Jornalista Andrade Junior

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Temos um governo que não aprende com os próprios erros

Wagner Pires


Causada pelo excesso de despesa pública capitaneada pelos repasses ao BNDES, na tentativa frustrada de ativar a economia (política errônea em que a presidente Dilma Rousseff ainda teima, insistindo com o repasse de mais R$ 30 bilhões ao banco), a recessão econômica fez o mercado de trabalho entrar em um círculo vicioso e pernicioso. As demissões ou o fechamento massivo de postos de trabalho pelas empresas, que correm para cortar custos ou que, sucumbindo ao arrocho econômico, fecham suas portas, fazem com que haja uma superoferta de mão-de-obra.
Esta oferta excessiva desencadeia a quebra da capacidade dos trabalhadores que permanecem em seus postos de pleitear reajustes. Na verdade, dá aos empregadores a capacidade de comprimir os salários, através da opção pela substituição do cargo por outro trabalhador com menor remuneração.
Vê-se assim que a recessão desencadeia um processo de compressão salarial. Isso corrobora ainda mais com a redução da massa salarial disponível na economia e já combalida com milhares de demissões desencadeadas pela recessão.
BNDES TEM MAIS 30 BILHÕES
O fato de Dilma continuar com as transferências de recursos do Tesouro para o BNDES, via crescimento do endividamento público, não melhora a economia, pelo contrário. Traria resultado se a taxa de juros básica administrada pelo Banco Central estivesse dando vantagem aos investimentos na economia real e não em títulos do governo, em títulos de renda fixa.
Desta maneira, o “modus operandi” deste governo, que se pautou pelo excesso de liquidez dado pelo festival de despesas públicas, vai ganhando sobrevida através desses repasses ao BNDES, o que nos permite afirmar que tal ação vai dificultar ainda mais a vida do Banco Central no controle inflacionário.
Ou seja, o Banco Central será obrigado a continuar com o movimento de alta da taxa Selic e retardará a reversão do processo recessivo em que nos encontramos. Recessão a que o próprio governo de Dilma nos empurrou, é preciso deixar claro.
Podemos, então, afirmar que é um governo que não aprende com os próprios erros, pois os governantes não refletem sobre os fatos econômicos, por mais claros e evidentes que eles sejam.







EXTRAÍDADATRIBUNADAINTERNET

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