Blog Rodrigo Constantino - Veja
Alguém aí lembra da Rose? O GLOBO traz hoje uma reportagem sobre
os dois anos da Operação Porto Seguro, completados em total clima de
impunidade. O porto seguro, pelo visto, é o esconderijo da “amiga” de
Lula, protegida da justiça e até da imprensa, que deixou o caso
esquecido, abandonado às traças, ignorado. Diz o jornal:
Dois
anos depois de ter sido um dos principais alvos da Operação Porto
Seguro, deflagrada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público
Federal, a ex-chefe do escritório da Presidência da República em São
Paulo Rosemary Noronha mantém mistério sobre a sua vida profissional. A
amiga do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não revela como tem se
sustentado. Sua família inaugurou, no início do ano, uma escola de
inglês para crianças em bairro nobre de São José dos Campos (SP), no
Vale do Paraíba. Até hoje, não houve punição a nenhum dos 24 citados no
escândalo, e dez deles mantêm seus cargos no governo federal, com
salários de R$ 3,9 mil a R$ 21,4 mil.
Durante
as investigações que levaram à descoberta da quadrilha que vendia
pareces em órgãos públicos federais, foi constatado que Rosemary e o
ex-diretor da Agência Nacional de Águas (ANA) Paulo Vieira planejavam
abrir uma escola de inglês. A Red Ballon, já aberta, está em nome de
Meline e Mirelle, as duas filhas de Rosemary, e de seu ex-marido, José
Claudio de Noronha, também acusado de participar do esquema.
[...]
Rosemary
foi a única dos servidores públicos citados na Operação Porto Seguro a
receber punição administrativa da Controladoria Geral da União (CGU) até
o momento. Em setembro do ano passado, o órgão apontou 11
irregularidades na conduta dela à frente do escritório da Presidência em
São Paulo, e, assim, determinou que ela não pode voltar a ocupar cargos
públicos.
Só isso? Então fica assim mesmo? Dez servidores apontados no esquema
ainda mantêm seus empregos? A denúncia criminal contra os acusados,
apesar de ter sido apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF)
menos de um mês depois da deflagração da operação, só foi aceita pela
Justiça em fevereiro deste ano. Como há servidores públicos envolvidos,
foi permitido que os acusados apresentassem defesa prévia, o que adiou a
decisão do juiz. E nenhuma pressão da “opinião pública”?
O brasileiro vai às ruas protestar contra vinte centavos de aumento no
preço do ônibus, mas não para falar dos bilhões desviados da Petrobras
ou do “Rosegate”, o escândalo da “amiga íntima” de Lula que completa
dois anos sem um único punido. É mole? Por essas e outras que Guilherme
Fiuza parte para a ironia mesmo, sobre o gigante que “acordou”. É o que
nos resta: rir da passividade bovina do pacato cidadão, para não chorar…
FONTE ROTA2014
0 comments:
Postar um comentário