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21:25
ANDRADEJRJOR
BERNARDO MELLO FRANCO folha de são paulo
O jogo político em
Brasília tem lembrado a semifinal da Copa: a cada vez que os alemães
Renan Calheiros e Eduardo Cunha armam uma jogada, Dilma Rousseff encarna
o goleiro canarinho e vai buscar a bola no fundo da rede.
A
dupla de ataque do PMDB está prestes a marcar mais um gol, ao tirar da
oposição oficial a bandeira do corte no número de ministérios.
A
tabelinha começou na semana passada, quando a bancada do partido na
Câmara desarquivou uma proposta de emenda constitucional apresentada por
Cunha. O texto estabelece um teto de 20 ministérios na Esplanada. Se
aprovado, obrigará Dilma a fazer um corte brusco em sua equipe, hoje com
39 pastas.
Em um lance ensaiado, Renan saiu ontem em defesa da
ideia: "Está na hora do programa Menos Ministérios. Vinte, no máximo.
Menos cargos comissionados, menos desperdício e menos aparelhamento".
Foi
o suficiente para jogar Dilma de volta na defensiva. Horas depois, ela
anunciou que o governo vai "fazer profundos cortes" e "buscar
ineficiência" (sic) em todos os ministérios, mas sem falar em
enxugamento.
Mais uma vez, a presidente deve ser atropelada pelo
Congresso. A proposta de Cunha pode ser votada hoje na Comissão de
Constituição e Justiça da Câmara. Se aprovada, causará forte desgaste
político ao governo.
Os 39 ministérios de Dilma são um claro
absurdo. O curioso é ver o PMDB em campanha por sua redução. O partido
se notabilizou por pressionar todos os governos, inclusive o atual, para
obter mais cargos e orçamentos na Esplanada. Neste momento, atua nos
bastidores para arrancar a Integração Nacional do PP.
Se seu time
estivesse forte, Dilma poderia instar os peemedebistas a dar o exemplo,
devolvendo as sete pastas que controla: Minas e Energia, Agricultura,
Turismo, Pesca, Portos, Aviação Civil e Assuntos Estratégicos. Na
partida atual, é mais provável que a presidente acabe assistindo a mais
um gol da Alemanha.
extraídadavarandablogspot
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