Que bom te ver por aqui, seja bem vindo. Neste espaço busco repassar a informação séria, sem censura. Publico artigos e notícias que estão na internet e que acredito serem de interesse geral. Também publico textos, vídeos e fotos de minha autoria. Nos textos há sempre uma foto ou um gif, sempre ilustrativa, muitas vezes, nada tem a ver com o texto em questão. Para entrar em contato comigo pode ser em comentários nos artigos ou, então, pelo e mail andradejrjor@gmail.com.
Brasil aceita a
violência do governo venezuelano. A presidente Dilma disse uma frase perfeita. Como ato falho. "Nós nunca deixamos de
esconder que era 4,5%". Falava da correção da tabela do Imposto de
Renda. E esse percentual esconde - ou nunca deixou de esconder, como a
presidente prefere dizer - um aumento de imposto, porque é abaixo da
inflação do ano, que foi de 6,4%. Em janeiro, já pulou para 7,14% em 12
meses.
Essa atualização da tabela abaixo da inflação não é fato
raro. Os governos sempre esconderam esse tipo de aumento de imposto e
até apresentavam como ganho do trabalhador. No caso da atual presidente,
o que agrava o problema é que a inflação esteve sempre, nos seus quatro
anos de mandato, longe do centro da meta. Ela "nunca deixou de
esconder" que a meta não seria atingida. Dizia que estava convergindo
para a meta, mas, no fundo, bastava que não fechasse o ano acima de
6,5%.
Na entrevista, quando uma jornalista perguntou se ela
falaria com o embaixador da Venezuela sobre o caso da prisão do prefeito
de Caracas, Dilma respondeu: "Não querida. Eu não posso receber um
embaixador baseado nas questões internas do país. Eu recebo os
embaixadores baseado nas relações que eles estabelecem com o Brasil." O
governo "nunca deixou de esconder" que, na verdade, tudo depende do
país. Se for o Paraguai, o que acontece lá dentro importa ao Brasil,
mesmo que nada tenha a ver com as relações bilaterais. Se um presidente é
derrubado, como aconteceu com Fernando Lugo, é um fato reprovável. E
realmente é. A Constituição do país permitia, o Brasil reagiu
ferozmente. Paraguai ficou fora das decisões do Mercosul. Foi duramente
admoestado.
Diferente é a situação da Venezuela. Lá, tudo pode. O
falecido presidente Hugo Chávez fez o que quis com as instituições
democráticas: fechou jornais, perseguiu opositores, manipulou eleições.
Seu sucessor segue na mesma linha. Outro opositor, Leopoldo Lopez, está
preso há um ano e lá permanece. Recentemente, sua mulher denunciou que
ele foi colocado em solitária. Na quinta-feira, uma polícia fardada e
encapuzada invadiu o prédio onde estava o prefeito eleito de Caracas,
Antonio Ledezma, e o levou preso. O presidente Nicolás Maduro, a exemplo
do seu mentor, fez um pronunciamento, cercado de simpatizantes, dizendo
que ele será julgado por conspirar contra a Constituição.
Qualquer
liderança oposicionista que se fortalece é simplesmente presa, sem
ordem judicial, em manobras indisfarçáveis para se manter no poder a
qualquer preço. Quando o governo brasileiro reconhecerá que a cláusula
democrática do Mercosul, invocada no caso de Lugo, tem que valer para os
abusos dos governos chavistas? A resposta deveria ter sido: "Sim
querida, estamos chamando o embaixador para pedir explicações sobre a
prisão de um opositor, o prefeito de Caracas." Mas não foi essa a
resposta da presidente. Ela prefere continuar escondendo - como nunca
deixou de fazer - que para os amigos as normas do Mercosul são
flexíveis. Deles, tudo é aceitável.
O governo de Maduro não sabe o
que faz. Mergulhou o país em grave crise econômica e social. A inflação
a 70%, o país desabastecido, o câmbio enlouquecido. Se o país já estava
na penúria com o petróleo a US$ 100, o que dirá agora, que despencou?
Tudo isso a presidente poderia dizer que é assunto interno. Mas a quebra
de regras democráticas, a prisão de opositores de forma arbitrária e
abusiva por um tal "Serviço Bolivariano de Inteligência" são uma ofensa
ao tratado do Mercosul que estabeleceu que os governos têm que respeitar
o Estado de Direito, a democracia.
Essa cláusula não é um mero
enfeite do acordo que uniu os países. Teve que ser parte da base, porque
a região sempre foi atingida por ondas autoritárias, ditaduras,
caudilhismos. O Mercosul foi assinado por governos que saíram das
ditaduras que arruinaram os anos 60, 70 e parte dos 80. Foi um abraço de
países, marcados por esse flagelo, que se comprometiam a ser um clube
de democracias. Não é possível esconder: a aceitação de que Maduro faça,
como fazia Chávez, o que lhe der na telha com as instituições é a
quebra desse princípio. O governo petista sempre mostrou que não se
importa com isso, se a violação partir de um governo amigo
Como profissional, trabalhei como apresentador, repórter, redator, produtor, diretor de jornalismo em várias emissoras de rádio - Rádio Difusora de Pirassununga, Rádio Cultura de Santos e São Vicente, Rádio Capital de Brasília, Rádio Alvorada de Brasília, Sistema Globo de Rádio/DF, Rádio Manchete FM/DF, Rádio Planalto de Brasília e 105 FM DF e Rádio Cultura de Brasília. Fui Professor de Radiojornalismo no CEUB. Funcionário concursado da Secretaria de Saúde do Distrito Federal requisitado pelo TCDF até me aposentar em fevereiro ultimo. Também trabalhei, nos anos 70 no jornal O Movimento de Pirassununga.
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