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Com a rápida e dura
resposta que deu à presidente Dilma Rousseff, aprovando no mesmo dia em
que foi apresentado o projeto de lei complementar que fixa prazo de 30
dias para o governo federal mudar os indexadores das dívidas de Estados e
municípios, aliviando-as de maneira significativa, a Câmara dos
Deputados não apenas impôs mais uma severa derrota política ao Palácio
do Planalto. Com sua decisão, a Câmara como que obriga a presidente
Dilma Rousseff a pagar pelos erros que cometeu no seu primeiro mandato,
ao propor a aplicação de um indexador que torne menos pesado para os
devedores o pagamento da dívida renegociada com a União. Na época, ela
se recusava a admitir a dramática situação financeira de seu governo,
que agora precisa ser corrigida com medidas duras, entre as quais o
adiamento das facilidades para o pagamento das dívidas estaduais e
municipais.
A situação só não ficou pior para o governo porque,
depois de reunião do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, com um grupo de
senadores, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), concordou
em não colocar o projeto em votação imediatamente. Isso dá tempo ao
Planalto para pelo menos tentar absorver sua derrota. Mas, mesmo assim, o
presidente do Senado manteve a pressão sobre o governo. Lembrou que, em
caso de veto da presidente ao projeto, o Congresso tem a palavra final.
Na
terça-feira passada, a presidente havia afirmado não haver "espaço
fiscal" para aliviar as dívidas dos Estados e municípios. Respondia ao
prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), que na véspera havia
obtido liminar na Justiça Federal para que a dívida do município passe a
ser corrigida pelos indexadores autorizados pela Lei Complementar n.º
148, aprovada em novembro de 2014 com o apoio do governo.
Pouco
depois, o deputado Leonardo Piciani, líder do PMDB e, portanto, da base
aliada do governo, apresentou o projeto fixando prazo para o governo
renegociar as dívidas. A Câmara agiu, então, com inusitada rapidez. Em
menos de 24 horas, aprovou por 389 votos a favor e apenas 2 contra - o
que não deixa dúvidas quanto ao maciço apoio, vindo até do PT - o
projeto que, além de impor prazo exíguo ao Executivo para a aplicação
das novas condições de pagamento das dívidas estaduais e municipais,
dispensa essa aplicação de regulamentação prévia. Esgotado o prazo, diz o
texto aprovado, "o devedor poderá recolher, a título de pagamento à
União", o montante corrigido pelo novo indexador, "ressalvado o direito
da União de cobrar eventuais diferenças que forem devidas".
A lei
complementar em vigor autoriza a União a adotar o Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais 4% ao ano ou a taxa Selic - o que
for menor - como índice de correção das dívidas, em substituição ao
Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) mais 6% ao ano
(ou 9%, no caso de não cumprimento de condições contratuais).
Embora
se apliquem a dívidas de 7 Estados e cerca de 180 municípios, as regras
beneficiam especialmente a Prefeitura de São Paulo, atualmente ocupada
por Fernando Haddad, companheiro de partido da presidente Dilma
Rousseff.
De acordo com números que o ministro da Fazenda
apresentou a senadores, a mudança do indexador reduzirá em R$ 163,1
bilhões o valor que a União tem a receber até 2040. No caso da
Prefeitura paulistana, o saldo devedor, de R$ 60,5 bilhões, será
reduzido em RS 36,4 bilhões, com a redução proporcional dos pagamentos
anuais.
A redução dos compromissos com a dívida permitiria à
Prefeitura aumentar seus investimentos, o que representaria uma grande
ajuda para o prefeito Haddad em sua corrida pela reeleição. Mas tendo,
afinal, se dado conta das dimensões da crise fiscal, a presidente Dilma
Rousseff percebeu que a concessão de um benefício dessas dimensões,
nesse momento, tornaria ainda mais difícil o ajuste fiscal, já ameaçado
pela resistência que enfrenta até mesmo no PT. Por isso, ela quer adiar a
aplicação da medida. Enfraquecida, parece ter cada vez menos condições
para fazer isso.
Como profissional, trabalhei como apresentador, repórter, redator, produtor, diretor de jornalismo em várias emissoras de rádio - Rádio Difusora de Pirassununga, Rádio Cultura de Santos e São Vicente, Rádio Capital de Brasília, Rádio Alvorada de Brasília, Sistema Globo de Rádio/DF, Rádio Manchete FM/DF, Rádio Planalto de Brasília e 105 FM DF e Rádio Cultura de Brasília. Fui Professor de Radiojornalismo no CEUB. Funcionário concursado da Secretaria de Saúde do Distrito Federal requisitado pelo TCDF até me aposentar em fevereiro ultimo. Também trabalhei, nos anos 70 no jornal O Movimento de Pirassununga.
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