Que bom te ver por aqui, seja bem vindo. Neste espaço busco repassar a informação séria, sem censura. Publico artigos e notícias que estão na internet e que acredito serem de interesse geral. Também publico textos, vídeos e fotos de minha autoria. Nos textos há sempre uma foto ou um gif, sempre ilustrativa, muitas vezes, nada tem a ver com o texto em questão. Para entrar em contato comigo pode ser em comentários nos artigos ou, então, pelo e mail andradejrjor@gmail.com.
Se
a presidente Dilma tinha dúvidas sobre o discurso de 1 de maio, na segunda feira
elas devem ter se dissipado ao saber que o vice-presidente Michel Temer
foi impedido, pelo temor das vaias, de discursar na abertura do Agrishow
2015 em Ribeirão Preto, a mais importante do setor agropecuário, onde a
própria Dilma e o ex-presidente Lula já estiveram anteriormente sem o
menor problema. Daí à decisão de não usar pela primeira vez a cadeia
nacional de rádio e televisão, com receio de um panelaço, foi um pulo.
Na segunda feira,
os manifestantes traziam cartazes contra Dilma, Lula, o PT e até o
tesoureiro João Vaccari. A presidente Dilma encontra-se no governo, mas
não tem mais poder, exagerou a revista britânica The Economist ao
registrar a terceirização da economia para o ministro da Fazenda Joaquim
Levy, um liberal da escola de Chicago, e a política para o vice Michel
Temer, que personifica o poder do PMDB na coalizão governamental que se
desmancha a cada dia.
A
aparência de normalidade que já começava a entusiasmar alguns
militantes petistas, especialmente aqueles que têm blogs a serviço do
governo, desvaneceu-se no ar com a certeza de que seria politicamente
inviável um pronunciamento da presidente Dilma no dia do Trabalho, que
os governos petistas aproveitam há doze anos para fazer proselitismo
político.
O
receio de receber um panelaço como resposta popular desaconselhou a
tentativa, assim como faz com que tanto Dilma quanto Lula só apareçam em
público em situações controláveis por seus esquemas políticos. Em
Ribeirão Preto a presidente Dilma já sabia que não seria possível essa
blindagem, e mandou Temer, uma figura neutra politicamente, como seu
representante.
Mas
nem o vice-presidente nem a ministra da Agricultura Katia Abreu – uma
legítima representante do setor – escaparam das vaias, dirigidas
especificamente ao PT e a Lula e Dilma. Até o governador de São Paulo, o
tucano Geraldo Alckmin, que não tinha nada a ver com a história, achou
prudente não ler o discurso que preparara.
Ontem,
fora da agenda, Dilma encontrou-se com Lula em São Paulo, provavelmente
no intervalo dos exercícios físicos do ex-presidente, que se prepara
para disputar a eleição de 2018 como os grandes líderes populistas e
autoritários costumam fazer para demonstrar sua capacidade física.
Putin
cansa de aparecer sem camisa, cortando lenha ou mergulhando em águas
geladas. Mao nadou há 49 anos no rio Yang Tsé, o mais longo da Ásia,
para demonstrar que continuava sendo capaz de governar a China. Collor
corria, dirigia lanchas velozes e praticava esportes.
Pois
consta que Lula, e também o marqueteiro João Santana, eram contra a
aparição de Dilma na televisão a 1 de Maio. Talvez o ministro do
Trabalho do PDT faça o papel de Dilma no horário oficial, se oferecendo
para receber o panelaço em seu lugar.
Seria
uma punição interessante para o partido, cujo presidente, Carlos Lupi,
deu em entrevista no fim de semana dizendo que o PT “exagerou” no roubo e
que o PDT se preparava para deixar a coligação governista por que o
tempo do PT já passou.
Depois
de ter conversado com o ministro Manoel Dias, mudou de idéia e anunciou
que o partido continuaria na coligação, isto é, à frente do ministério
do Trabalho. Pelo menos para levar um panelaço em nome da presidente.
Em
meio a essa situação embaraçosa, semelhante em tudo ao último ano do
ex-presidente José Sarney, em que não pode sair do Palácio sem
arriscar-se em praça pública, a presidente Dilma ainda tem poder para
definir uma série de coisas, inclusive as privatizações, isto é,
concessões, do setor de infraestrutura, mas não tem condições políticas
de abrir a boca em público sem levar uma vaia ou um panelaço. Vamos ver o
que acontecerá com a aparição na internet. O perigo é algum hacker
antipetista armar uma armadilha para a presidente.
Como profissional, trabalhei como apresentador, repórter, redator, produtor, diretor de jornalismo em várias emissoras de rádio - Rádio Difusora de Pirassununga, Rádio Cultura de Santos e São Vicente, Rádio Capital de Brasília, Rádio Alvorada de Brasília, Sistema Globo de Rádio/DF, Rádio Manchete FM/DF, Rádio Planalto de Brasília e 105 FM DF e Rádio Cultura de Brasília. Fui Professor de Radiojornalismo no CEUB. Funcionário concursado da Secretaria de Saúde do Distrito Federal requisitado pelo TCDF até me aposentar em fevereiro ultimo. Também trabalhei, nos anos 70 no jornal O Movimento de Pirassununga.
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