Jornalista Andrade Junior

sábado, 25 de abril de 2015

Lula escala deputado para demolir Sérgio Moro e a Lava Jato

Carlos Newton


O ex-presidente Lula teve êxito em sua última visita ao Rio de Janeiro, quando se reuniu com o governador Pezão e o prefeito Eduardo Paes e lhes pediu que abrissem uma vaga de secretário estadual ou municipal para algum deputado federal petista, para que o primeiro suplente Wadih Damous possa assumir na Câmara, com a missão de demolir o juiz federal Sérgio Moro e desmoralizar a operação Lava Jato.
O governador disse a Lula que ia tentar, mas seria difícil, porque o PT foi seu adversário na eleição com o candidato Lindbergh Farias e ficaram sequelas das acusações mútuas na campanha. Como o PT continua na oposição ao governo estadual, o PMDB dificilmente concordaria com a nomeação de um petista para o Secretariado.
O prefeito Eduardo Paes então se ofereceu para atender a Lula, mas demorou quase um mês até que um deputado petista concordou em se tornar secretário municipal. Ninguém queria aceitar e Lula passou a pressionar o presidente regional do PT, Washington Quaquá, exigindo que ele convencesse algum membro da bancada federal petista a assumir o cargo na Prefeitura do Rio.
CONVENCIDO A ACEITAR
A solução encontrada por Quaquá foi pressionar um deputado que ele ajudou a eleger com votação massiva em Maricá, o médico veterinário Fabiano Horta, que enfim aceitou “a missão”, mas a muito contragosto.
Horta começou sua carreira política em 2008, ao se eleger vereador. Em 2012 conseguiu a reeleição e era presidente da Câmara Municipal de Maricá quando disputou para deputado federal, com apoio total de Quaquá. Estava gostando de atuar no Congresso, mas chegou a hora de pagar a conta da eleição. Foi convencido a aceitar, embora não tenha interesse em assumir uma secretaria municipal no Rio de Janeiro.
O suplente Wadih Damous, arma secreta de Lula para destruir o juiz Moro, é um advogado trabalhista que ninguém conhecia no Fórum, mas em 2006 teve forte apoio do PT e conseguiu ser eleito para presidir a OAB estadual e depois se reelegeu em 2009. É militante petista declarado e se ofereceu à Lula para encabeçar a luta contra a força-tarefa da Operação Lava Jato no Congresso, onde a bancada petista é fraquíssima e os parlamentares mais experientes e respeitados, como Paulo Paim, Nilmário Miranda, Arlindo Chinaglia e Marco Maia, querem distância da corrupção que assola o governo e o partido.
JUÍZO DEVERIA SER PUNIDO…
Em entrevista a Fernando Molica, do jornal O Dia, Damous disse que chegará à Câmara disposto a brigar contra a atuação do juiz Sérgio Moro e do Ministério Público Federal, que em sua opinião se tornaram uma “ameaça à ordem jurídica do Estado de Direito”.
“Não podemos ser lenientes com a corrupção ou com corruptos, mas é inadmissível que, em nome do combate à ilegalidade, se pratique outra”, afirmou, acrescentando que irregularidades no processo podem levar à sua anulação.
“Há um atropelo das regras processuais, temo que isso vire um padrão. A começar pelas prisões, que estão sendo feitas como fator de investigação. Prende-se e, depois, investiga-se. A permanência de pessoas presas há meses sem qualquer fundamento jurídico válido é algo que remete à ditadura”, alega, dizendo que o juiz Sérgio Moro “já seria passível de um processo disciplinar”.
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PSA entrevista nos foi enviada por Guilherme Almeida. E o  melhor foi a resposta final de Damous, sobre suas relações com Lula: “Admiro muito o ex-presidente, mas sequer tenho proximidade com ele”. Deve ser a Piada do Ano.




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