Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira
Infelizmente, é difícil para aqueles que conhecem a verdadeira fibra nacional, esperar que o populacho assuma qualquer postura de grandeza para acabar com os canalhas que nos gerenciam.
Recordamos que temeroso com a vitalidade da Força Expedicionária Brasileira (FEB), que combatera ao lado dos aliados contra as tiranias de Hitler e de Mussolini, Getúlio Vargas, após 15 anos de ditadura, temia que a chegada da tropa trouxesse ideias esdrúxulas contra o seu governo.
Por isso, a FEB foi desfeita durante o seu retorno marítimo.
A desmobilização, tentativa política em esvaziar a sua importância, foi rápida e causou perplexidade. Como por ocasião do retorno das tropas brasileiras após a Guerra do Paraguai, os bravos combatentes foram banidos do cenário nacional com precisão maquiavélica.
Para os pracinhas, excetuando - se as demonstrações de apreço do povo ocorridas durante os desfiles, em vista de sua chegada ao Brasil, o que se viu foram as manobras de esvaziamento daqueles feitos.
A gloriosa participação da FEB e as consequências positivas de seu retorno, apesar das medidas para restringir a sua influência, mostraram - se insuficientes para embotar o natural questionamento que a simples constituição da força expedicionária trazia no seu âmago, ao lutar em prol do regime democrático, de há muito inexistente no Brasil.
Assim, faleciam em berço esplêndido as manifestações daqueles militares. Contudo, o embrião da democracia estava plantado.
Em sequência, ocorreu a deposição de Getúlio, em 29 de outubro de 1945, para encerrar um período que havia esgotado a paciência do povo brasileiro, exausto de viver à sombra de um estado ditatorial, e com perspectivas de suportá-lo por mais alguns anos.
Em 1950, novas eleições presidências, e lá estavam o Getúlio como candidato, e o seu oponente, o Brigadeiro Eduardo Gomes, homem corretíssimo, que se empenhara para o fim da ditadura e, portanto, um forte candidato.
Para encerrar este melífluo papo, questionamos? Quem após mandar nesta terrinha por 15 anos foi eleito pelo atento e esperto povo brasileiro? Adivinhe quem quiser.
Se alguém perguntar, o que será de nós, após o final da atual crise econômica, política e moral, respondemos:
- Se houver uma intervenção militar, só Deus sabe;
- Se não houver, continuaremos subordinados de um bando de desclassificados.
extraídadeaverdadesufocada
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