Jornalista Andrade Junior

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Elegante, Sérgio Moro corrige Dilma e Lula: não é vazamento seletivo.

A Constituição exige publicidade em crimes contra a administração pública

Nada melhor que um facho da luz do conhecimento para iluminar as trevas da ignorância. Ou da má fé. O Juiz Federal Sérgio Moro tem reagido com extrema serenidade ao administrar as tensões naturais geradas pela operação Lava Jato.

Mais uma vez, Moro foi bastante ''didático'' e certeiro naquilo que parece ser uma resposta direta àa acusações e comentários tendenciosos feitos pela  presidente Dilma Rousseff, por seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva e por outros envolvidos nos atos de corrupção e desvios na Petrobras.

Dilma, Lula e até mesmo o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, têm se referido às notícias que saem na imprensa sobre os desvios na Petrobras como vazamentos seletivos, insinuando que as notícias são tendenciosas e que visam atingir o governo e o PT.

De fato, a investigação Lava Jato tem como alvo os desvios na Petrobras, estatal que tem sido gerida por Dilma e o PT ao longo dos últimos treze anos, período em que ocorreram os maiores desvios na história da estatal.

Talvez em virtude destes fatos, ou infortúnios, existam tantos elos ligando o roubo na estatal ao PT de Lula e Dilma, uma vez que praticamente todos os diretores investigados foram nomeados pelo partido e seus aliados. Em todos os relatos, parte de todos os desvios tinham como destino os cofres do PT. Nada mais natural que a maior parte dos fatos que chegam ao grande público contenham alguma referência ao PT e os governos de Lula e Dilma.

No entanto, o Juiz Sérgio Moro não precisou se deter à tais argumentos, preferindo manter a isonomia que lhe é peculiar para responder às acusações de favorecer vazamentos seletivos:
"Em crimes contra a administração pública, há exigência de que tenham a mais ampla PUBLICIDADE possível", disse. "Essa escolha já foi tomada pela nossa Constituição.", lembrou Moro com muita classe. "Não tem seletividade. Quando não é mais necessário o sigilo, o conteúdo é tornado público.", completou.

Ao invés de rebater acusações, o Juiz Sérgio Moro simplesmente se ampara na lei de improbidade administrativa, que obriga a administração pública direta, indireta de qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecer aos princípios da legalidade, impessoalidade, eficiência, moralidade, PUBLICIDADE e todos os demais previstos na Constituição.
  





extraídadesintesenews

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