Francisco Vieira
Agora, está provado que não faltam leis a este país. As leis existiam
e estavam lá, escritas e dormindo há anos, esperando aparecer um
magistrado ético, descomprometido com o “Partido” e que tivesse a
coragem de usá-la. Mas nesta colônia administrada por bandoleiros, todos
os governantes (ou, pelo menos, a maioria deles) têm preocupação com o
constrangimento de bandidos, com o uso de algemas, com a falta de
progressão de pena, com a extinção da pena alternativa, com a ausência
de prisão domiciliar etc., simplesmente porque têm medo de que, algum
dia, também venham a sofrer constrangimento ao serem apanhados roubando o
dinheiro dos nossos impostos.
Como todo membro de quadrilha organizada, cada ladrão sabe que é
obrigação do bandido solto contribuir, de alguma forma, com a defesa dos
direitos do bandido preso, conforme prega o artigo 7º do Estatuto do
Primeiro Comando da Capital, publicado na Folha de São Paulo:
“Art. 7º. Aquele que estiver em liberdade, “bem estruturado”, mas
se esquecer de contribuir com os irmãos que estão na cadeia, serão
condenados à morte sem perdão.”
Por isso, a deleção premiada é tão combatida pelas pessoas do nível moral do Fernandinho Beira-Mar e do Marcola.
extraídadetribunadainternet
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