Jornalista Andrade Junior

terça-feira, 23 de junho de 2015

PF quer investigar contratos do BNDES com Odebrecht e Andrade Gutierrez

Vera Magalhães - Painel - Folha de São Paulo


Caixa de Pandora A Polícia Federal quer quebrar o sigilo de todos os contratos de financiamento do BNDES com a Odebrecht e a Andrade Gutierrez para apurar suspeitas de que o dinheiro emprestado pelo banco para obras no exterior também foi usado para o pagamento de propina. Delegados do caso pediram, na última fase da Operação Lava Jato, a quebra de sigilo das operações de financiamento internacional para obras no exterior nos últimos 20 anos. A Justiça não acatou o pedido.
Foco O argumento do juiz Sérgio Moro e do Ministério Público Federal foi o de que a quebra de sigilo dos empréstimos do BNDES deveria ser pedida em outro processo.
Aquiles Devassa nas operações do banco é um dos maiores temores dos aliados de Lula. Eles acusam procuradores e juízes de explorar as operações de crédito para atacar a relação do ex-presidente com empreiteiras.
Anêmica Advogados de outras empreiteiras investigadas na Lava Jato que se debruçaram sobre o despacho de Moro dizem que a justificativa para as prisões desta sexta é muito mais frágil que as de seus próprios clientes.
Ponto… No habeas corpus que impetrarão, os advogados da Odebrecht vão tentar desqualificar tanto o e-mail citado por Moro para implicar Marcelo Odebrecht quanto o suposto pagamento de propina de US$ 300 mil a Pedro Barusco na Suíça.
… a ponto A defesa dirá que o “sobrepreço” citado no e-mail é um termo técnico (não superfaturamento), e que Barusco teria comprado títulos (bonds) da empresa.
Herança Relatório da Polícia Federal que embasou as prisões sustenta que a Odebrecht se envolveu no esquema da Petrobras antes de Marcelo Odebrecht chegar à presidência da empresa.
Domínio Os agentes apontam no texto, porém, que “muitos pagamentos se sucederam” após Marcelo ter galgado o posto, “sendo certo que as atividades praticadas […] não poderiam passar ao largo do dirigente”.
220v Levado à superintendência da PF em São Paulo, Marcelo foi colocado num auditório com outros presos. Estava “inconformado”, “bufando”, “com raiva” e “muito agitado”, nas palavras de agentes que o escoltaram.
Furo… A lancha que o juiz Sergio Moro diz ter sido paga pelo lobista Fernando Baiano para o presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, pertencia a Rafael Paladino, processado pelo rombo bilionário no banco Panamericano.
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