem tem dúvidas e acha que foi golpe! Veja as Manchetes dos jornais da época e, assista o vídeo. Depois compartilhe. A verdadeira história tem que ser conhecida por todos.









PORTA-VOZ PERDE A PACIÊNCIA E DA UMA NA LATA DE JORNALISTA ESQUERDISTA QUE FEZ PERGUNTA "IDÏOTÄ"

POLITICA BRA
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PORTA-VOZ PERDE A PACIÊNCIA E DA UMA NA LATA DE JORNALISTA ESQUERDISTA QUE FEZ PERGUNTA "IDÏOTÄ"

'Justiça' seja feita com proventos e penduricalhos

Frederico Vasconcelos, Folha de São Paulo
O Tribunal de Justiça do Pará aposentou voluntariamente um analista judiciário com proventos integrais de R$ 56 mil.
Seu vencimento básico é de R$ 6 mil. Foram somados gratificação e adicionais.
O Tribunal de Justiça da Bahia concedeu aposentadoria voluntária a um motorista com proventos integrais de R$ 24,7 mil.
Seu vencimento básico é de R$ 5,6 mil. Foram somados abono permanente, vantagens pessoais, reposição e adicionais.
















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IMPOSITIVO NÃO É O ORÇAMENTO, MAS A REALIDADE

 por Percival Puggina.
Que coisa, não? Quando você pensava que teríamos um parlamento de qualidade superior, graças à ampla renovação que a sociedade, responsavelmente, se encarregou de promover, nos deparamos com as mesmas velhas práticas. Recomeçou o corpo mole à espera do dá cá para o toma lá.
Estará o Congresso Nacional infectado por uma contaminação resistente à faxina, que permanece no ambiente alterando condutas, transformando discursos de campanha em papel picado? Não é isso, não. Não é bactéria. O Congresso que temos é o que podemos ter com o modelo que escolhemos para nossas instituições políticas.
Repetidas vezes tenho dito e escrito que, diferentemente dos demais jogos, em que a regra determina apenas o modo de jogar, quando se trata do “jogo” da política a regra também determina quem joga. Sob certas regras jogam uns, sob regras diferentes, jogam outros. Uma das consequências mais funestas de um regramento impróprio, pouco ou nada racional, é o mau recrutamento de lideranças pelos partidos e o sumiço dos estadistas de que o Brasil tanto carece. Assim como um mau sistema de ensino sepulta talentos em seu nascedouro, instituições mal concebidas são cemitério de potenciais estadistas. As exceções rareiam.
Observe, leitor, a recente decisão da Câmara dos Deputados instalando o orçamento impositivo. Foi uma péssima decisão para o Brasil, tomada com fundamentos teóricos corretos. Votar o Orçamento é função essencial das casas legislativas. Elas nasceram para autorizar e fiscalizar o gasto público. O Orçamento, portanto, não pode ser mera sugestão de um poder aos outros dois, do Legislativo ao Executivo e ao Judiciário. Os parlamentares não o encaminham aos demais poderes acompanhado de uma cartinha dizendo: “Olha pessoal, é isso aí, ou algo parecido com isso aí”. Não, o Orçamento deveria, mesmo, ser impositivo.
Só que não. Só que no nosso presidencialismo, com o recrutamento de lideranças proporcionado pelo sistema eleitoral e de governo que adotamos, retirar do Executivo, em meio a uma assustadora crise fiscal, seu poder de manobrar o gasto público conforme as imposições da realidade é uma imprudência grave. É carrinho por trás com o pé levantado.
Não se pode importar ao presidencialismo, acriticamente, práticas virtuosas do parlamentarismo. Na transposição, elas podem se tornar viciosas. No parlamentarismo, governo e maioria parlamentar são a mesma coisa. Há sintonia entre ambos. Votar, a maioria, contra o governo é dar tranco em si mesma. Governos caem quando isso acontece. Em casos de instabilidade política, novas eleições para o Legislativo podem ser convocadas (e isso ninguém quer). Por essa razão e por muitas outras, o parlamentarismo é um sistema superior. No entanto e por enquanto nosso sistema é essa joça aí. Nele, maiorias eventuais – eventuais! – podem barrar o governo sem que nada altere o dia a dia do Congresso. As contas dos desacertos, das reformas não feitas, dos gastos inoportunos e das instabilidades são ônus do povo.


















