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21:36
ANDRADEJRJOR
RUY CASTRO FOLHA SP
RIO DE JANEIRO - A
presidente Dilma emagreceu 13 quilos em menos de dois meses. Puxados
pelos índices econômicos, seu governo, sua força no Congresso e sua
popularidade também emagreceram em escala equivalente. Essas quedas
bruscas podem ser enganadoras, mas os observadores mais independentes
consideram que Dilma já não tem muita gordura para queimar e garantem
que seus índices continuarão caindo. Ainda mais agora, por ter contra si
um partido capaz de tudo quando se encontra na oposição: o PT.
E
é isto que torna a coisa intrigante. Dilma foi criação exclusiva de
Lula --fundador, perpétuo inspirador e sinônimo do PT. Feita de barro e
posta a andar com um sopro, ocupou cargos-chave nas duas administrações
do criador e, por sua identificação com os princípios, programas e
posturas do PT, foi duas vezes escolhida candidata à Presidência pelo
partido. Em ambas as campanhas, e nos dois turnos de cada, foi
solidamente instrumentalizada pelos ideólogos e marquetólogos petistas
--nenhuma frase, palavra ou ideia lhe saiu pela boca sem aprovação
oficial.
Instrumentalização esta que atravessou seu primeiro
governo e se materializou na chuva de benesses populistas, redução de
taxas, estímulo ao consumo, vivas ao desperdício e bolsas a cair do céu
para tantas categorias. Tudo proposto e aprovado triunfalmente pelo PT, e
executado por milhares de militantes ocupando cada espaço da
administração e reafirmando ser aquilo apenas uma fiel continuação do
governo Lula.
Se, de repente, descobre-se que tal triunfalismo
não passava de uma bolha, que a bolha estourou e é preciso conter o pus,
por que espremer somente Dilma se, em quatro anos, ela só fez o que os
companheiros achavam justo e certo?
Só falta agora que, abandonada por Lula, desprezada pelos companheiros e odiada pelo povo, Dilma engorde tudo de volta.
EXTRAÍDA DE AVARANDABLOGSPOT
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