Com Blog do Noblat - O Globo
O mais provável, agora, é que eles desistam da delação
O juiz Sérgio Moro nada disse sobre a decisão do Supremo
Tribunal Federal (STF) de pôr em prisão domiciliar oito executivos de
empreiteiras envolvidos com a roubalheira na Petrobras. Dois deles
estavam na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba. E o resto em um
presídio de lá.
É provável que nada diga mesmo depois de notificado sobre a decisão. Mas
a se levar em conta a reação de pessoas que trabalham diretamente com
ele, Moro considerou a decisão do STF um retrocesso, um baque para a
Operação Lava-Jato. Dois dos oito executivos negociavam com Moro a
delação premiada.
O mais provável, agora, é que eles desistam da delação. A prisão
domiciliar, mesmo com as restrições impostas pelo STF, está longe de
assegurar que os executivos não possam interferir para tornar mais
difícil a produção de novos provas contra eles. É isso o que Moro e seus
auxiliares mais temem. Inclusive o Procurador Geral da República.
Entre os advogados de defesa dos executivos, celebra-se a aparente
tendência do STF de não pesar a mão no julgamento dos que vierem a ser
denunciados no caso do escândalo da Petrobras. Nem por isso acreditam
que tudo terminará em pizza. Apenas os supostos chefes graúdos da
corrupção poderão respirar aliviados. Escaparão mais uma vez.
EXTRAÍDADOBLOGROTA2014
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