Que bom te ver por aqui, seja bem vindo. Neste espaço busco repassar a informação séria, sem censura. Publico artigos e notícias que estão na internet e que acredito serem de interesse geral. Também publico textos, vídeos e fotos de minha autoria. Nos textos há sempre uma foto ou um gif, sempre ilustrativa, muitas vezes, nada tem a ver com o texto em questão. Para entrar em contato comigo pode ser em comentários nos artigos ou, então, pelo e mail andradejrjor@gmail.com.
Não bastassem os embates
com Lula, com o PT, com o Congresso, com a realidade econômica, com as
pesquisas de popularidade e com a própria equipe, a presidente Dilma
Rousseff decidiu agora abrir mais uma frente de batalha: com os
prefeitos.
Sem entrar no mérito da mudança de indexador das
dívidas dos municípios, que aumenta ainda mais o rombo do governo
federal, o fato é que Dilma deu o doce e depois tirou o doce da boca das
crianças. O novo indexador foi aprovado há quatro meses, não entrou em
vigor e ela recorre a um argumento técnico para tratar uma questão que é
também política: a lei foi aprovada, mas não regulamentada, e os tempos
são de aperto. É mesmo?
São sete Estados e 180 municípios
beneficiados pela mudança e desesperados pela redução drástica de suas
dívidas. A da capital de São Paulo, por exemplo, pode despencar 42%, de
R$ 62 bilhões para R$ 36 bilhões. Imaginem essa diferença às vésperas da
eleição municipal de 2016, com muitos já em campanha pela reeleição.
Os
primeiros a partir para cima foram Eduardo Paes, do Rio, e Fernando
Haddad, de São Paulo. Paes, que não é apenas do PMDB, mas aliado do
deputado Eduardo Cunha e até possível nome do partido para a Presidência
em 2018, entrou na Justiça para fazer valer a lei. E Haddad, que é do
PT lulista, mandou recados mal humorados pela imprensa.
Nessa
nova crise, aconteceu o que já se tornou rotina: o Palácio do Planalto
ficou de um lado e o Congresso, de outro. Dilma falou à tarde que
reduzir a dívida de Estados e municípios com a União (algo já aprovado,
lembre-se) seria "inconsequente" num momento de cortes. Horas depois, na
mesma noite, a Câmara aprovou um projeto botando a faca no pescoço da
presidente: o governo tem 30 dias para mudar o indexador e acabou-se a
história.
Detalhe: a "inconsequência" comandada por Cunha foi
apoiada pelo próprio PT e até pelo dócil PC do B, que vota (votava?)
tudo que seu mestre - ou sua mestra - mandar.
São Joaquim Levy
conseguiu adiar a decisão do Senado para ao menos terça-feira que vem,
mas veja você: o filho do presidente da Casa, Renan Calheiros Filho, é
governador de Alagoas, um dos Estados beneficiados. Dilma vai acabar
perdendo no Senado também...
Bem, é nesse clima que os prefeitos
de todo o País vão se reunir em Brasília de 7 a 9 de abril. O tema
oficial é desenvolvimento sustentável, mas a pauta real não vai ser o
aquecimento global, mas o clima político insuportável contra o PT e
Dilma.
Após dizer ao Estado que já passou por momentos
semelhantes (de "caos político", de tensão, de desânimo) no governo
Lula, o ministro Jacques Wagner (Defesa) pediu "paciência, foco,
perseverança". Ele acha que o ajuste fiscal vai passar e tudo vai
melhorar lá pelo final do ano.
Pode ser, pode não ser. Com o
governo à deriva, sem um(a) líder, sem rumo, Dilma joga todas as suas
fichas na aprovação das medidas do ajuste fiscal, que dependem
justamente... da Câmara de Eduardo Cunha e do Senado de Renan Calheiros.
Mas, se ela perdeu na eleição para a presidência da Câmara, no embate
com prefeitos, na correção do Imposto de Renda e está perdendo no
confronto com municípios, por que ganharia no ajuste?
Por
enquanto, o cenário não é animador. Só ontem, num único dia, tivemos: o
Banco Central admite pela primeira vez retração em 2014 e 2015, o índice
de desemprego de fevereiro é o pior para o mês desde 2011 e o novo
escândalo da praça (desvios no "tribunal" da Receita) consegue ser ainda
pior do que o da Lava Jato, em torno de R$ 19 bilhões (?!). Você
conseguiria imaginar algo ainda mais escandaloso do que o da Petrobrás?
Existe.
Pois é, ministro, vai ser preciso muuuuiiiita paciência.
Pericás.
Morreu o embaixador Bernardo Pericás, estrela de um momento glorioso do
Itamaraty e referência para as novas gerações de diplomatas.
Como profissional, trabalhei como apresentador, repórter, redator, produtor, diretor de jornalismo em várias emissoras de rádio - Rádio Difusora de Pirassununga, Rádio Cultura de Santos e São Vicente, Rádio Capital de Brasília, Rádio Alvorada de Brasília, Sistema Globo de Rádio/DF, Rádio Manchete FM/DF, Rádio Planalto de Brasília e 105 FM DF e Rádio Cultura de Brasília. Fui Professor de Radiojornalismo no CEUB. Funcionário concursado da Secretaria de Saúde do Distrito Federal requisitado pelo TCDF até me aposentar em fevereiro ultimo. Também trabalhei, nos anos 70 no jornal O Movimento de Pirassununga.
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