Alex Pipkin
O mundo é muito complexo. Que bom que a história é cíclica e, portanto, podemos beber da fonte de ensinamentos, sabedoria e experiências daqueles que nos antecederam.
Não, não é o “fim da história”. Contudo, sinto uma sensação de alívio em relação àqueles que salivam como cães de Pavlov perante qualquer cheiro de sinalização de virtude, a divisão do globo em oprimidos e opressores, as narrativas e falácias do famigerado wokismo e, logicamente, o caminho do fracasso e da servidão das políticas coletivistas.
A biologia é cartesiana. É mesmo risível que algum ser pensante queira identificar outro tipo de sexo para além do masculino e do feminino. Somos o que somos, ainda equipados com o nosso velho arcabouço cognitivo-psicológico do tempo das cavernas. Tomamos decisões ativando, primeiramente, a parte límbica do cérebro, responsável pelos emoções, para posteriormente buscarmos argumentos racionais que justifiquem tais decisões.
Gosto muito da frase que invoca que “um homem que não seja um socialista aos 20 anos não tem coração, mas um homem que ainda seja um socialista aos 40 não tem cabeça”. Claro, há os sonhadores, e aqueles utópicos e lunáticos, que nunca deixarão de possuir como segunda pele, o fundamentalismo marxista. Fatos, dados, realidade, miséria, pobreza, ditadura, mortes, assassinatos, fome e escassez de liberdades, são desimportantes frente ao doentio sectarismo ideológico. E notem que tais adoentados se autodenominam “progressistas”. Evidente, do atraso!
A queda do experimento na União Soviética e em outros locais não bastou para revelar a face podre e a realidade assassina das ideias coletivistas. Não aparenta ser somente meu desejo e percepção: o entusiasmo juvenil, ideológico e/ou interesseiro, têm diminuído em todas as esferas da vida.
Inclusive, e ironicamente, no último reduto que foi apoderado pelas ideias “progressistas”: o mundo corporativo.
Não poderia ser diferente. A brincadeira séria de líderes empresariais bancarem os “salvadores da humanidade” e de mequetrefes políticos darem uma de executivos benevolentes tinha hora marcada. Mercados turbulentos e competitivos fizeram com que os homens – e mulheres – de negócios se voltassem para sua verdadeira missão de criar valor e de trazer soluções e satisfação para os consumidores e, assim, para os contextos em questão. Somente desta forma se alcança a vital lucratividade superior e sustentável. Isso porque é notório o declínio do ardor público pelo ativismo social corporativo.
Repito, a história é cíclica, e o progresso não é linear. Estamos mais do que necessitando do retorno do reconhecimento dos valores civilizacionais virtuosos, aqueles que encaminham o desenvolvimento econômico e social. Há luzes no fundo do túnel, sinalizando a volta da verdade verdadeira em lugar dos desejos ideológicos e dos devaneios, da defesa da razão e dos propósitos individuais e coletivos, visando à genuína construção da coesão social e do bem comum.
Penso que exista uma estafa generalizada quanto aos experimentos de engenharia social natimortos, oriundos de cabeças “benevolentes” de ideólogos do fracasso. É meu motivo de horror – e gargalhadas – realizar que os “progressistas desse novo mundo de uma nova consciência”, sejam os defensores da escassez de liberdades, em especial, a de expressão, da censura, do autoritarismo, do nojento e assassino terrorismo e da servidão estatal em troca da autonomia e da responsabilidade individual.
Minha preocupação com os outros tangencia o zero, mas somente com o objetivo de isolar a possibilidade de me qualificarem como reacionário (ah, e fascista!), recorro aos fatos e às evidências. O progresso, e aquilo que de fato retirou milhões e milhões de indivíduos da miséria e da pobreza no mundo, é sabido e comprovado. Foram as liberdades individuais e econômicas.
As liberdades, que valorizam a verdade e nossa imanente natureza social, os mercados livres, baseados na competição e geradores dos processos de destruição criativa, os governos limitados e o supremo – “de verdade” – estado de direito, não o de políticos disfarçados de juízes de togas pretas e da “democracia relativa”.
Eu não vejo a hora do verdadeiro despertar quanto ao equívoco do “grande Estado salvador”, que implementa políticas públicas comprovadamente contraproducentes, em especial, no longo prazo, mas afirma, caridosamente, que “é para o seu bem”! O estatismo é a receita para o desastre. Como dizia Roberto Campos, “o bem que o Estado pode fazer é limitado; o mal, infinito. O que ele pode nos dar é sempre menos do que nos pode tirar”.
Nestes tempos sombrios distópicos e da novilíngua, o propalado “bem”, retoricamente enunciado pelos agentes estatais, significa os bolsos individuais de políticos populistas e corruptos, de seus amigos do compadrio e de seus colegas tribais.
O caminho da prosperidade econômica e social é conhecido, asfaltado sobre as liberdades individuais e econômicas.
Não há desenvolvimento e progresso desprovidos de crescimento econômico. Este é alcançado por meio de relacionamentos voluntários e colaborativos nos mercados livres, que estimulam a mentalidade e as iniciativas empreendedoras.
Crescimento econômico não advém de governos bondosos e irresponsáveis, e seus respectivos decretos, mas de uma economia liderada pelo setor privado, que seja movida por meio de incentivos institucionais, criadores de um ambiente favorável para os investimentos e para os negócios.
Enfim, há luzes! Tomara que meu sentimento esteja correto. Que o coletivismo, o estatismo e o tal de wokeísmo, estejam minguando em prol de uma real economia de mercado. Estados inchados e burocráticos trazem como verdadeiras consequências a falta de produtividade, de prosperidade, de genuíno carinho com as pessoas e do real despertar da imperiosa motivação individual.
PUBLICADAEMhttps://www.institutoliberal.org.br/blog/politica/a-hora-do-genuino-despertar-progressista/
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