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O PLANALTO E A MAMADEIRA

por José Henrique Westphalen.
                     foto Andrade Junior
Entre os dias 20 e 22 de março estive com o Ministro Onyx Lorenzoni, na Casa Civil, em Brasília. Confesso que imaginava que a rotina era muito pesada, mas não imaginei que fosse tão pesada. Somente nesses primeiros 80 dias de governo, foram 270 parlamentares atendimentos pela Casa Civil e 160 despacharam diretamente com o Ministro Onyx, alguns mais de uma vez.
Além da pesada rotina, minha estadia no Planalto teve direito a ver in loco o presidente da Câmara Rodrigo Maia ofender o Ministro Sérgio Moro na quarta-feira e na quinta assistir pela TV seu sogro, juntamente com o ex-presidente Temer, serem encarcerados por corrupção.
A falsa falta de articulação do governo, propagada por Rodrigo Maia e amplificada pela extrema-imprensa tem muito a ver com o relato acima, pois reside essencialmente em dois fatores: no apego da velha guarda da Câmara em manter o sistema rodando e na vontade da mídia engajada em difamar o governo Bolsonaro. Mas afinal, quando Rodrigo Maia fala em articulação, o que ele quer dizer?
Segundo o Dicionário Aurélio, articulação pode ser descrita como um dispositivo orgânico, pelo qual as pessoas ficam em contato e se exprimem com clareza. Partindo desta premissa, recordaremos alguns fatos:
• Presidente Bolsonaro levou a Nova Previdência pessoalmente ao Congresso;
• O Ministro Paulo Guedes ficou horas no Congresso explicando a Previdência;
• O presidente Bolsonaro fez um pronunciamento oficial sobre o tema;
• O Ministro Onyx recebeu dezenas de parlamentares na Casa Civil;
• O presidente e sua equipe participaram de um jantar com os 3 poderes na casa de Maia;
• Equipes do Ministério da Economia ficaram a disposição da imprensa e deram diversas entrevistas explicando a previdência;
• Há campanhas patrocinadas nas redes sociais sobre a nova previdência e o engajamento direto do presidente, ministros e secretários.
• O projeto da Previdência dos Militares também foi entregue pessoalmente ao presidente da Câmara.
Portanto, segundo a descrição oficial para “articulação”, acredito que o governo Bolsonaro vem cumprindo com maestria sua tarefa. Agora, se o significado de articulação para Rodrigo Maia e parte do Congresso é diferente, eles que venham à público e expliquem o que esperam da “articulação do governo”.
Outra questão importante a ressaltar, é o fato de Maia afirmar que a Câmara não vai arcar com o “desgaste” da reforma. O que ele pretende com essa frase? Ele quer dizer que não fará o trabalho para qual foi eleito? Ele quer dizer que a Câmara só vota e aprova pautas populistas?
Maia precisa compreender que a nova previdência não é do Bolsonaro, é do Brasil. E mais, se o presidente, que sempre foi contra as mudanças na previdência, topou assumir o enorme desgaste que é pautar esse tema, não será o Congresso que ficará omisso. Ao que tudo indica, Maia quer mamadeira, quer ser embalado em berço esplêndido, para então pautar a previdência.
Acontece que a teta do Planalto secou. Quem quiser mamar, que ordenhe o próprio leite.

