por Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa com o blog do Noblat O GLOBO
“Esse fundo não deveria nem existir. Os partidos têm que representar a população, e a população tem que estar engajada”. Miro Teixeira PROS/RJ
Sou contra o impeachment da presidente que ainda não completou quatro
meses de mandato. Não creio que seja uma boa solução para os graves
problemas do país. Digo isso com singeleza, com o puro sentimento de uma
cidadã assustada com o negror que se aproxima.
Mas deixar dona Dilma solta com a caneta na mão é ainda mais assustador.
Fica martelando em minha cabeça: como ela teve coragem de chancelar o
acréscimo de R$578 milhões ao Fundo Partidário, no momento frágil,
economicamente esgarçado que atravessamos, graças aos desmandos de seu
primeiro governo?
O PMDB, através de seu senador por Roraima, Romero Jucá, fez a gracinha.
Que, numa pirueta, o presidente do Senado, o alagoano Renan Calheiros,
também do PMDB, definiu como incompatível com o espírito do ajuste
fiscal que paira sobre nossas cabeças.
Com uma sensibilidade mais apurada aos anseios e temores da opinião pública vem o presidente do partido, o paulista que é vice-presidente da República, Michel Temer, e declara, lá de Lisboa, onde está numa missão que bem poderia ter sido exercida de Brasília, que a fantástica verba para o Fundo Partidário poderia ser contingenciada. Como? Baseando o contingenciamento no ajuste fiscal que está por vir.
Mas nada é tão simples quando se trata de dinheiro para a vida política do Brasil.
Michel Temer foi informado que a Lei de Diretrizes Orçamentárias protege o fundo partidário como uma despesa que não pode ser objeto de limitação. Quer dizer: uma vez a Cascais, nunca mais!
Com uma sensibilidade mais apurada aos anseios e temores da opinião pública vem o presidente do partido, o paulista que é vice-presidente da República, Michel Temer, e declara, lá de Lisboa, onde está numa missão que bem poderia ter sido exercida de Brasília, que a fantástica verba para o Fundo Partidário poderia ser contingenciada. Como? Baseando o contingenciamento no ajuste fiscal que está por vir.
Mas nada é tão simples quando se trata de dinheiro para a vida política do Brasil.
Michel Temer foi informado que a Lei de Diretrizes Orçamentárias protege o fundo partidário como uma despesa que não pode ser objeto de limitação. Quer dizer: uma vez a Cascais, nunca mais!
Diante disso, o que fez o vice-presidente? Fez o PMDB declarar que vai
abrir mão de uma parte desses benditos novos recursos. Só não definiu o quantum...
Até aqui não falamos no partido majoritário, que é o partido da
presidente. Qual sua opinião a respeito desse mero pulo de R$289 milhões
para R$867 milhões no querido Fundo Partidário, made by Jucá? Pois
bem, o senador Walter Pinheiro (PT/BA) defendeu a tese que eu apelidaria
de Lei do Menor Esforço: que a presidente Dilma edite uma Medida
Provisória alterando a LDO que acabou de sancionar. Na alteração, o
Fundo Partidário retornaria ao valor original, ou seja, aos míseros R$
269 milhões.
Será que ele acredita que isso seria viável? Será que ele não percebeu
por que dona Dilma assinou a triplicação da mesada aos nossos
representantes no Congresso? Será que ele pensa que ela fez isso pisando
nas estrelas, distraída?
Comecei este papo com vocês dizendo que sou contra o impeachment. Não
gosto da ideia do PMDB absoluto no poder. Menos ainda da ideia de
eleições indiretas, através do Congresso. A Lei 1.079/50 é bem clara.
Melhor não bradar por impeachment sem a conhecer bem...
Então, qual seria a solução? Taí, sinceramente? Não sei.
Mas, como está, com dona Dilma e sua caneta cheia de tinta, sem nenhum
bom senso, nem remorsos pelos desmandos na Petrobras, é que não dá para
ficar.
EXTRAÍDADOBLOGROTA2014
0 comments:
Postar um comentário