Jornalista Andrade Junior

sábado, 29 de agosto de 2015

Governo não pode desamparar os trabalhadores desempregados

Flávio José Bortolotto


O monstro do desemprego, nessa fase dolorida de recessão econômica, é o maior problema da economia. Uma sociedade de regime capitalista bem regulada não pode deixar ao desamparo milhões de famílias desempregadas involuntariamente.
No capitalismo, excetuando os detentores de capital (cerca de 10% da população) e que portanto têm renda de aplicações financeiras, os demais 90% dependem de emprego (privado ou público) para sobreviver.
Não se pode, portanto, desamparar esses trabalhadores, sejam braçais ou intelectuais, que ficam desempregados involuntariamente, nesse duro período de transição.
COMO ENFRENTAR
A primeira maneira de enfrentar o desemprego involuntário é o chamando programa de Lay-off. As empresas que comprovadamente tiverem grande queda nas vendas, como as atuais fábricas de automóveis/auto-peças, construção civil etc., mediante acordo com os sindicatos, podem reduzir a carga de trabalho e, consequentemente, o salário em até 30%, por três meses,  renováveis. Nesse período não podem contratar ninguém etc. Devem também essas empresas fazer programas de capacitação e treinamento, pagando 30% a menos em salários.
Outra maneira é o seguro desemprego, do qual foram recentemente abolidos certos abusos, e que paga mensalmente a média dos últimos três meses de salário. Dependendo do tempo de trabalho em carteira,se estendendo por até 6 meses. No caso, pode ser ampliado para até 24 meses, tempo previsto para durar a recessão.
E o governo deve fazer alguns seletivos concursos públicos e as Forças Armadas podem recrutar até 10% a mais, tudo para manter a dignidade dos trabalhadores.
PRINCIPAIS PROBLEMAS
Os problemas estratégicos de longo prazo são:
1- Déficit público federal causado por custeio, gerador de crescente endividamento público, causando alta taxa de juros e transferência crescente de renda do setor Produtivo da Economia para o setor Rentista.
2- Crescente déficit de nosso Balanço de Pagamentos Internacional, o que desnacionaliza nossa economia. uma grande economia como a nossa, 7º/8º do mundo, mas muito desnacionalizada, capitaliza internamente só cerca de 25% do total da renda nacional, eis que os donos do capital sendo estrangeiros, não desenvolvem aqui tecnologia e levam para fora a parte do leão de seus lucros.
Nosso desafio, portanto, é ir reduzindo até eliminar nosso déficit público federal por custeio, e ir renacionalizando nossa economia, via eliminação de nosso déficit do balanço de pagamentos, até termos superávit considerável.
É claro que tudo depende da atuação do governo federal.




EXTRAÍDADATRIBUNADAINTERNET

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