Jornalista Andrade Junior

segunda-feira, 27 de julho de 2015

A escolha de Sofia

Opinião Reynaldo Rocha:

Não há uma crise institucional. Isso acontece quando os poderes republicanos param de operar. Em uma conversa com um amigo culto, antenado e consciente, concluímos que o que está em curso é um processo que pode ser chamado de “escolha de Sofia”. Quem viu o filme entenderá a analogia. Há sobre a mesa duas opções: entre o insuportável e o desesperador, qual escolher?
A continuação do desgoverno e da decomposição moral e administrativa poderá transformar os brasileiros em zumbis. A deposição de Dilma conduzirá a um buraco negro que sabemos onde começa mas nem imaginamos como termina.
A questão ética exige que a cambada vá para a cadeia. Dilma sabia sim da corrupção correndo solta. Usou-a e dela se beneficiou. Nunca existiu a mulher impoluta criada recentemente para livrar-se de Lula ─ esse sim afundado no volume morto. Dilma jamais recusou trabalhos sujos. Foi ela quem insultou Ruth Cardoso com dossiês fraudulentos. Fantasiada de faxineira, só aceita afastar ministros pegos com dinheiro na mão. Quando pôde, tratou de reconduzi-los ao cargo.
Devemos temer o futuro determinado por eles e financiado por nós? Temos de engolir os impostos extorsivos que patrocinam usadas como instrumentos eleitoreiros? Devemos suportar a tal base alugada onde reinam Sarney, Maluf, Collor, Newton Cardoso, Renan e outros neopetistas, além dos neoladrões e veteranos como Fernando Pimente?.
O Brasil virou notícia no mundo graças aos recordes de corrupção estabelecidos pelo país do futuro que nunca chega. É a miragem no deserto que some quando parece ao alcance da mão. Grandes empresas que cresceram roubando têm seus donos e diretores enjaulados. Outras estão quebradas, muitas sem saúde para produzir.
O Supremo abriga ministros sem currículo para reivindicar o emprego de bedel. O Poder Judiciário se recusa a percorrer o bom caminho traçado por um juiz de primeira instância, qne é colocado na mira dos poderosos que sonham com o prosseguimento do assalto. Qual será a escolha de Sofia?
Em 16 de agosto a gente se encontra. Nas ruas. Decidiremos juntos.








extraídadoblogdeaugustonunesopiniãoveja

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