Vinícius Segalla Do UOL
Mas o VLT não ficou pronto a tempo para a Copa. Atualmente, a obra está parada, com um índice de execução de cerca de 30%. O atual governador de Mato Grosso, Pedro Taques, assumiu o cargo no início de janeiro deste ano e paralisou todas as obras que ainda não haviam sido concluídas, a fim de passar um pente fino nos contratos e nas operações, antes de seguir adiante.
Apenas oito das 52 obras tocadas pela Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) foram, de fato, concluídas pelo governador anterior, Silval Barbosa, que deixou o cargo no fim do ano passado. Outras 22 obras continuam em andamento, 14 foram encerradas sem o recebimento definitivo, sete foram abandonadas e uma não foi executada.
O MAIOR ESCÂNDALO
Já de posse dos relatórios produzidos sobre as obras, Taques assim definiu a licitação e a obra do VLT de Cuiabá: “É o maior escândalo da história de Mato Grosso”, disse, ao convocar uma entrevista coletiva para apresentar o resultado das análises da nova administração sobre as obras da Copa.
Há, pelo menos, duas denúncias de fraude na licitação do VLT, além da denúncia (que virou processo judicial) de que um ex-juiz federal recebeu propina para liberar a obra na Justiça em 2012, quando esta se encontrava paralisada, a pedido do Ministério Público.
O quadro encontrado pelo atual governo mato-grossense foi em boa parte traçado graças à análise dos relatórios de acompanhamento da obra, feitos por uma empresa de engenharia contratada pelo governo estadual para este fim.
(reportagem enviada por Isac Mariano)
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