Com Blog do Noblat - O Globo
Estreita-se o cerco em torno de Renato Duque, ex-diretor da Petrobras
ligado ao PT, e de João Vaccari Neto, tesoureiro do partido.
O juiz Sério Moro, responsável pela Operação Lava-Jato, aceitou a
denúncia da Procuradoria da República contra Duque e o enviou para a
cadeia do Complexo Médico-Penal em Pinhais, na Região Metropolitana de
Curitiba.
Pesam contra Duque e Vaccari novas revelações feitas por Pedro Barusco,
ex-gerente da Petrobras, que trabalhava com Duque. Barusco está
fornecendo detalhes que comprovam que doações “legais” feitas ao PT por
empreiteiras nada tiveram de “legais”.
As doações funcionaram como lavagem de dinheiro desviado de negócios
superfaturados entre empreiteiras e a Petrobras. As empreiteiras
acertavam negócios com Duque. E parte do dinheiro que recebiam da
Petrobras ia parar no caixa do PT.
Em outras palavras, isso significa que a Justiça Eleitoral, responsável
por avalizar doações registradas em nome de partidos, foi usada para
lavrar dinheiro da roubalheira.
Barusco entregou a Moro planilhas de distribuição de propinas com as
datas em que elas foram pagas. Bem como os dias e locais de reuniões das
quais participou junto com Duque e Vaccari. A quebra do sigilo
telefônico dele poderá comprovar o que diz.
O juiz Moro ainda tem esperança de que Duque confesse os crimes que
cometeu em troca da delação premiada, o que reduziria seu tempo de
cadeia. Duque está sob pressão da família para que conte pelo menos
parte do que sabe.
EXTRAÍDADOBLOGROTA2014
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