*José Henrique Westphalen é Cientista Político e Mestre em Comunicação.
**Publicado originalmente em https://opiniaolivre.com.br/o-planalto-e-a-mamadeira-por-jose-henrique-westphalen/

sábado, 30 de março de 2019

O PAPO FURADO DE TOFFOLI

JOSÉ NÊUMANNE PINTO


FOTO ANDRADE JUNIOR

Toffoli agora vive com a conversa pra boi dormir de um pacto entre as cúpulas dos poderes da República para destravar o Pais e mudar a Constituição. Quem quiser que acredite nessa chorumela. Eu mesmo não. Destravar a economia é missão de Bolsonaro, Guedes, Câmara e Senado. STF tem é que destravar a própria agenda, que ele mesmo vive entupindo com lorotas como a mudança da jurisprudência da prisão após segunda instância. A Contituição só deveria ser enxugada por constituintes exclusivos eleitos pelo povo e com quarentena de oito anos para disputar cargos eletivos, como propõe Modesto Carvalhosa. O resto é paia pra tocar fogo em monturo. Direto ao assunto. Inté. E só a verdade nos salvará.

"1964, o cadáver insepulto",

por Ruy Fabiano
      foto Andrade Junior
Amanhã, a queda do governo João Goulart, ocorrida em 31 de março de 1964, faz 55 anos. Deveria ser um fato histórico devidamente ultrapassado, objeto de avaliação dos historiadores, sociólogos e cientistas políticos, com base em registros, documentos e depoimentos – tema, enfim, remetido ao tribunal da História.
Mas não é. É um cadáver insepulto, a assombrar gerações que nem sequer haviam nascido ou que estavam na primeira infância naqueles dias. Todos os seus protagonistas, civis e militares, estão mortos há muitos anos. Os sobreviventes, hoje mais que septuagenários, tiveram papel acessório nos acontecimentos.
O que explica então essa presença fantasmagórica, a assombrar os dias atuais? Simples: o 31 de março de 1964 (golpe, contragolpe, revolução, contrarrevolução, intervenção civil-militar ou apenas militar, seja lá o que tenha sido) transformou-se em uma espécie de mito fundador da esquerda contemporânea brasileira.
A partir dali, construiu-se uma narrativa de martírio que forja heróis de almanaque e busca dar-lhes protagonismo nos dias atuais.
Essa narrativa exclui os atos de um dos lados, o vencido, e projeta no vencedor todas as atrocidades de um embate que envolveu guerrilhas, sequestros, assaltos a banco e atos de terror. A cartilha de Marighela, não por acaso, destacava a palavra “terror”.
Alguns desses então proclamados terroristas, anistiados em 1979, viriam a ocupar postos de comando na república – Dilma, na Presidência, e outros no Congresso, ministérios e governos estaduais.
Mas a página não foi virada. A Comissão da Verdade listou, em 21 anos, 434 mortos no embate; a esquerda matou cerca de 120. No total e no prazo de vigência do regime, cerca de 20 mortos por ano.
O país, nesse período, teve uma média de 120 milhões de habitantes. Cuba, com oito milhões, relaciona 120 mil fuzilados, além de exilados e presos políticos aos milhares, ainda hoje excluídos. A Venezuela bolivariana já matou mais que o dobro no Brasil de então.
É uma história contada pelo perdedor, invertendo a lógica de que é o vencedor que impõe sua narrativa. Quem se der ao trabalho de ler os jornais e revistas da época há de constatar (pois se trata de matéria de fato, não de opinião) uma quase unanimidade da opinião pública em relação aos acontecimentos.
A mesma mídia, que hoje deplora o ocorrido, celebrou (à exceção da falecida Última Hora) o seu advento. O principal jornal de então, o Correio da Manhã, o postulou em dois editoriais (“Basta” e “Fora”); O Globo, em editorial de primeira página, estampava: “Ressurge a Democracia”. Hoje, diz o contrário. O que mudou?
O regime militar, que Lula saudou (há vídeos na internet) como responsável pela fase econômica mais próspera do país, abriu mão da narrativa. Entregou a cultura aos adversários – e não por descuido, mas por convicção: o general Golbery sustentava a teoria da “panela de pressão”, segundo a qual a esquerda precisava de uma válvula de escape – e esta era a cultura, que julgava inofensiva.
Subestimou o poder da narrativa, ainda hoje em pleno curso. A história, nesses termos, não é o que ocorre, mas o que dali se conta.
O governo Bolsonaro, ao decidir pela celebração da data, tenta reverter o fenômeno, o que só parece viável a longuíssimo prazo, quando todos estaremos mortos.
Num primeiro momento, embora a expectativa seja oposta, dá combustível a seus adversários para que reforcem seu martiriológio e mantenham vivo o seu mito fundador.
O país, no fim das contas, mantém sua vocação de centro espírita político, que mantém o passado em permanente mutação.
Ruy Fabiano é jornalista  
Veja












