Jornalista Andrade Junior

FLOR “A MAIS BONITA”

NOS JARDINS DA CIDADE.

-

CATEDRAL METROPOLITANA DE BRASILIA

CATEDRAL METROPOLITANA NAS CORES VERDE E AMARELO.

NA HORA DO ALMOÇO VALE TUDO

FOTO QUE CAPTUREI DO SABIÁ QUASE PEGANDO UMA ABELHA.

PALÁCIO DO ITAMARATY

FOTO NOTURNA FEITA COM AUXILIO DE UM FILTRO ESTRELA PARA O EFEITO.

POR DO SOL JUNTO AO LAGO SUL

É SEMPRE UM SHOW O POR DO SOL ÀS MARGENS DO LAGO SUL EM BRASÍLIA.

sábado, 28 de fevereiro de 2015

Depende...

ROBERTO DAMATTA  O GLOBO

Quando uma escola de samba tradicional é financiada por uma ditadura estrangeira, chegamos ao fundo do poço


“O Brasil está na idade da tramela!”, dizia um grande intelectual. Tendo estudado nos Estados Unidos e lá, como dizia Monteiro Lobato, fora lapidado, pois jamais rejeitara o seu lado brasileiro (o qual foi, ironicamente, intensificado na convivência por contraste com o que, àquela época, chamava-se de “países adiantados”), ele era capaz de enxergar o que todo mundo simplesmente via como as nossas arqueológicas tramelas.

Quem saiu do Brasil para as “Europa” ou “América” até os anos 60 (como foi o meu caso), ficou espantado com a ausência das “tramelas” e das gigantescas chaves de ferro; esses instrumentos dos superiores que permitiam abrir ou fechar portas, cadeias, porões, dispensas e gavetas. Esses compartimentos que até hoje são vedados a quem continua a ser tratado como “povo”, pois jamais foi lapidado ou visto como cidadão.

Quando visitei os Estados Unidos pela primeira vez, recebi a chave não só do meu modesto escritório mas — eis o susto — a do prédio do famoso Departamento de Relações Sociais de Harvard!

No Brasil, receber essas máquinas “depende”.

O ministro tem a chave de todos os prédios e somente ele abre a sua porta. Nas democracias, todos têm precisamente a chave da porta dos que governam, já que presidentes, ministros, governadores, senadores e deputados servem ao povo. É, pois, do povo a propriedade das chaves!

Não há, nenhum “depende...” a condicionar a transparência. Não existe o famoso, lamentável e onipresente “eu não sabia” ou a divisão permanente entre “público interno e externo”, rotineiros na ditadura militar e no lulopetismo.

O roubo público, o assalto irresponsável em escala bíblica e pornográfica aos bens coletivos e à Petrobras — símbolo de independência econômica que suicidou quem teve honra e foi incestuosamente agredida por quem não sabe o significado dessa palavra — continuam sujeito ao “depende...”

Depende de quem. Se foi do tempo deles vale, se foi nessa nossa década de poder, não vale. Na Alemanha nazista, todos os males eram atribuídos aos judeus vistos como agentes de impureza diante da superioridade indiscutível da raça germânica. Os judeus eram o veneno ao lado dos homossexuais, dos ciganos e dos deficientes. Eles conspurcavam a “raça superior” — emblemática de uma integração perfeita porque seria biológica, entre o indivíduo e a coletividade. Esse problema de todas as nossas antropologias e sociologias que, em geral, leem o individuo como algo separado do grupo quando de, fato, seja nas suas formas mais ativas (como na América sem tramelas) ou brandas, como no Brasil relacional das trancas e frestas, o individuo é a expressão de uma cosmologia ou ideologia. A redução individualista é dominante na vida moderna que, conforme sabem alguns, não é, como o jazz, tão moderna assim.

Sem o “depende” não se entende a hipocrisia política dominante. Ela é a chave que abre ou fecha os baús de escândalos que, de tão rotineiros, chegaram ao carnaval, uma celebração aberta a tudo, mas hoje manchada pelo financiamento questionável.

