Jornalista Andrade Junior

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Já houve tempo em que sediar Olimpíada dava lucro…

Carlos Newton


O Brasil é um dos países mais importantes do mundo, não há a menor dúvida. É o quinto em extensão territorial, o sexto em número de habitantes e ainda está entre as maiores economias, logo abaixo da Inglaterra. A diferença com relação a outras nações é que o Brasil apresenta um potencial econômico inigualável, com a maior quantidade de água doce, as mais extensas terras agricultáveis do planeta, em condições ideais de luminosidade que permitem safras contínuas, incomensuráveis riquezas minerais a explorar, o maior índice mundial de biodiversidade e um parque industrial ainda respeitável, por mais trapalhadas que sucessivos governos tenham aprontado ao adotar políticas cambiais verdadeiramente suicidas, propiciando a progressiva desnacionalização de vários segmentos econômicos.
Todos os países do mundo, sem exceção, gostariam de ter o mesmo potencial econômico do Brasil, invejam nossas riquezas, sonham em meter o bedelho na Amazônia, e não se trata de meras teorias conspiratórias, quem quiser que se engane a esse respeito.
MILAGRE BRASILEIRO
No século passado, o Brasil chegou a ser uma espécie de China tropical, era o país que mais tinha crescido desde a Segunda Guerra Mundial, falava-se muito em “milagre brasileiro” durante o regime militar, quando mantínhamos o maior índice de evolução do PIB, suplantando até mesmo a Alemanha e o Japão, que logo depois, nos anos 90, nos deixariam para trás.
Desde Itamar Franco não temos um governo decente, que realmente se preocupe com os interesses nacionais. Os sucessores Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff foram governantes que jamais se preocuparam verdadeiramente com o desenvolvimento socioeconômico do País. Em suas administrações, a única coisa que verdadeiramente cresceu foi a dívida pública, que agora ameaça nos engolir.
É incrível como esses três governantes – FHC, Lula e Dilma – tenham se mostrado tão incapazes na gestão e tão empenhados em possibilitar tenebrosos atos de rapinagem de recursos públicos.
COPA DO MUNDO E OLIMPÍADA
Para termos uma ideia do fracasso do Brasil, basta lembrar que nos últimos anos as maiores façanhas governamentais foram os Jogos Panamericanos no Rio de Janeiro, a Copa do Mundo no Brasil e a seguir a Olimpíada.
Já houve tempo em que sediar esse tipo de evento era uma coisa positiva. Acontece que a Fifa cresceu tanto que acolher uma Copa virou um problema gigantesco, com gastos absurdos e sem retorno. além da corrupção ululante, que agora começa a ser devassada pela Polícia Federal.
Da mesma forma, o número de esportes olímpicos e de competições foi aumentando progressivamente, só falta emplacar o cuspe em distância, e realizar uma Olimpíada tornou-se um assustador desafio administrativo e financeiro.
Na época, o quarteto fantástico Lula/Cabral/ Pezão/ Eduardo Paes festejou irresponsavelmente a escolha do Brasil para sediar a Copa e a Olimpíada, como se fosse um grito de independência. Não tinham a menor noção sobre os problemas que estavam criando, não se interessaram pela derrocada da Grécia pós-Olimpíada e pelos prejuízos sofridos por outros países-sede, jamais ouviram falar nos estádios abandonados na África do Sul, não sabiam nada, nada.
É LAMENTÁVEL…
E agora, às vésperas da Olimpíada, merece repulsa ver o governador Pezão afirmar que “é lamentável a poluição da Baía de Guanabara”, onde haverá muitas disputas náuticas. Lamentável? Atuando no governo desde 2003, quando se elegeu vice de Cabral e assumiu a Secretaria de Obras do Estado do Rio de Janeiro, só agora Pezão descobriu que a Baía está inteiramente poluída? Ora, vá se catar!
A gente fica triste quando vê jovens brasileiros dizendo que sonham em viver no exterior. Mas diante de governantes deste tipo, é compreensível que nossos filhos e netos pensem assim. O fato incontestável é que a atual geração simplesmente fracassou. O país do futuro, idealizado pela genialidade de Stefan Zweig, está abastardado e abestado por políticos sem o menor preparo, que sequer têm noção das potencialidades que esta nação ainda apresenta. Isso é realmente lamentável.






EXTRAÍDADETRIBUNADAINTERNET

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