Jornalista Andrade Junior

sábado, 29 de agosto de 2015

Brasil terá nova década perdida, diz José Márcio Camargo

Antonio Temóteo Correio Braziliense


Na opinião do economista-chefe da Opus Investimentos, José Márcio Camargo, Dilma entregará o país para o próximo presidente em uma situação econômica pior do que quando recebeu o cargo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nas contas dele, entre 2015 e 2018, o PIB terá vai encolher a uma taxa média de 0,2% a cada ano. Com isso, o país vai lamentar mais uma década perdida, assim como nos anos 1980.
Para Camargo, os desequilíbrios que resultaram na disparada da inflação e na deterioração fiscal começaram no segundo mandato de Lula, quando o Executivo passou a interferir no mercado e deixou de fazer superavits primários adequado para evitar o crescimento da dívida pública. Dilma continuou com a mesma política e ainda tentou diminuir os juros na marra, o que fez a inflação subir.
Além disso, o governo tentou limitar taxas de retorno de concessões de infraestrutura e represou preços de energia elétrica e de combustíveis, desorganizando esses dois setores da economia. “Houve um conjunto de erros micro e macroeconômicos e as consequências apareceram agora”, disse.
PROCESSO LONGO E DOLOROSO
Camargo explicou que o país só voltará a crescer com a execução do ajuste fiscal, mas esse processo será longo, doloroso e requer um compromisso forte da equipe econômica. Ele tem dúvida, porém, se a correção de rumos sairá do papel.
“O fato de Banco do Brasil e Caixa anunciarem linhas especiais de crédito para o setor automotivo e sinalizarem que estenderão esses financiamentos para outros segmentos são uma clara sinalização de que a política econômica do primeiro mandato está de volta. O cenário se torna cada vez mais preocupante e a situação pode piorar ainda mais”, afirmou.
PREVISÃO: PIB ZERO
Para o economista-chefe da TOV Corretora, Pedro Paulo Silveira, na melhor das hipóteses, a média de desempenho do PIB entre 2015 e 2018 será zero. Ele ponderou que a retomada do crescimento passa pela disposição do setor privado em investir, o que não existe neste momento. De acordo com ele, os sucessivos erros dos últimos anos minaram a confiança do setor privado. “A percepção de risco em relação ao Brasil cresceu bastante nos últimos dois anos, e o processo eleitoral agravou esse cenário. Muitas decisões equivocadas foram tomadas no passado e isso se reflete em menor geração de riquezas”, comentou.





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