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22:25
ANDRADEJRJOR
Camila Guimarães - Epoca
Gabriela Salcedo - Contas Abertas
Para brincar o carnaval
sossegados, os parlamentares estão de folga desde o dia 13 e assim
ficarão até o dia 24 deste mês, a terça-feira subsequente da semana do
carnaval. Os 11 dias de recesso custam cerca de 279,1 milhões aos cofres
públicos, haja vista que o orçamento anual previsto para o Congresso
Nacional em 2015 é de R$ 9,3 bilhões, o que equivale a R$ 25,4 milhões
por dia. Na Câmara dos Deputados, o custo é menor.
O orçamento para 2015 da Casa
está previsto em R$ 5,3 bilhões. Sendo assim, os 11 dias de folga custam
aproximadamente R$ 161,1 milhões, ou R$ 314,1 mil por cada um dos 513
parlamentares.
Já no Senado, o montante de
recursos destinados para gastos deste ano está previsto em R$ 3,9
bilhões, fazendo com que os 11 dias signifiquem custos de R$ 118
milhões. Como a Casa é preenchida por 81 senadores, o recesso de
carnaval de cada parlamentar representa parcela de R$ 1,4 milhão. Os R$
279,1 milhões que custarão os dias de recesso para o carnaval equivalem,
por exemplo, à compra de quase 1,9 mil ônibus escolares rurais.
Com o valor também seria
possível construir 78 escolas com capacidade de 432 alunos por turno ou
140 Unidades de Pronto Atendimento de Porte II, instaladas em locais que
possuem entre 100 mil e 200 mil habitantes e recebem até 300 pacientes
por dia.
Embora alguns setores das Casas
permaneçam funcionando durantes esses dias, sem os parlamentares, a
produtividade real é baixa. Apesar do recesso prolongado para o período
mais festivo do país, sonho de qualquer trabalhador comum, o atual
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), acredita que os
parlamentares estão trabalhando mais que o usual.
“Isso mostra que a Câmara dos
Deputados quer e vai trabalhar nessa Legislatura”, disse ele, na
terça-feira (10), ao final votação do Orçamento Impositivo. Na semana de
despedida para o intervalo festivo, o quórum no plenário da Câmara foi
maior do que o normal.
Mesmo na segunda-feira (9), dia
da semana que não há sessão deliberativa, 464 parlamentares estavam
presentes. No dia seguinte, 492 deputados foram trabalhar e na
quarta-feira (11), 487 compareceram. Ao encerrar as votações, ainda na
terça, Cunha agradeceu o esforço dos deputados por terem cumprido seus
ofícios: “Muito obrigado à Casa por todo este esforço”.
Limite para justificativas de faltas
A sorte dos parlamentares é que
não precisarão justificar ausência no período do recesso. Em sua
primeira reunião da nova legislatura, a Mesa Diretora da Câmara dos
Deputados decidiu, na última quarta-feira (11), que apenas as licenças
médicas e as missões oficiais poderão ser usadas como justificativa para
a falta de parlamentares.
“Com isso, não serão mais
aceitas as justificativas de lideranças partidárias”, afirmou o
presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que comandou o encontro.
Segundo Cunha, a intenção é ampliar o quórum das votações em plenário.
A Mesa também decidiu
restringir a dispensa de presença em plenário apenas aos líderes
partidários e aos membros da Mesa. Presidentes de comissões e membros de
CPI estão entre os parlamentares que perdem esse direito. Cunha calcula
que a medida fará o número de dispensas cair de cerca de 120 para 20.
FONTEROTA2014
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