Com Blog Sérgio Praça - Veja
Mais de 100 cidades confirmaram protestos contra o governo Dilma
Rousseff para 16 de agosto. É possível que sejam as maiores
manifestações populares desde 2013, quando milhões de pessoas tomaram as
ruas de São Paulo, Rio de Janeiro e outros lugares para protestar
contra prefeitos, governadores e presidente.
Diversos políticos enxergam o 16 de agosto como termômetro para o
impeachment da presidente. Caso o comparecimento seja gigantesco, os
parlamentares anti-Dilma serão encorajados a iniciar o processo de
impeachment. Se pouca gente for às ruas, os 62% que querem a presidente
fora do cargo ficarão desanimados – a oportunidade política para o
impeachment se dissolverá.
Quem serão os participantes? Analisar o perfil de quem foi aos protestos
de 2013 pode nos dar uma pista. É isso que fizeram os cientistas
políticos Matthew Winters e Rebecca Weitz-Shapiro. Em estudo publicado ano passado pelo Journal of Politics in Latin America, revelaram três achados.
Os dois primeiros não surpreendem. Os protestos levaram cidadãos a se
identificarem menos com partidos políticos, especialmente com o PT. O
incrível é que, ao contrário do senso comum, a queda de popularidade do
PT não levou à participação de grupos de direita nos protestos, muito
menos de militantes do DEM e o PP. Na verdade, simpatizantes do Partido
Verde (PV) e do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) eram mais
numerosos.
Difícil dizer se essa composição se repetirá em 16 de agosto. Os
protestos serão concentrados contra o governo de Dilma Rousseff e o PT.
Mas o sentimento “contra tudo que está aí” continua. Isso pode ser ruim
para o PMDB e o PSDB, se o impeachment prosperar.
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