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08:16
ANDRADEJRJOR
ROGÉRIO GENTILE FOLHA DE SÃO PAULO
SÃO PAULO - Convidado
pela administração Fernando Haddad (PT) para fazer a curadoria da
grafitagem nos chamados "arcos do Jânio", o artista plástico Rui Amaral
escreveu em artigo na Folha que iniciativas como essa ajudam a
"construir uma cidade mais humana, democrática e divertida" e contribuem
para melhorar a "qualidade de vida".
Os leitores mais sensíveis
talvez tenham conseguido captar a mensagem do curador, mas é difícil
entender como a imagem do comandante Hugo Chávez (ou, vá lá, de um sósia
dele) num patrimônio histórico tombado pode ajudar a tornar São Paulo
uma cidade mais humana, democrática e divertida.
A explicação
talvez esteja no modo como foram selecionados os artistas para o projeto
de grafitagem da prefeitura paulistana. Não houve concurso público, não
houve edital, nada nem parecido com isso. A escolha foi totalmente
pessoal, sem apresentação de critérios, bem de acordo com o modelo
chavista de democracia.
Mais complicado ainda é compreender o
conceito de qualidade de vida da turma de Haddad, afinal, na prefeitura,
tudo parece girar em torno do banquinho de uma bicicleta.
Antes
de cometerem a pintura no bem tombado, os grafiteiros foram convidados
pela prefeitura para participar de uma grande bicicletada, que saiu do
parque Ibirapuera e terminou numa festa de confraternização regada a
chopp e churrasco nos arcos do Jânio. Um "dia inesquecível", como
definiu o curador.
Ao mesmo tempo, a prefeitura não tem
disponibilizado veículos para os agentes do município realizarem o
trabalho de prevenção da dengue na zona norte, a região mais afetada
pela doença na cidade (4,9 casos para cada 100 mil habitantes). Os 60
agentes dispõem de apenas dois carros.
O motivo deve ser a tal
concepção de Haddad sobre qualidade de vida. Afinal, como todo mundo
sabe, automóvel faz mal para a saúde porque estimula o sedentarismo...
FONTE AVARANDABLOGSPOT
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