Todos nós admitíamos cinicamente o financiamento carnavalesco de estabelecidos “contraventores”. Notem que não usamos a palavra “bandido” para os que se legitimavam como mecenas das escolas de samba. Por meio do carnaval e do até hoje não legalizado jogo do bicho, eles eram nossos “heróis-bandidos” ou simplesmente malandros, dentro da ética de ambiguidade que proíbe ou torna reacionário dizer isso “não pode!” ou, o muito mais sério, “isso eu não faço!” Mas quando uma escola de samba tradicional é financiada por uma ditadura estrangeira, chegamos ao fundo do poço porque o “depende” tem desculpa: afinal é (ou era) carnaval.

Ao se despedir, o professor Richard Moneygrand riu de sua profecia segundo a qual o fim do carnaval, conforme revelei na semana passada, assinalava o fim da ordem brasileira. Mas até mesmo a ordem, para vocês, disse ele, depende...

O “depende”, em paralelo ao “desculpável”, é parte do nosso Direito fundado no purgatório. Se os extremos e os limites são evitados, como não aceder a filosófica admoestação de batedor de carteira da presidenta Dilma, quando afirma que se a Petrobras tivesse sido investigada no governo Fernando Henrique Cardoso, toda essa roubalheira teria sido evitada?

E por que não nesses 12 anos de PT? Mas isso seria o questionamento do cronista reacionário que publica mas não é ouvido porque a preferência “depende” de quem fala e não do que é dito.

 

 

 

 

EXTRAÍDO DE AVERDADESUFOCADA

A bolha assassina

RUY CASTRO FOLHA SP

RIO DE JANEIRO - A presidente Dilma emagreceu 13 quilos em menos de dois meses. Puxados pelos índices econômicos, seu governo, sua força no Congresso e sua popularidade também emagreceram em escala equivalente. Essas quedas bruscas podem ser enganadoras, mas os observadores mais independentes consideram que Dilma já não tem muita gordura para queimar e garantem que seus índices continuarão caindo. Ainda mais agora, por ter contra si um partido capaz de tudo quando se encontra na oposição: o PT.

E é isto que torna a coisa intrigante. Dilma foi criação exclusiva de Lula --fundador, perpétuo inspirador e sinônimo do PT. Feita de barro e posta a andar com um sopro, ocupou cargos-chave nas duas administrações do criador e, por sua identificação com os princípios, programas e posturas do PT, foi duas vezes escolhida candidata à Presidência pelo partido. Em ambas as campanhas, e nos dois turnos de cada, foi solidamente instrumentalizada pelos ideólogos e marquetólogos petistas --nenhuma frase, palavra ou ideia lhe saiu pela boca sem aprovação oficial.

Instrumentalização esta que atravessou seu primeiro governo e se materializou na chuva de benesses populistas, redução de taxas, estímulo ao consumo, vivas ao desperdício e bolsas a cair do céu para tantas categorias. Tudo proposto e aprovado triunfalmente pelo PT, e executado por milhares de militantes ocupando cada espaço da administração e reafirmando ser aquilo apenas uma fiel continuação do governo Lula.

Se, de repente, descobre-se que tal triunfalismo não passava de uma bolha, que a bolha estourou e é preciso conter o pus, por que espremer somente Dilma se, em quatro anos, ela só fez o que os companheiros achavam justo e certo?

Só falta agora que, abandonada por Lula, desprezada pelos companheiros e odiada pelo povo, Dilma engorde tudo de volta.

 

 

 

EXTRAÍDA DE AVARANDABLOGSPOT

O instituto da reeleição já provou ser maléfico

Percival Puggina

Esses dados mostram ser indizível e perigosamente silencioso o poder de corrupção do preceito constitucional que permite a reeleição dos mandatos executivos. A concentração de poder que nossas degeneradas instituições republicanas acumulam na caneta de quem governa favorece enormemente o mau governo e sua vitória eleitoral.
O instituto da reeleição conduz as ações de governo, o gasto público, a publicidade oficial, a cooptação de apoios, a distribuição de cargos, a ocupação dos espaços e as coligações partidárias para privilegiar um único objetivo: a perpetuação dos mandatos. É um fenômeno que não apenas produz maus governos, com maus critérios, más parcerias, maus negócios e má conduta, mas – o que é pior – os reelege por um processo de inércia.
Há exceções? Claro que há exceções! Conheço bons governos que se reelegem por serem bons. Mas conheço em maior número, bons governos que não se reelegem exatamente por isso, por terem feito a coisa certa em sacrifício da continuidade do próprio mandato.



