Foi um marcante fato político a ida da comissão de senadores à Venezuela, para se avistar com os prisioneiros políticos do regime chavista. Os maus-tratos a que foram submetidos foi uma afronta ao Estado brasileiro e a seu povo. Tudo orquestrado para impedir que a visita se tornasse um fato político relevante, mas o tiro saiu pela culatra. As imagens da turba enfurecida, a ausência da polícia e do engarrafamento artificial causaram comoção no Brasil. A comissão de senadores, involuntariamente, por conta das circunstâncias, ampliou a condenação ao regime ditatorial venezuelano ao se colocarem em tamanha vulnerabilidade.
O
presidente da Câmara de Deputados, Eduardo Cunha, encaminhou a nota de
repúdio em boa hora feita por parlamentares de diversos partidos. O
presidente do Senado, Renan Calheiros, também conversou com a presidente
Dilma Rousseff, para que o Executivo se posicionasse diante dos atos
aviltantes das turbas organizadas que hostilizaram os representantes
daquela casa. O governo do PT, como era de se esperar e por ser patrono
do chavismo, se portou com tibieza e de forma tolerante diante das
ameaças de agressão física aos parlamentares.
Nenhuma
novidade nisso. O PT jamais escondeu suas preferências pelo chavismo e,
como analisei em outras ocasiões, tem sido o esteio político, um
verdadeiro escudo para dar longevidade a esse regime, que tem
empobrecido e envilecido a nação venezuelana. Para distender o regime
político que lá vigora será preciso, primeiro, remover o PT do poder por
aqui, quantas sejam as comissões de parlamentares de oposição nossos
que forem à Venezuela.
Claro
que isso não impede que se eleve o clamor contra as prisões arbitrárias
e injustas dos bravos políticos de oposição da Venezuela. Ao contrário,
até por razões humanitárias as pessoas de bem, não apenas no Brasil,
precisam se posicionar. Não há que ter ilusões, todavia: com o PT
governando o Brasil nada mudará na Venezuela. Tanto o chavismo como o PT
têm um projeto de poder continental, para que seus assemelhados assumam
o poder por toda parte. Esse é projeto o projeto do famigerado Foro de
São Paulo, fundado por Lula ele mesmo em 1990.
Portanto,
é preciso manter a atenção e a ação no sentido de proteger e libertar
os oposicionistas presos na Venezuela, mas também combater duramente a
política externa posta em marcha pelo PT.
* * *
Fato capital foi a prisão dos presidentes das construtoras Odebrecht e Andrade Gutierrez. Eram os grandes ausentes na carceragem de Curitiba, afora Lula, Antonio Palocci e certamente Dilma Rousseff. É preciso sublinhar a maneira como o juiz Sergio Moro está conduzindo o caso, partindo das figuras periféricas para finalmente chegar às figuras centrais do maior de todos os escândalos de todos os tempos. Quando houver uma ordem de prisão contra Lula, se houver, terá sido por obra e graça desse juiz lúcido e sistemático, emérito julgador.
EXTRAÍDADEMÍDIASEMMÁSCARA
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