CARLOS CHAGAS
Nada
há a estranhar. Já se foram os tempos bicudos em que qualquer conversa
de general acendia luzes amarelas nos variados semáforos de Brasília.
Ressalte-se, apenas, que o Comandante do Exército não parece seguir o
figurino de seus antecessores mais recentes, empenhados em praticar o
isolamento e o mutismo. Afinal, as Forças Armadas integram as
instituições nacionais. Por que não ouvi-las?
NÃO SERÁ ELE…
O
vice-presidente Michel Temer comentou, dias atrás, necessitar o país de
alguém capaz de uni-lo. Muita gente supôs estar-se referindo a ele
mesmo, coisa que não correspondia à sua postura cautelosa e cordata.
Auxiliares da presidente Dilma conseguiram envenená-la e o resultado foi
uma espécie de isolamento de Michel, apesar de sua condição de
coordenador político do governo. A tréplica não se fez esperar,
sobrevindo informações de que entregará a missão, considerando-a
cumprida depois da aprovação do ultimo projeto do ajuste fiscal.
Ontem,
bombeiros do palácio do Planalto tentavam apagar o incêndio, mas não
estava fácil. De qualquer forma, a conclusão será de que o
vice-presidente, se pretendia, perdeu as condições de aglutinador de
soluções inusitadas. Não poderá unir nada. Ainda mais se progredir no
Tribunal Superior Eleitoral o pedido do ministro Gilmar Mendes para
investigações sobre a existência de dinheiro podre na campanha petista
do ano passado.
Nesse
caso, se anulada a eleição, a nulidade atingiria a presidente Dilma e
seu vice. Como Eduardo Cunha e Renan Calheiros, na fila sucessória,
encontram-se impossibilitados de unir até seus respectivos plenários, a
bola cairia nos pés de Ricardo Lewandowski, mesmo por noventa dias para
convocar novas eleições.
EXTRAÍDADATRIBUNADAINTERNET
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