FONTE TRIBUNADAINTERNET

O Petrolão, segundo a CUT, é culpa da mídia

Bernardo Mello Franco Folha

Quem é o maior culpado pelo petrolão? Os hierarcas da Petrobras, que superfaturaram contratos? Os empreiteiros, que pagaram propinas milionárias? Os partidos políticos, que abasteceram campanhas com dinheiro sujo? Ou o governo, que nomeou os larápios e lavou as mãos, no mínimo, diante da roubalheira na estatal?
Na opinião da CUT (Central Única dos Trabalhadores), a resposta não está entre as opções acima. A grande vilã seria a mídia, essa entidade maligna que sonha em entregar o nosso petróleo aos gringos.
“Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, é fundamental que a população entenda que o massacre que a Petrobras vem sofrendo nos últimos meses, em especial por parte da grande mídia, tem objetivos econômicos”, afirma a central em nota.
“Oportunistas de plantão querem usar a conduta criminosa de alguns funcionários de alto escalão para preparar a empresa para a privatização”, prossegue o sindicalista.
MANIFESTAÇÃO
Esse é o discurso que a CUT fará no ato “Defender a Petrobras é defender o Brasil”, na próxima terça-feira. Acredita quem quer, mas não custa recolocar alguns pontos no lugar.
O “massacre” contra a estatal, a que Freitas se refere, não foi praticado pela mídia. Seus responsáveis estão listados no início da coluna, embora o sindicalista prefira omiti-los.
Os “oportunistas” não são jornalistas, e sim aqueles que usaram o acesso à petroleira para roubar. O papel da imprensa é outro: noticiar os desvios, investigados pela Polícia Federal e pelo Ministério Público.
A privatização da estatal pode ter sido cogitada por tecnocratas do governo FHC, mas foi limada do debate político há mais de uma década. Só ressurge em campanhas eleitorais, como arma da propaganda do PT.
O partido festejou 35 anos há duas semanas. No ato, seus militantes foram instados a defender o governo. O presidente da CUT, que estava no palanque, devia procurar argumentos melhores para cumprir a tarefa.

