Dívidas afetam entidades e estudantes. Aumento de juros torna renegociações ainda mais custosas
Redação Implicante
A inadimplência já começa atingir o setor educacional. Os cursos de Ensino Superior são o destaque do segmento e aparecem na frente com o maior número de dívidas em atraso, com participação de 43,5%. Os dados, divulgados nesta quinta-feira, constam no Indicador de Inadimplência da Educação, medido pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
Em segundo lugar no ranking de participações aparecem outras
atividades de ensino, com 33,7% de inadimplência, e os cursos do ensino
infantil, fundamental e médio, com 15,0% de participação. De acordo com o
indicador, o número de pendências com Instituições de Ensino Superior é
quase três vezes maior que o número de pendências com instituições de
Ensino Básico.
– Isso se deve ao fato de que as matrículas em escolas privadas do
Ensino Fundamental e médio concentram famílias com renda mais elevada,
ao mesmo tempo em que o Superior tornou-se mais acessível à população da
classe C nos últimos anos – disse Marcela Kawauti, economista-chefe do
SPC Brasil.
Porém, o indicador mostra uma desaceleração no crescimento da
inadimplência na educação superior: no acumulado de janeiro a maio, em
2013 e 2014, o nível superior foi o principal destaque, com um
crescimento no total de dívidas não pagas de 15,8% e 16,8%,
respectivamente. Já no acumulado de janeiro a maio de 2015, esse
segmento obteve uma variação negativa de -2,5%.
Para Marcela, essa desaceleração da inadimplência no setor pode ser
reflexo do alto número de jovens que voltaram ao mercado de trabalho por
conta da desaceleração da economia.
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