Jornalista Andrade Junior

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Um veríssimo filho da dilma

VLADY OLIVER

Vamos combinar. Leio no divertido espaço do Rodrigo Constantino que o único Veríssimo que é falso como uma nota de três reais com a estampa de Dilma, a mulher barbada, chamou-nos a todos de cachorros vira-latas por participarmos das manifestações do dia 16 passado. Somos um bando de “cães obsoletos” sitiando um Fusca indefeso, sem saber se vamos comê-lo depois de abatido. Não é um mimo? Segundo Verissimo, quem participou da gigantesca manifestação contra a roubalheira oceânica do PT não sabe o que quer.

Juro que tento entender o que faz um cara que escreve engraçado se apaixonar pela piada. Aconteceu com aquela outra múmia ─ o gordo ─  que resolveu escancarar suas crenças para o distinto público. Para alguém que até parece um fidalgo, o Lula Veríssimo não passa mesmo de um filho de uma … No mais, gostaria até de estudar um caso patológico como esse, não fosse tão indigesto tentar entender o que não passa de vigarice retórica, pura e simples.
Numa visão mais ampla, fico imaginando como sobreviverão esses cadáveres se o país voltar a ser uma democracia plena, onde não há espaço para o cacarejo indecente solapando lentamente a nossa paciência. Os caras estão transpondo um limite perigoso, meus caros. No momento, a coisa se limita a vaias contundentes e manifestações de desagravo quando esses calhordas do serviço público são encontrados em restaurantes e festinhas em Ibiza. Daí a coisa se transformar na primavera árabe por aqui mesmo é um pulinho no abismo.
São figuras assim que atormentam nosso livre pensar, que fazem o papel ridículo de aviõezinhos da quadrilha, sabe-se lá em troca de que droga pesada que gostam de consumir nas alcovas que frequentam. A mau caráter dessa gente verga mas não quebra. Gostaria de saber se esse letrado imbecil tem coragem de me chamar de cachorro olhando bem nos meus lindos olhinhos. Creio que a última flor da elegância e da civilidade morreu nesse xingamento que o canalha das letras desferiu contra gente honesta. A mim ele não chamaria de cachorro sem levar a sapatada costumeira que se dá na cara de gente com a cara que ele tem.
O verdadeiríssimo filho de uma Dilma não perde por esperar eu ir até a padaria de minha preferência, comprar o meu pãozinho. No encontro da fome do saber com a vontade de comer, eu mostraria ao distinto cavalheiro que vai ao meu lado com quantos paus se faz um rum creosotado. E no entanto, acredite, quase morreu de labirintite, quando levou na cara um sonoro sapateado. Apareça, verdadeiríssimo. Vamos debater sua vacina antirrábica, você com seus fundilhos de pensão superfaturados e eu com meu focinho capitalista.







extraídadeaugustonunesopiniãoveja

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