A elite vermelha: depois do Lulinha, o sobrinho do Lula

Com Blog Felipe Moura Brasil - Veja
 Lula, Lulinha e o sobrinho “Guevara” do Lula: todos ricos
1) Era uma vez o sobrinho do Lula.
Taiguara Rodrigues dos Santos, segundo a VEJA desta semana, “ganhava a vida em Santos, no litoral de São Paulo, onde se estabelecera como pequeno empresário, dono de 50% de uma firma especializada em fechar varandas de apartamentos. Mas a maré mudou.”
“Em 2012, uma de suas empresas de engenharia, a Exergia Brasil, foi contratada pela Odebrecht para trabalhar na obra de ampliação e modernização da hidrelétrica de Cambambe, em Angola. O acerto entre as partes foi formalizado no mesmo ano em que a Odebrecht conseguiu no BNDES um financiamento para realizar esse projeto na África”.
Resultado: algum tempo depois, Taiguara já “havia comprado uma cobertura dúplex de 255 metros quadrados em Santos, dirigia um Land Rover Discovery de 200.000 reais e tomou gosto por viagens pelas capitais do mundo, hospedando-se sempre em hotéis de alto luxo”.
O sobrinho do Lula está rico.
2) Era uma vez Lulinha.
Fábio Luís Lula da Silva era, nas palavras de Jair Bolsonaro, “limpador de estrume de elefante no Zoológico de São Paulo”. Até os 28 anos, ganhava R$ 600. Mas a maré mudou.
Menos de um ano após a posse do pai em 2002, Lulinha virou sócio de uma produtora especializada em jogos, a Gamecorp, que, com capital de apenas 100.000 reais, conseguiu vender parte de suas ações à Telemar, a então maior empresa de telefonia do país, por 5,2 milhões de reais. Em 2006, a Telemar injetou outros R$ 10 milhões na Gamecorp como antecipação de compra de comerciais na Play TV, antigo Canal 21, arrendado por 10 anos à empresa de Lulinha pela Rede Bandeirantes para seis horas de programação diária.
Como a Telemar tinha capital público e era uma concessionária de serviço público, a sociedade com o filho do presidente sempre causou estranheza. O objetivo mais óbvio seria comprar o acesso que ele tinha a altas figuras da República. Sim: Lulinha foi acionado para defender interesses maiores da Telemar junto ao governo do pai. Em especial, em setores em que se estudava uma mudança na Lei Geral das Telecomunicações, que impedia a compra da Brasil Telecom. No fim de 2008, veio a “coincidência”: a lei foi alterada por decreto de Lula, e a Telemar formou com a Brasil Telecom um império de telecomunicações.
Lulinha está rico.
3) Era uma vez Lula.
Calma: não vou contar a história do sindicalista que subiu ao poder pregando a ética na política.
Só lembro seu comentário em 2006 sobre a estranha evolução de patrimônio do filho:
“Porque deve haver um milhão de pais reclamando: por que meu filho não é o Ronaldinho? Porque não pode todo mundo ser o Ronaldinho.”
Não pode todo mundo enriquecer depois de receber 15 milhões de reais da Telemar. Não pode todo mundo enriquecer depois de assinar um contrato com a Odebrecht. Não pode todo mundo ser filho ou sobrinho do presidente da República.
Lula já tem dois “Ronaldinhos”. Os três estão ricos, enquanto o Brasil está pobre.



MATÉRIA EXTRAÍDADEROTA2014

Nação corrompida

Carlos Chagas 

O cerco aos deputados do PMDB por diversos ministros da presidente Dilma, esta semana, configura corrupção explícita, se for verdadeira a versão de que a equipe de governo anda prometendo nomeações para o segundo escalão em troca de votos para a aprovação de seus projetos. Só existem dúvidas sobre quem é mais corrupto, se os ministros ou os deputados.
Tome-se um parlamentar cuja opinião é de que direitos trabalhistas não podem ser revogados e, por isso, dispõe-se a votar contra as medidas provisórias extinguindo parte do seguro-desemprego e aviltando as pensões das viúvas. Que conclusão tirar caso, na hora da votação, Sua Excelência aprove na íntegra essa maldade, porque obteve a promessa de nomeação de um seu apadrinhado para a diretoria de uma empresa estatal?
Multiplique-se essa situação e outras semelhantes, em matéria de benesses e favores distribuídos pelo Executivo a integrantes do Legislativo, e se terá a receita de uma nação corrompida. De instituições falidas.
Pois é o que se delineia no jogo sujo das relações entre o palácio do Planalto e o Congresso, por certo entre expressões de cordialidade e entendimento político. O pior é que nada poderá ser feito para evitar o crime: os deputados são livres para votar como quiserem e os governantes também, para preencher as vagas na administração direta e indireta. De pouco adiantam leis mais drásticas para punir a corrupção, se ela acontece de acordo com as instituições vigentes.
Só tem uma saída para evitar essa novela de horror, fora, é claro, uma rebelião nacional capaz de não deixar pedra sobre pedra nesses dois poderes da União: a imprensa dedicar-se à leitura minuciosa dos Diários Oficial e do Congresso, interligando nomeações e votações. Pelo menos, o eleitorado tomaria conhecimento da falcatrua. Mas deixaria de votar em seus deletérios representantes de um lado e de outro? Dificilmente, porque viciadas também estão as eleições abastecidas com dinheiro podre, como ainda agora demonstra o escândalo na Petrobras.
Vale repetir: a nação está corrompida, apesar de bissextos esforços promovidos por parte do Judiciário para punir os corruptos.
NO CHILE COMEÇOU ASSIM
Quem tiver boa memória poderá lembrar que no Chile do general Pinochet começou assim. A paralisação dos caminhoneiros gerou não apenas o desabastecimento no país, mas despertou nos militares os piores sentimentos. Por certo que estimulados pela CIA e os conglomerados econômico-financeiros internacionais. Aqui, felizmente, as forças armadas parecem longe de sensibilizar-se pela exceção e pelo arbítrio, ainda que em passado mais ou menos recente tenham caído na armadilha.