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Leandro Paulsen em NY: fôlego da Lava Jato no Manhattan Connection

Vitor Hugo Soares, jornalista, Blog do Noblat, Veja
            foto Andrade Junior
O desembargador federal Leandro Paulsen, do TRF4, que o âncora Lucas Mendes apresente  como “o domador da jaula da Lava Jato”, foi o entrevistado, domingo passado, (24), no Manhattan Connection. Revista semanal do canal privado de TV, GloboNews, tocado, desde Nova York, por pesos pesados da informação e análise política, econômica e de variedades, instalados em São Paulo, Veneza ou em outras partes do mundo onde estiver a notícia em pauta.
Quem é seguidor do programa (meu  caso), jamais despreze a possibilidade de ser surpreendido nos fins de noite,  com alguma revelação polêmica, um fato ou entrevista “fora do trivial dona Maria”, no dizer dos soteropolitanos ao criticar mesmices. No último deles, a surpresa não poderia ter sido mais significativa, e relevante, do ponto de vista do jornalismo factual. Refiro-me à presença do desembargador gaúcho – um dos três magistrados da condenação do ex-presidente Lula em segunda instância, de passagem por NY, – diante da bancada do “Manhattan”: três dias  após a prisão, em São Paulo, do ex-presidente Michel Temer, na operação Descontaminação.
No centro de tudo, a Operação Lava Jato,  que chega aos 5 anos de severo combate a corruptos e corruptores no País (na política, nos governos e nos negócios), e volta ao olho do furacão nos debates nacionais do esquentado final de março. Que passou a arder ainda mais com o duelo verbal entre  o presidente da República, Jair Bolsonaro, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, na esteira da Reforma da Previdência e das detenções de Temer e do ex-ministro e ex-governador do Rio, Moreira Franco (entre outros), determinadas pelo juiz federal, Marcelo Bretas. Todos soltos, na segunda-feira, 25, por decisão do desembargador Antonio Ivan Athié, do TRF-2,  que agrega novos e incendiários ingredientes à discussão.
Lucas Mendes, no estúdio em NY, tenta produzir uma antevisão do desfecho do caso em andamento, e faz comparações em seu estilo direto – sem perder o bom humor -,  sobre as prisões de Lula e Temer, pela Lava Jato. Pede esclarecimentos do entrevistado sobre similitudes e dessemelhanças entre as duas polêmicas situações. E faz a pergunta crucial: essas prisões reforçam ou ameaçam a Lava Jato?
Presidente da turma e revisor, no TRF- 4, dos processos da Lava Jato, em Curitiba, Paulsen estabelece o que ele considera as “diferenças grandes”: Lula foi preso para cumprimento de pena já estabelecida. A de Temer foi uma prisão preventiva, “quando se avançou um pouco mais, se foi mais ousado no combate à criminalidade… é algo novo o que nós temos aí – a prisão preventiva de um ex-presidente”. Sobre suas expectativas no caso Temer, o desembargador também vai direto ao ponto: “Espero que  essa prisão tenha bons fundamentos. Isso só veremos nos próximos dias, a partir do momento em que a decisão do magistrado for escrutinada no Tribunal Federal  Regional ou em algum tribunal superior”. E assinalou: “o que não podemos deixar de considerar é que este ca so (Temer) é fruto praticamente do fim do foro privilegiado no nosso País”. Teve mais, muito mais, mas fico por aqui.
Gol de placa jornalístico, na quase madrugada da TV brasileira, esta entrevista, cuja íntegra, disponível na internet, sugiro, vivamente, a quem perdeu a apresentação no calor da hora. Viva!
















