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21:35
ANDRADEJRJOR
A Constituição exige publicidade em crimes contra a administração pública
Nada melhor que um facho da luz do conhecimento para iluminar as trevas
da ignorância. Ou da má fé. O Juiz Federal Sérgio Moro tem reagido com
extrema serenidade ao administrar as tensões naturais geradas pela
operação Lava Jato.
Mais uma vez, Moro foi bastante ''didático'' e certeiro naquilo que
parece ser uma resposta direta àa acusações e comentários tendenciosos
feitos pela presidente Dilma Rousseff, por seu antecessor, Luiz Inácio
Lula da Silva e por outros envolvidos nos atos de corrupção e desvios na
Petrobras.
Dilma, Lula e até mesmo o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, têm
se referido às notícias que saem na imprensa sobre os desvios na
Petrobras como vazamentos seletivos, insinuando que as notícias são tendenciosas e que visam atingir o governo e o PT.
De fato, a investigação Lava Jato tem como alvo os desvios na Petrobras,
estatal que tem sido gerida por Dilma e o PT ao longo dos últimos treze
anos, período em que ocorreram os maiores desvios na história da
estatal.
Talvez em virtude destes fatos, ou infortúnios, existam tantos elos
ligando o roubo na estatal ao PT de Lula e Dilma, uma vez que
praticamente todos os diretores investigados foram nomeados pelo partido
e seus aliados. Em todos os relatos, parte de todos os desvios tinham
como destino os cofres do PT. Nada mais natural que a maior parte dos
fatos que chegam ao grande público contenham alguma referência ao PT e
os governos de Lula e Dilma.
No entanto, o Juiz Sérgio Moro não precisou se deter à tais argumentos,
preferindo manter a isonomia que lhe é peculiar para responder às
acusações de favorecer vazamentos seletivos:
"Em crimes contra a administração pública, há exigência de que tenham a mais ampla PUBLICIDADE possível", disse.
"Essa escolha já foi tomada pela nossa Constituição.", lembrou Moro com
muita classe. "Não tem seletividade. Quando não é mais necessário o
sigilo, o conteúdo é tornado público.", completou.
Ao invés de rebater acusações, o Juiz Sérgio Moro simplesmente se ampara
na lei de improbidade administrativa, que obriga a administração
pública direta, indireta de qualquer dos poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecer aos princípios da
legalidade, impessoalidade, eficiência, moralidade, PUBLICIDADE e todos
os demais previstos na Constituição.
extraídadesintesenews
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