Jornalista Andrade Junior

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Salve 25/08: somos todos soldados do Brasil!

Autor: Robson Merola de Campos

 O que define o soldado brasileiro? Seria o seu patriotismo? Ou sua fé na vitória, apesar de todas as dificuldades? O que define o soldado brasileiro seria a farda que ele veste? Ou o juramento que um dia ele fez de defender a Pátria com o sacrifício da própria vida? Seriam as marchas, a ordem unida ou o uso do fuzil?Um soldado é um cidadão fardado. Mas, ser soldado não é apenas vestir a farda. É um estado de espírito. É uma vocação; quase um sacerdócio. O verdadeiro guerreiro tem orgulho da corporação a qual ele pertence, nutre amizade e respeito pelos irmãos de armas, porta-se com orgulho nas formaturas. E quando a tropa, formada, canta a plenos pulmões o Hino Nacional ou a Canção do Exército é impossível não ficar emocionado com tamanha vibração e demonstração de patriotismo.
O soldado, não importando a sua posição na hierarquia militar, é um cidadão que dedica a vida inteira ao serviço da Pátria. Não o faz por compensação financeira, é evidente. Veja-se o exemplo dos generais brasileiros que ocuparam a presidência entre 1964 e 1985. Nenhum deles enriqueceu na função. Isso é público. É notório. É fato incontestável. No Brasil dos dias atuais, quando quem ocupa o poder faz de tudo para ali se manter, apelando para as manobras mais escusas e sem se preocupar honestamente com o que é o melhor para a Nação, o exemplo de Humberto de Alencar Castelo Branco, Arthur da Costa e Silva, Emílio Garrastazu Médici, Ernesto Geisel e João Batptista de Oliveira Figueiredo deveria ser um norte a ser seguido.
Ser soldado é ser vigilante. É estar atento às necessidades da Pátria. É estudar o seu país, defender as suas fronteiras, obedecer as ordens dos superiores, respeitar a Constituição Federal, venerar os símbolos nacionais. Ao contrário do que muitos pensam a mais perigosa arma do soldado não é o seu fuzil. Aliás, um soldado treina uma vida inteira com sua arma desejando ardentemente jamais ter que dispará-la em uma situação de conflito real. A mais perigosa arma de um soldado é a sua inteligência. É com ela, que o soldado planeja, treina, espera e vigia. É sua inteligência que cimenta o espírito de corpo, uma liga que o une aos seus camaradas e o prepara para a qualquer momento estar pronto para atender ao chamado da Pátria. E defendê-la; mesmo que com o sacrifício da própria vida.
O soldado brasileiro foi muito injustiçado nos últimos anos. Ouviu e ouve em silêncio as críticas e censuras que lhe são feitas. Nem todas são construtivas. Ele sabe disso, e diligentemente, com o cuidado que limpa e lubrifica o fuzil, separa o joio do trigo. Conhece quem critica num ímpeto de querer um Brasil melhor e quem critica com a intenção de denegrir a sua imagem. Aceita ambas as críticas devido ao seu alto grau de profissionalismo e senso de hierarquia e disciplina. Mas, aceitar não significa concordar. Engana-se quem acredita que o silêncio do soldado significa fraqueza. Diz um provérbio oriental que “arrastar uma espada faz barulho; desembainhá-la, não!”
O verdadeiro soldado brasileiro não é somente aquele que está na ativa e integra as três Forças Armadas e as Forças Auxiliares. É também aquele que um dia já teve a emocionante experiência e o privilégio de servir à Pátria, e hoje integra a Reserva, quer remunerada ou não. Mas, como disse acima, ser soldado é um estado de espírito. Por isso, o soldado é também aquele que imbuído do mais elevado senso patriótico vai para as ruas e manifesta a sua indignação diante do descalabro atual do Brasil. Nesses momentos, não importando o sexo, a cor, a idade, a roupa, a profissão ou a religião, somos todos irmãos de armas. Com um único objetivo pela frente: devolver o Brasil aos brasileiros de verdade. Somos milhões! E somos fortes. Miramos a vitória e com ela nos comprometemos. Nossa meta é nosso futuro. Sabemos disso e trabalhamos para alcançá-lo.
Rui Barbosa, o maior jurista que o Brasil já teve, reconhecido mundialmente por sua cultura jurídica e erudição, disse certa feita: “uma nação que confia em seus direitos, em vez de confiar em seus soldados, engana-se a si mesma e prepara a própria queda”. O ensinamento do Águia de Haia permanece, especialmente nos dias de hoje, atual e pertinente.
Aos soldados do Brasil, especialmente àqueles que estão na ativa, o reconhecimento pela sua honradez, bravura e patriotismo. Mais atual do que nunca são os versos da sua canção, que resumem o seu credo e a sua fé de ofício:
“Em nosso valor se encerra
Toda a esperança
Que um povo alcança.
Quando altiva for a Terra
Rebrilha a glória,
Fulge a vitória.
A paz queremos com fervor,
A guerra só nos causa dor.
Porém, se a Pátria amada
For um dia ultrajada
Lutaremos sem temor.”






extraídadeaverdadesufocada

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