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OS FATOS FALAM

por Renato Sant’Ana
Rui Falcão, ex-presidente nacional do PT, hoje deputado federal, anunciou que a bancada de 54 petistas da Câmara votará unida contra a reforma da previdência. Era esperado. Mas é preciso conhecer a história para compreender o real significado do que ele disse.
Em 2003, primeiro ano do governo Lula, o PT expulsou do partido a senadora Heloísa Helena (AL) e os deputados Babá (PA), Luciana Genro (RS) e João Fontes (SE). Por quê? Só porque eles criticavam a reforma da previdência que o PT (sim, o PT!) havia proposto.
Muito significativo foi o banimento do deputado João Fontes, fulminado em processo sumário, acusado pelo PT de ter " rompido a ética partidária" ao divulgar um vídeo de 1987, em que Lula atacava a "taxação dos inativos": a mesma taxação que Lula incluiu na reforma.
E como maior inimigo é o ex-amigo, em 14/12/2003, fazendo sua defesa perante "companheiros" que viriam a expulsá-la, Luciana Genro desnudou o que ela mesma chamou de "hipocrisia" do PT. Sobre João Fontes, disse ela: "O deputado revelou uma parte importante da história do partido dos trabalhadores, ao divulgar aquela fita, que ninguém contestou a veracidade."
E meteu a pua na incoerência do PT: "(...) discursos de Lula atacando a reforma da previdência que o governo Sarney tentava implementar, e que tentaram sucessivos governos posteriores, e que agora foi finalmente aprovada pelo governo do presidente Lula e do PT."
Foi tudo muito revelador - e útil à compreensão do que ocorre hoje. Além de decidir em votação secreta a expulsão dos deputados, o Diretório Nacional do PT reuniu-se a portas fechadas em um dos hotéis mais caros da capital: "[o PT] encerra simbolicamente a sua vida como um partido que buscou representar a classe trabalhadora neste hotel, o mais fino de Brasília - 'Blue Tree Park' - com um café da manhã regado a suco de laranja e 'brownie'", declarou Luciana Genro.
E o então deputado Lindberg Faria (RJ), que ia integrar uma frente para atacar na Justiça a propaganda do governo Lula sobre a reforma da Previdência, para não ser expulso recuou e prometeu não reincidir no que o comando petista chamava de "arruaça pública" - até por que, ficar sem partido àquela altura impedia de participar das eleições de 2004.
À época, a cúpula do PT - que expulsou militantes que se recusavam a trair as próprias convicções - era integrada por José Genoíno (presidente nacional da sigla), Zé Dirceu, Antonio Palocci e Lula: todos (todos!) foram depois condenados na Justiça por corrupção.
Contudo, o único que teve um processo de expulsão contra si foi Palocci, que relatou à polícia alguns dos delitos de Lula. Em setembro de 2017, ele disse achar estranho que o processo tenha sido aberto não por sua condenação (na Lava Jato), mas pelas declarações que fez sobre Lula. E acrescentou que, no PT, "quem fala a verdade é punido e os erros e ilegalidades são varridos para debaixo do tapete".
Sim, evocar a verdade dos fatos, como fizeram João Fontes e Palocci, é romper "a ética partidária". Ao passo que roubar os cofres públicos para favorecer o projeto de poder do PT é "ato de heroísmo".
Aliás, a equivocada mas sincera Luciana Genro acertou ao, em 2003, apontar o rumo do PT: "Sequer a corrupção vocês vão combater porque os grandes corruptos deste País, que nós passamos anos e anos denunciando, são hoje aliados do governo."
Ruy Falcão, portanto, omitiu o principal: na oposição, o PT é contra tudo, e tudo faz para arruinar o governo. Seu único fim é tomar o poder, adonar-se do que seja estatal e acomodar a companheirada. E sempre, sempre a farsa da "defesa dos mais pobres".
*Renato Sant’Ana é Bacharel em Direito e Psicólogo - E-mail do autor: sentinela.rs@uol.com.br
**Artigo publicado originalmente em www.alertatotal.net.

