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08:02
ANDRADEJRJOR
HELIL CARDOZO O GLOBO

O Brasil acreditou na propaganda do PT. Milhares de incautos caíram na pegadinha do ex-presidente Lula
Nove
anos depois do anúncio de que Itaboraí seria a terra prometida,
escolhida para sediar o Comperj, maior polo petroquímico do país,
assistimos estarrecidos ao sonho virar pesadelo.
De polo
petroquímico, o Comperj virou refinaria. O que inicialmente deveria
terminar em 2013, agora só em 2017. Vieram as greves dos trabalhadores,
primeiro sinal de que alguma coisa ia mal. Na sequência, o escândalo do
petrolão e a queda do preço do barril de petróleo para menos da metade
do que valia há dez anos, ameaçando seriamente inviabilizar o pré-sal e a
própria Petrobras.
Não será surpresa se a nossa refinaria virar em breve um posto de gasolina.
Desde
que foi feito o anúncio, em 2006, pelo então presidente Luís Inácio
Lula da Silva, o melhor vendedor de ilusões que a história recente já
produziu, de que Itaboraí era a terra prometida, escolhida para sediar o
empreendimento da Petrobras, a cidade nunca mais foi a mesma.
Até
então, éramos um município de pouco mais de 180 mil habitantes, onde as
pessoas se cumprimentavam pelo nome e dormiam de janelas abertas. Uma
cidade dormitório, mais conhecida por suas laranjas, cerâmica e quebra-
molas do que pelo fato de ter abrigado um dos portos mais importantes do
Império, o Porto das Caixas. Sim, o IDH era baixo, mas as expectativas
também.
A partir daquele dia, o Fusca virou Ferrari. A cidade
acelerou de zero para 200 km. A população cresceu rapidamente, com a
chegada de trabalhadores e suas famílias, pressionando por serviços
públicos que já não eram lá um modelo de eficiência. Juntos, vieram a
inflação e a especulação imobiliária que deixaram os aluguéis cobrados
em Itaboraí em meados de 2012 comparáveis aos do Leblon, Zona Sul do
Rio.
Os moradores mais antigos se assustaram com tamanha confusão
e com tantas caras novas que chegaram à cidade; já os mais jovens se
encheram de esperança. Era mesmo excitante viver numa cidade tão
próspera que assistia à chegada de hotéis de grandes redes, centros
comerciais, prédios de luxo e shopping centers, entre outras novidades.
Hoje,
a realidade é outra. O cenário é de desolação: os trabalhadores que
vieram atrás do Eldorado agora estão desempregados, e vagam sem rumo
pelas ruas da cidade sem poder retornar para casa; os aluguéis reduzem e
a violência grassa na mesma velocidade em que a economia despenca.
Recentemente, uma grande rede hoteleira anunciou a suspensão da
construção da segunda unidade no município. Há investidores que sequer
vieram buscar as chaves dos imóveis que compraram.
Os cofres
públicos sofrem o impacto. A arrecadação de ISS, que já foi de R$ 30
milhões/mês, está em R$ 18 milhões e deverá cair em breve para menos da
metade. Como atender à demanda por serviços públicos de uma população
que cresceu, segundo o IBGE, mais de 20% em tão pouco tempo? A
matemática não fecha. O Brasil acreditou na propaganda do PT. Milhares
de incautos caíram na pegadinha do ex-presidente Lula. Agora é preciso
responder: quem arca com tamanho prejuízo?
FONTE AVARANDABLOGSPOT
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