Jornalista Andrade Junior

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Crise na Petrobras pode gerar fuga de capitais do país, diz New York Times

Folha de São Paulo



A nova fase da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, foi tema de um artigo no jornal norte-americano "New York Times" publicado nesta sexta (14).
Segundo a análise na página "DealBook", especializada em notícias financeiras e de mercado de capitais, a recente crise envolvendo a Petrobras pode desencadear uma fuga massiva de investimentos dos mercados financeiros brasileiro e latino-americano.
O texto afirma que "quando a companhia mais endividada do mundo adia um comunicado aos acionistas graças a um enorme escândalo de corrupção, uma oscilação nos mercados pode ser esperada".
O jornal chama a atenção para a queda acentuada na bolsa brasileira, que chegou a atingir oito pontos negativos no dia em que foram deflagradas as prisões de executivos da Petrobras e de gigantes que prestaram serviços à empresa de combustíveis, como as construtoras Camargo Corrêa, Queiroz Galvão e OAS.
Em seguida, afirma que "a presidente Dilma Rousseff, que esteve à frente do conselho da Petrobras antes de se tornar presidente, em 2010, não é a única a sofrer pelos crescentes problemas da empresa". O mercado financeiro brasileiro como um todo poderia sofrer também, e não só pela perda de confiança causada pelas ações da Polícia Federal.
Segundo a análise, a recente tendência de grandes fundos de investimento, como Pimco, Black Rock, Fidelity e Oppenheimer, substituírem os bancos no financiamento a empresas e países, tornou as grandes companhias ainda mais vulneráveis ao humor dos investidores externos.
É o caso da Petrobras, que tem até US$ 51 bilhões de sua enorme dívida subsidiada por fundos de investimento –o Pimco sozinho responde por 4,3% dos débitos. Segundo o plano de negócios da empresa, a dívida poderá ultrapassar US$ 200 bilhões nos próximos anos, como condição à exploração do pré-sal.
Apesar de ressalvar que o mercado financeiro brasileiro, em geral, caiu apenas 1% na sexta (14), o artigo conclui que "o temor é que o pânico de venda de papeis em uma companhia ou país possa se espalhar rapidamente, já que esses países e essas empresas são tão dependentes do capital privado estrangeiro, levando a um contágio de investimentos mais amplo".
fonte rota2014

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