MIRANDA SÁ –
O cancioneiro popular
brasileiro é riquíssimo. A cantoria nordestina a toada sertaneja descrevem
capítulos da vida real com linguagem poética que encanta e emociona. A epígrafe
deste artigo transcreve o sacrifício do ‘boi de piranha’, numa melodia simples
e sentimental, “Travessia”, de Tião Carreiro e Pardinho.
É a história de um boi
velho, abatido pelos anos. Ferido com aguilhões, sangrando é levado a entrar no
rio, fervilhando de piranhas que o devoram aos poucos; enquanto isso, a boiada
atravessa no anti-fluxo chegando salva à outra margem.
E, com poesia e romantismo,
temos também “Travessia” intitulando o primeiro álbum de Milton Nascimento, uma
jóia da música popular brasileira. Essas travessias que comovem e enternecem
são antagônicas do cinismo gelado de Dilma, com o ponto no ouvido, repetindo
uma cantilena marqueteira para se salvar.
O PT-governo é responsável
pela crise que foi implantada no País a partir do segundo mandato de Lula da
Silva, encoberto no primeiro da “Gerentona” vendida ao eleitorado e estourado
nas primeiras semanas do segundo mandato de Dilma, não mais considerada uma
‘gerentona’…
A visível falência do ciclo
lulista no poder, revelou que o ‘modo petista de governar’ imprimiu a
incompetência e a corrupção na administração pública. Nos estertores, voltam a
apelar para o Diabo para se salvar… Fazem justamente o contrário do que fez
Moisés rezando a Jeová para livrar seu povo da escravidão no Egito.
A travessia do Mar Morto
liderada por Moisés está na pauta científica. Um engenheiro do Centro Nacional
de Pesquisa Atmosférica dos EUA anunciou que pode provar que é verdadeira a
descrição do Êxodo sobre a salvação dos israelitas.
Através de simulações no
computador o pesquisador mostra que fortes ventos do leste poderiam fazer a
água retroceder e formar uma espécie de ponte de terra criando um espaço
suficiente para Moisés e seu povo atravessarem.
Cá entre nós, não há vento
leste que abra caminho para que Dilma e seus parceiros escapem da pressão do
povo e consequentemente da Justiça. A cada dia piora a situação do PT-governo,
num turbilhão que envolve a economia, finança, política e ética, arrasando o
discurso mentiroso do ‘País das Maravilhas’.
Na autêntica travessia do
Brasil desfilam os desdobramentos da crise econômico-financeira contaminando
todos os setores produtivos e estamentos sociais pela carestia de vida e
aumento do desemprego.
A inadimplência subiu 19%
frente ao ano passado; a emissão de cheques sem fundos foi recorde em julho e
teve no mês a maior alta desde 2011. Com isto, o consumidor atrasa tarifas de
telefone, condomínio e até mensalidade escolar dos filhos.
Apesar dessa tragédia
promovida pelo lulo-petismo, o comissariado governamental e a hierarquia
partidária não fazem autocrítica e, por ignorância ou má-fé, não encontram a
saída pelos males que afligem a Nação.
Pelo contrário. O PT-governo
reedita medidas do tempo de Mantega, providências que fracassaram especialmente
o crédito subsidiado a grupos favorecidos. E o pior é que no giro desta volta
ao passado, Dilma abusa dos discursos desconexos de falso otimismo.
As metas discursivas da
Presidente levam-me ao rei Juan Carlos repreendendo as bobagens
narco-populistas de Hugo Chávez: “Porque não te calas?”; e levando para o
humor, recordo a Ofélia do programa Balança Mas Não Cai, magistralmente
interpretada pela atriz Sônia Mamede.
Só abrindo a boca para dizer
besteiras, a última travessia de Dilma foi falar “Vergo, mas não quebro”, aí a
inteligência do tuiteiro Carlos Brickmann comentou na bucha: “Pois é, quem
quebra é o País…”
EXTRAÍDADATRIBUNADAIMPRENSAONLINE
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