Carlos Chagas
Fosse Itamar Franco presidente da República, como foi, e já estariam fora de seus cargos ministros como Aloízio Mercadante e Edinho Silva, com instruções para defender-se fora do governo e a possibilidade de voltar caso comprovada sua inocência. Itamar não perdoava as dúvidas. Com o PT no poder tem sido diferente: tanto o Lula, antes, como Dilma, agora,a estratégia é reunir os acusados para elaborar estratégias de defesa. Também, até as campanhas eleitorais do antecessor e da sucessora estão sob suspeição.
Efeitos políticos devastadores estão por acontecer, se é que já não começaram, envolvendo o PT, o PMDB, o PP, até o PSDB e outros partidos. A elucidação completa da roubalheira afetará líderes de prestígio e poderá refletir-se nas próximas eleições, tanto as municipais do ano que vem quanto as nacionais de 2018. Até a candidatura do Lula está sendo afetada. Nas últimas pesquisas ele perde por dez pontos para Aécio Neves. O PT anda em queda livre e perderá em número de prefeitos, vereadores, deputados, senadores e governadores.
EFEITOS ECONÔMICOS
As consequências políticas das sucessivas revelações da corrupção institucionalizada, porém, são menores do que os efeitos econômicos. A perda de credibilidade nas instituições virou uma constante, alimentando o desemprego, a alta de preços, impostos e tarifas, além da inflação e da supressão de direitos sociais como forma de o governo enfrentar a crise. Mais do que rejeitar, a população repudia os que deveriam conduzi-la.
Ricardo Pessoa ficou preso seis meses em estabelecimento penal de Curitiba, mas já cumpre prisão domiciliar, assim como muitos outros envolvidos no chamado petrolão, sem esquecer os réus do mensalão. Não deixa de ser estranha a evidência de que cadeia, mesmo, é para ladrão de galinha. Essa parece a diferença entre a véspera e o dia seguinte…
extraídadatribunadainternet
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