Roberto Nascimento
No caso da nomeação do novo ministro do Supremo, o Executivo deseja que o indicado seja simpatizante do PT, mas, recebeu informes de que o Congresso vetará nomes desse naipe. O PMDB, por outro lado, deseja indicar um nome da conveniência do partido, entretanto, o governo veta. E o notório saber e a ilibada reputação? Ora, ninguém liga mais para esses pequenos detalhes inseridos na Constituição.
Este é o verdadeiro motivo da demora na indicação do substituto do ministro aposentado Joaquim Barbosa, nomeado por Lula, que hoje avalia ter sido seu maior erro, sem falar a indicação da atual presidente, é claro.
SEM CUMPRIR PRAZOS
Quanto ao Judiciário, é o campeão na falta de celeridade do andamento processual, porque não se vê obrigado a cumprir prazos. Apenas os advogados são submetidos a prazos fatais, sob pena de perda das ações e prejuízos aos clientes.
O Legislativo caminha na mesma esteira dos outros dois poderes. Só correm quando são cobrados pelo povo, principalmente quando a massa vai às ruas protestar, como na Primavera Junina. Passada a onda de protestos, voltam a votar os projetos e emendas constitucionais a passos de tartaruga.
E assim, o país vai perdendo as oportunidades no cenário das nações. Quando advêm as crises, o primeiro e único penalizado é o trabalhador, como faz agora o ex-tucano Joaquim Levy, alçado a ministro da Fazenda pelo PT, que pretende fazer o ajuste fiscal em cima do trabalhador. Quando instado a incluir o imposto sobre grandes fortunas na pauta, faz cara de paisagem e não responde. O silêncio diz tudo, lógico.
EMPRESAS DESESTIMULADAS
Será muito difícil a política fiscal de Levy experimentar sucesso que todos esperam. Matar o doente agora (recessão e desemprego), na expectativa de que no ano que vem possa ressuscitar, é um risco muito grande. As empresas precisam de estímulo para manter e até ampliar a oferta de emprego.
Desestruturar, agora, significa a necessidade de um esforço maior para crescer novamente. Falam em 2016, mas eles sabem que no mínimo levará de três a cinco anos para plena recuperação da economia. Os EUA, maior potência do planeta, levou cinco anos após a crise de 2008 para respirar e gerar novos empregos.
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