FONTE TRIBUNADAINTERNET

Delação premiada de empreiteiro vai facilitar o impeachment

Carlos Newton

A explosiva reportagem de Daniel Pereira e Robson Bonin, na Veja, confirma artigos publicados há meses na Tribuna da Internet adiantando que José Dirceu (ex-chefe da Casa Civil), Delúbio Soares (ex-tesoureiro do PT) e José Genoíno (ex-presidente do partido) seriam incriminados nos processos do chamado Petrolão, nas mesmas condições do mensalão, por participarem ativamente do esquema de corrupção montado para perpetuar o PT no Poder e que tinha tentáculos no mensalão, na Petrobras, nos Fundos de Pensão, no BNDES e em outras estatais, como a Eletrobras.
Aos poucos, estão sendo confirmadas essas informações exclusivas da TI, publicadas com absoluta exclusividade, e agora surgem as revelações do engenheiro Ricardo Pessoa, presidente do grupo UTC e organizador do cartel de empreiteiras. Preso há três meses, ele tenta conseguir um acordo de delação premiada para revelar o que sabe sobre o escândalo da Petrobras. E as manobras para convencê-lo do contrário seguem o padrão do ciclo petista no poder: o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, o advogado-geral da União Luís Inácio Adams, o ex-presidente Lula e até a sucessora Dilma Rousseff se transformaram em advogados de defesa do PT e tentam evitar que os escândalos atinjam o Planalto.
Desta vez, porém, trata-se de missão impossível, porque não terá êxito a montagem de manobras semelhantes às arquitetadas pelo então ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos no julgamento do mensalão. Agora, Lula e Dilma serão inevitavelmente envolvidos, na condição de principais beneficiários do esquema, e o impeachment é apenas uma questão de tempo.
AS REVELAÇÕES DE PESSOA
Em síntese, as revelações do empresário Ricardo Pessoa são as seguintes:
  • O esquema organizado de cobrança de propina na Petrobras começou a funcionar em 2003, no governo Lula, organizado pelo então tesoureiro do PT Delúbio Soares.
  • A UTC financiou clandestinamente as campanhas do ministro Jaques Wagner ao governo da Bahia em 2006 e 2010.
  • A empreiteira ajudou o ex-ministro José Dirceu a pagar despesas pessoais a partir de simulação de contratos de consultoria.
  • Em 2014, a campanha de Dilma Rousseff e o PT receberam da empreiteira 30 milhões de reais desviados da Petrobras.
AS RAZÕES DA DELAÇÃO
A reportagem de Daniel Pereira e Robson Bonin explica com clareza as motivações do pedido de delação premiada do engenheiro baiano Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC:
A primeira, evidente, é não ser sentenciado pela acusação de montar um cartel de empreiteiras destinado a fraudar licitações na Petrobras, quando a festa pagã de que ele tomou parte na estatal foi organizada pelo PT, o partido do governo. A segunda, também óbvia, é atrair para o seu martírio o maior grupo de notáveis da política que ele sabe ter se beneficiado das propinas na Petrobras e, assim, juntos, ficarem maiores do que o abismo — salvando-se todos. A terceira, mais subjetiva, é, atormentado pela ideia de que tudo o que ele sabe venha a ficar escondido, deixar registrado para a posteridade o funcionamento do esquema de corrupção na Petrobras feito com fins eleitorais. Antes dono de um porte imponente e até ameaçador, Pessoa está magro e abatido. As acusações de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa que pesam sobre ele poderiam ser atenuadas caso pudesse contar, em delação premiada, quem na hierarquia política do país foi ora sócio, ora mentor dos avanços sobre os cofres da Petrobras.
Segundo a reportagem, a delação premiada estava num impasse, porque os procuradores federais queriam que Pessoa falasse também sobre a corrupção em outras estatais, cuja realidade ele diz desconhecer por não ter negócios com elas. E os procuradores desconfiavam também que Pessoa estivesse sonegando informações úteis para a investigação. Mas depois dessas revelações feitas espontaneamente à Veja, não é possível que os procuradores continuem a negar a delação premiada.
O PT, o Instituto Lula e o Planalto estão literalmente em pânico. A Oposição vai convocar Pessoa para ouvir as acusações ao vivo na CPI da Petrobras. Não há a menor dúvida de que as revelações dele facilitam o processo de impeachment de Dilma Rousseff. Agora, é somente uma questão de tempo.