 

O pacto dos suspeitos pela impunidade

JOSE NÊUMANNE PINTO
Informação de Marco Aurélio Mello de que STF vai derrubar em 10 de abril a autorização para começo de cumprimento de pena depois da condenação em segunda instância como gran finale da operação para mandar o ladrão Ali Balula, chefe de 40 milhões de devotos, de volta ao doce recesso do lar, iniciada com a transferência para a injustiça eleitoral dos processos criminais que envolvam caixa 2 em eleições. Gilmar Mendes foi o estrategista dessa manobra que conta com aliados na Câmara e no Senado, todos ansiosos por se verem livres da insônia que os acomete desde que a Lava Jato for enterrada, como eles almejam. Os juízes com vergonha na cara na primeira e na segunda instância continuam apenando outros delinquentes, mas não conseguem impedir que os donos de foro privilegiado continuem livres, leves e soltos. Direto ao assunto. Inté. E só a verdade nos salvará.

"Como vender uma revolução",

por Claudio de Moura Castro
          Quase simultaneamente espocam dois movimentos de independência. Rebelam-se os colonos da Nova Inglaterra e os inconfidentes de Minas Gerais. Estamos no fim do século XVIII. Reclamam dos mesmos problemas, lá e aqui: excesso de impostos e pouca voz na administração pública, no governo. Em ambos os casos, as movimentações são fruto da burrice e arrogância de burocratas das metrópoles, Inglaterra e Portugal. O sucesso de um caso e o fracasso do outro são irrelevantes para o tema deste artigo.
Os inconfidentes eram intelectuais, poetas e escritores de boa cepa. Quem melhor do que eles para empacotar de forma convincente as mensagens que sacudiriam as Minas Gerais? Mas a eloquência de suas palavras tinha pernas curtas. A imprensa estava proibida, e nem 5% do povaréu sabia ler. Sobrava o boca a boca. Coube a missão a Tiradentes, mascate, dentista ambulante e militar experimentado. Perambulando pelas precárias trilhas da província, ele foi incansável.
Por uma coincidência histórica, Lutero entrou em cena, pouco depois do magistral invento de Gutenberg. A imprensa criou um canal para disseminar as ideias da Reforma. Na Igreja do papa, ler a Bíblia era proibido — sob risco de ser queimado vivo! Em contraste, para os protestantes era essencial ler e discutir a Bíblia. Sendo assim, havia que aprender a ler. Fugindo das perseguições da Igreja, protestantes alfabetizados povoaram as colônias da Nova Inglaterra, que, à época, ganhou as taxas de escolarização mais elevadas do mundo.
Diante de um iminente confronto entre os colonos e as tropas inglesas acantonadas em Boston, na calada da noite, a impressora de um jornal local foi desmontada e transportada para uma cidade bem distante. Ao eclodir o primeiro choque militar, ela passou a ser usada, de forma eficaz, como meio de comunicação e mobilização. O jornal organizava e coordenava a resistência dos colonos, cuja preparação já se iniciara havia bom tempo. Ler virou um talento militarmente estratégico.
Para os analfabetos das nossas Gerais, não mais havia do que os fatos transmitidos oralmente. Mas, ao longo da história, pipocaram novos estilos de marketing das ideias políticas. Na Nova Inglaterra, com eficiência e capilaridade, a palavra escrita cumpriu esse papel. Em décadas recentes, a televisão teve impacto devastador no embate Richard Nixon-John Kennedy. Inesperadamente, o rádio voltou a ter um papel relevante. Mas são todos derrotados pelo rolo compressor da combinação de smartphones com redes sociais. A jihad das primeiras décadas do Islã só contava com o boca a boca. Mas sua exumação nos dias presentes não pode dispensar a palavra escrita (combinada com vídeos sanguinolentos). Ironicamente, a jihad é disseminada pelos meios tecnológicos criados pela civilização que quer destruir.
Emprenha-se pelos sentidos, através da televisão e do rádio — que dispensam a alfabetização. Mas a palavra escrita continua poderosa, seja nos jornais e revistas, seja nos smartphones, embora se mantenha inerte para quem não lê.

Veja

























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