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07:32
ANDRADEJRJOR
LUIZ GARCIA O GLOBO
É relevante que os
nossos juristas estejam dando à corrupção a importância que ela merece.
Seria muito bom se a turma do Planalto tivesse a mesma preocupação
É
obrigação do Estado zelar por honestidade no comportamento de seus
agentes. O que é simples de se afirmar, mas um tanto complicado de
acontecer na prática. Trata-se de velho problema, comum em todos os
governos do planeta. Ou quase todos: até na Santa Sé de vez em quando
ele aparece, escondido nas batinas.
Por aqui, temos agora — e só
agora — o início da vigência, ainda em fase de regulamentação, da Lei
Anticorrupção, que se propõe, como diz o nome, a implantar honestidade
no comportamento de empresas que prestam serviços ao governo federal.
Juristas, como o advogado Modesto Carvalhosa, foram severos na crítica.
Ele, por exemplo, não mostrou modéstia alguma ao definir a
regulamentação da nova lei como farsa. E profetizou sério risco de
corrupção na sua aplicação: especificamente, no caso de investigação da
aplicação de contratos entre empresa e ministérios.
Não foi o
único: Rossini Corrêa, conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil,
condenou a delegação dessa investigação a ministros de Estado. Por um
motivo que parece óbvio a qualquer leigo inocente: seria algo como
entregar à raposa a chave do galinheiro.
A advogada Marta Viegas,
do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, foi mais longe:
sugeriu que a questão da corrupção seja entregue a um organismo
independente, algo parecido com o existente nos Estados Unidos, e
dedicado exclusivamente a aplicar a Lei Anticorrupção. Como lá, poderia
dar certo, se a independência fosse absoluta.
É obviamente
bastante importante que os nossos juristas estejam dando ao problema a
importância que ele merece. Seria muito bom se a turma do Palácio do
Planalto tivesse a mesma preocupação. Vamos esperar, para ver se ela
acorda.
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