Vera Magalhães - Painel - Folha de São Paulo
Caixa de Pandora A Polícia Federal quer quebrar o
sigilo de todos os contratos de financiamento do BNDES com a Odebrecht e
a Andrade Gutierrez para apurar suspeitas de que o dinheiro emprestado
pelo banco para obras no exterior também foi usado para o pagamento de
propina. Delegados do caso pediram, na última fase da Operação Lava
Jato, a quebra de sigilo das operações de financiamento internacional
para obras no exterior nos últimos 20 anos. A Justiça não acatou o
pedido.
Foco O argumento do juiz Sérgio Moro e do Ministério
Público Federal foi o de que a quebra de sigilo dos empréstimos do BNDES
deveria ser pedida em outro processo.
Aquiles Devassa nas operações do banco é um dos maiores
temores dos aliados de Lula. Eles acusam procuradores e juízes de
explorar as operações de crédito para atacar a relação do ex-presidente
com empreiteiras.
Anêmica Advogados de outras empreiteiras investigadas
na Lava Jato que se debruçaram sobre o despacho de Moro dizem que a
justificativa para as prisões desta sexta é muito mais frágil que as de
seus próprios clientes.
Ponto… No habeas corpus que impetrarão, os advogados da
Odebrecht vão tentar desqualificar tanto o e-mail citado por Moro para
implicar Marcelo Odebrecht quanto o suposto pagamento de propina de US$
300 mil a Pedro Barusco na Suíça.
… a ponto A defesa dirá que o “sobrepreço” citado no
e-mail é um termo técnico (não superfaturamento), e que Barusco teria
comprado títulos (bonds) da empresa.
Herança Relatório da Polícia Federal que embasou as
prisões sustenta que a Odebrecht se envolveu no esquema da Petrobras
antes de Marcelo Odebrecht chegar à presidência da empresa.
Domínio Os agentes apontam no texto, porém, que “muitos
pagamentos se sucederam” após Marcelo ter galgado o posto, “sendo certo
que as atividades praticadas […] não poderiam passar ao largo do
dirigente”.
220v Levado à superintendência da PF em São Paulo,
Marcelo foi colocado num auditório com outros presos. Estava
“inconformado”, “bufando”, “com raiva” e “muito agitado”, nas palavras
de agentes que o escoltaram.
Furo… A lancha que o juiz Sergio Moro diz ter sido paga
pelo lobista Fernando Baiano para o presidente da Andrade Gutierrez,
Otávio Marques de Azevedo, pertencia a Rafael Paladino, processado pelo
rombo bilionário no banco Panamericano.
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