Número de hectares atingidos por incêndios florestais é superior à extensão do território da Itália
Em 2024, no segundo ano do governo Lula, as áreas atingidas por queimadas no Brasil aumentaram 79% em relação ao ano anterior, segundo dados do Monitor do Fogo, ferramenta do MapBiomas. Foram queimados 30,8 milhões de hectares, uma extensão superior ao território da Itália. Desse total, 73% eram de vegetação nativa, com 25% correspondentes a formações florestais, destacando o impacto sobre áreas naturais.
O ano de 2024 registrou a maior quantidade de áreas queimadas desde o início dos registros do Monitor do Fogo, em 2019. Em entrevista ao portal Poder360, Ane Alencar, diretora de Ciências do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia e coordenadora do MapBiomas Fogo, descreveu 2024 como um ano “atípico e alarmante”, devido ao aumento significativo das áreas queimadas.
Biomas mais afetados pelas queimadas
A Amazônia foi o bioma mais afetado, com 17,9 milhões de hectares incendiados. O cerrado registrou 9,7 milhões de hectares atingidos pelo fogo. No Pantanal, foram queimados 1,9 milhão de hectares, enquanto a Mata Atlântica, a caatinga e o pampa registraram 1 milhão, 330 mil e 3,4 mil hectares, respectivamente.
Entre os Estados, o Pará foi o mais atingido, com 7,3 milhões de hectares queimados, representando 24% do total nacional. Mato Grosso e Tocantins seguiram, com 6,8 milhões e 2,7 milhões de hectares queimados, respectivamente.
No governo Lula, número de incêndios florestais foi o maior em 15 anos O Brasil registrou 278.229 focos de incêndio ao longo de 2024, no segundo ano do governo Lula, o maior número desde 2010 (também no governo Lula, mas no segundo mandato), quando foram contabilizadas 319.383 queimadas.
Os dados são do programa BD Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em relação a 2023, houve um aumento de 46% nos focos, que somaram 189.891 naquele ano.
publicadaemhttps://rota2014.blogspot.com/2025/01/areas-queimadas-no-brasil-aumentam.html
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