Com informações de O Globo
Com estrutura ainda modesta, a Justiça e o Ministério Público Eleitoral planejam se fortalecer diante da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de remeter para o seu âmbito processos sobre crimes ligados à prática de caixa dois. O entendimento da Corte recebeu críticas de integrantes da Lava-Jato, que enxergam na medida o enfraquecimento da operação. Procuradores eleitorais não descartam criar grupos especializados no combate à corrupção, uma de suas novas atribuições.
O suporte de pessoal foi fundamental para o sucesso das investigações da Lava-Jato desde 2014. No Rio, a força-tarefa que prendeu na última quinta-feira o ex-presidente Michel Temer (MDB) conta com 11 procuradores — sete deles trabalhando apenas nos casos relativos à operação. A equipe é atendida ainda por quase 40 assessores. Em Curitiba, há 15 procuradores, 11 policiais federais e 30 assessores atuando nos casos, a maioria de maneira exclusiva.
Para efeito de comparação, na capital paranaense, a maior zona eleitoral tem apenas quatro servidores concursados (dois analistas judiciários e dois técnicos), além de um estagiário e outros dois funcionários. No Rio, cada promotor eleitoral tem um assessor jurídico, além de poucos servidores.
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