Com Blog do Rodrigo Constantino - Veja
Compreender o funcionamento do capitalismo liberal e perceber como estamos distantes dele é fundamental para nosso progresso
A revista VEJA desta semana traz uma reportagem especial com mais de 30
páginas sobre o capitalismo, com direito a artigos de Maílson da
Nóbrega, Reinaldo Azevedo, Luiz Felipe D’Ávila, além de vários
jornalistas do time de primeira da maior (e melhor) revista brasileira.
Diz logo na largada o editorial:
Nathalia Watkins comenta um estudo interessante sobre a fórmula da
prosperidade, em que fica claro que não basta ter capital para
prosperar, pois é necessário ter, acima de tudo, capital humano,
instituições sólidas e confiáveis e um governo eficiente. Termina
lembrando de uma lição importante: “Uma pessoa que deixa um país pobre
por um rico não está indo atrás de dinheiro, e sim das qualidades que
fazem o suor do seu trabalho valer mais. Simples assim”.
Jerônimo Teixeira comenta sobre o viés anticapitalista na cultura, nas
artes, mostrando como o capitalismo acaba sempre como o vilão dos
utópicos e românticos que, ironicamente, enriquecem graças ao próprio
sistema que condenam. Conclui que talvez seja uma reclamação dos
aborrecimentos da prosperidade.
Há um misto de base teórica com exemplos práticos do cotidiano,
especialmente o nosso, já que fica cada vez mais evidente para todos que
o peso do estado e seu intervencionismo têm asfixiado a iniciativa
privada, criadora de riqueza e prosperidade. Reinaldo Azevedo questiona,
por exemplo, se haveria “petrolão” caso a Petrobras fosse privatizada.
Maílson da Nóbrega foca na evolução lenta e gradual do capitalismo
milenar, o que contrasta com o socialismo, parido por intelectuais e
fruto da arrogância utópica de alguns indivíduos. D’Ávila comenta o
excesso de leis, normas e obrigações constitucionais que engessam ação
dos bons governantes e conclui:
A receita da prosperidade é conhecida: abertura comercial, regras do
jogo bem estabelecidas e confiáveis, livre concorrência, propriedade
privada garantida, investimento em capital humano, descentralização do
poder, burocracia reduzida e impostos reduzidos. Chama-se a isso de
capitalismo liberal, e fica claro como o Brasil está longe dele. Por
isso continuamos com tantos problemas de miséria, insistindo na
“solução” pela via estatal, ou seja, dando mais do veneno que causou o
problema.
VEJA presta um serviço ao país ao analisar o tema de forma objetiva e
acessível, sem dogmas ou ideologia, apenas constatando o que, de fato,
funcionou no resto do mundo. Seus leitores que porventura ainda não
estivessem convencidos podem agora se dar conta da importância da defesa
do capitalismo para o progresso brasileiro. E engrossar o coro dos
defensores do capitalismo, pois, infelizmente, ainda são muitos os seus
detratores num país que, desde sempre, aprendeu a idolatrar e idealizar o
estado.
extraídaderota2014blogspot
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