FONTE TRIBUNADAINTERNET

RUMO À VENEZUELA

Maria Lucia Victor Barbosa
 A Venezuela está mergulhada no caos econômico e político depois dos sucessivos desgovernos de Hugo Chávez e do seu genérico, Nicolás Maduro. E quando a economia vai mal não há governo que resista, sendo inúteis a propaganda enganosa e a lábia populista que visa iludir o povo.
Maduro, vendo o chão correr age como todo déspota apelando para a força bruta, as prisões arbitrárias, a tortura, a constante intimidação dos adversários, a perseguição à mídia e, recentemente, a autorizou o uso de armas letais contra manifestantes desarmados. Existe também o surrado recurso á teoria conspiratória, que se conjuga à vitimização forjada em documentações e gravações falsas. Desse modo, o falsário Maduro se apresenta como vítima de uma conspiração que objetiva um golpe de Estado. Em última instância, seu assassinato. Para tornar a pantomina mais real manda prender o prefeito metropolitano de Caracas, Antonio Ledzma, que acusa de envolvimento nos protestos antigoverno de 2014. E como não podia faltar o tiranete da Venezuela põe a culpa de tudo nos Estados Unidos. Só faltou culpar Fernando Henrique Cardoso.

Recentemente a escalada de violência ceifou a vida de um jovem de 14 anos, morto com um tiro na cabeça quando participava de um protesto contra Maduro. Inventou-se, então, uma historinha segundo a qual manifestantes encapuzados tentaram rouba as motos de quatro oficias que dispararam e depois viram cair um corpo. De quem? Justamente do jovem “conspirador”.

 No seu relatório anual sobre o estado das liberdades no mundo, divulgado em 24 de fevereiro deste ano, a ONG Anistia Internacional, tão cara aos petistas, denunciou tortura e maus-tratos contra manifestantes e cidadãos venezuelanos. Indicou que pelo menos 43 pessoas morreram nos protestos de 2014 e 870 ficaram feridas. Houve violação dos Direitos Humanos e confrontos violentos entre manifestantes e forças de segurança, que contaram com apoio de grupos armados favoráveis ao governo. Ao menos 23 pessoas foram submetidas a torturas, espancamentos, ameaças de morte e violência sexual depois de serem presas pela Guarda Nacional e pelo Exército do Estado de Táchira.

A Anistia Internacional afirma ainda em seu relatório que 150 pessoas morreram nas prisões venezuelanas no primeiro semestre do ano passado. Também o Observatório Venezuelano de Prisões denunciou que entre 1999 e 2014, 6.472 presos morreram nas masmorras do país.

O que diz sobre isso o PT que se arvora em defensor de direitos humanos? Segundo nota afirma seu repúdio contra “quaisquer planos de golpe contra o governo de Nicolás Maduro.” “O Partido dos Trabalhadores tem acompanhado com atenção a situação politica venezuelana e expressa sua preocupação sobre fatos recentes que atentam contra a vontade popular”.  “O povo venezuelano deixou clara a opção pelo aprofundamento das políticas sociais iniciadas no governo Hugo Chávez”. Assina a nota de apoio incondicional a Maduro, Rui Falcão, presidente nacional do PT.

No evento em defesa da Petrobras (24/02/2015), na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio de Janeiro, promovida pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), esteve presente Lula da Silva. Foi defender a Petrobras que demoliu, a democracia que despreza, os direitos humanos à lá Chávez. Num momento de arroubo vociferou: “Em vez de ficarmos chorando, vamos defender o que é nosso”. “Também sabemos brigar”. “Sobretudo quando o Stédile (chefe do MST) colocar o exército dele nas ruas”.

