Com Blog Felipe Moura Brasil - Veja
Dilma Rousseff mentia em campanha dizendo que FHC quebrou o Brasil três
vezes. Para superá-lo, Dilma quebrou o Brasil de uma só vez.
A previsão de rombo de R$ 30,5 bilhões nas contas públicas em 2016
mostra que o governo que diz procurar a austeridade fiscal (o rigor
teórico no controle de gastos) não a encontra nem em seus 39
ministérios, o que ainda pode levar as agências de classificação de
risco a cortar o grau de investimento no país.
A previsão de arrecadação é de 1,18 trilhão de reais com os nossos
impostos, mas as despesas devem chegar a 1,21 trilhão de reais, de modo
que o déficit orçamentário decorre justamente da recusa do governo em
cortar gastos – não da queda de receita.
Que importa?
Embora o vice-presidente Michel Temer tenha defendido diante de uma
plateia de empresários o corte de gastos do governo, Dilma insiste em
cobrar dos brasileiros a conta, por meio de uma reforma tributária
“ampla e estruturante”.
Segundo a Folha, “haverá revisão da desoneração de PIS/Cofins para
computadores, tablets e smarphones, mudança no IOF sobre operações de
crédito do BNDES, revisão da tributação de bebidas quentes (como vinhos e
destilados) e revisão do Imposto de Renda sobre direitos de imagem” –
mudanças que devem render R$ 11,2 bilhões aos cofres públicos.
Outros R$ 10 bilhões virão da concessões de portos, aeroportos e
rodovias; e mais R$ 27,3 bilhões em operações com ativos. Até a CPMF, da
qual Dilma supostamente desistiu após a repercussão negativa da ideia,
ainda poderá voltar sorrateiramente.
Tudo para cobrir as pedaladas fiscais e os contingenciamentos da
campanha mais suja de todos os tempos, quando a petista atrasou repasses
obrigatórios a bancos públicos e privados para fingir que tinha mais
dinheiro em caixa do que realmente tinha.
O governo “fez qualquer coisa para vencer as eleições”, disse o deputado Bruno Araújo (PSDB-PE).
“É uma irresponsabilidade fiscal que foi praticada com fins eleitorais e
que hoje produz uma situação grave do ponto de vista do desequilíbrio
nas contas públicas”, disse o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho
(PE).
“Hoje estamos assistindo ao definitivo atestado de incompetência desse
governo que, ao gastar de forma perdulária e irresponsável para vencer
as eleições, não consegue fazer o que é essencial”, disse o senador
Aécio Neves (PSDB-MG). “O Brasil está hoje em recessão técnica, com dois
trimestres consecutivos de crescimento negativo. Já anunciávamos e
alertávamos para esse risco durante o processo eleitoral, mas a resposta
do governo foi um desdém absoluto em relação a essa questão. Não
tomaram as providências que deveriam ter sido tomadas para minimizar,
pelo menos para uma parcela da população, os efeitos gravíssimos que
hoje ela sofre. Lamentavelmente, temos que afirmar que o Brasil não tem
mais governo”, concluiu o tucano.
“Dilma quebrou o país”, resumiu o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP).
Agora, há mais 30,5 bilhões de motivos para tirá-la do poder.
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