Portanto, o presidente de fato, temendo perder seu projeto de poder transformou-se em agitador confundindo o Brasil com porta de fábrica. No ataque raivoso atentou contra o Estado Democrático de Direito, investiu contra a Constituição.

Reza a Constituição, Art. 5º - XVII – “é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar”. E no parágrafo XLIV, lê-se: “constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado democrático”.

O MST, com suas camisas e bandeira vermelhas, seus facões e enxadas a guisa de instrumentos de trabalho, sempre marchou unido como um grupo paramilitar. Seu histórico é de invasão de terras produtivas, destruição de gado, impedimento de funcionários das fazendas de ir e vir, ateamento de fogo às sedes, ameaça aos proprietários. Recorde-se que no ano passado Maduro enviou um de seus ministros ao Brasil para dar treinamento militar ao MST.

Em nota o Clube militar afirmou que só existe um Exército, o Exército brasileiro, o Exército de Caxias. As demais instituições se calaram. Vale ainda lembrar, que enquanto o MST é recebido por autoridades, incluindo a presidente da República, o governo baixou seus punhos de aço contra os caminhoneiros por conta de uma greve que é justa. Estaremos indo rumo à Venezuela?

Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.




extraidadeaverdadesufocada

Oportuníssima resposta do Clube Militar às incitações de Lula aos exércitos de João Pedro Stédile

O BRASIL SÓ TEM UM EXÉRCITO: O DE CAXIAS!
 Ontem, nas ruas centrais do Rio de Janeiro, pudemos assistir o despreparo dos petistas com as lides democráticas. Reagiram inconformados como se só a eles coubesse o “direito” da crítica aos atos de governo. Doeu aos militantes petistas, e os levou à reação física, ouvir os brados alheios de “Fora Dilma”.
Entretanto, o pior estava por vir! Ao discursar para suas hostes o ex-presidente Lula, referindo-se a essas manifestações, bradou irresponsáveis ameaças: “ ..também sabemos brigar. Sobretudo quando o Stédile colocar o exército dele nas ruas”. Esta postura incitadora de discórdia não pode ser de quem se considera estadista, mas sim de um agitador de rua qualquer. É inadmissível um ex-presidente da República pregar, abertamente, a cizânia na Nação. Não cabem arrebatamentos típicos de líder sindical que ataca patrões na busca de objetivos classistas.
O que há mais por trás disso?
Atitude prévia e defensiva de quem teme as investigações sobre corrupção em curso?
Algum recado?

O Clube Militar repudia, veementemente, a infeliz colocação desse senhor, pois neste País sempre houve e sempre haverá somente um exército, o Exército Brasileiro, o Exército de Caxias, que sempre nos defendeu em todas as situações de perigo, externas ou internas.





fonte puggina.org

O juiz brasileiro do Porsche e o caso do deputado inglês

Deu na Internet

Faz sucesso na internet um texto sobre as agruras do ex-ministro britânico Chris Huhne. É uma crônica deliciosa, que nos foi enviada por Renato Lima e vale a pena publicar, num momento como o que vivemos, quando tenebrosos atos de corrupção são remetidos a foros privilegiados, recursos e mais recursos  deixam criminosos à solta, o benefício da prescrição deixa outros criminosos em liberdade, nesta Justiça brasileira apodrecida e leniente, onde um juiz federal se acha no direito de usar um automóvel que ele mesmo mandou apreender, é apanhado em flagrante, mente e ainda debocha da possibilidade de punição. (C.N.)
###
OS INGLESES E SUA ESTRANHA JUSTIÇA

Em 2003, um deputado inglês chamado Chris Huhne foi pego por um radar dirigindo em alta velocidade. Pra não perder a carteira, pois na Inglaterra é feio uma autoridade infringir a Lei, a mulher dele, Vicky Price, assumiu a culpa.
O tempo passa, o deputado vira ministro da Energia, o casamento acaba, a Vicky decide se vingar e conta a história pra imprensa.
Como é na Inglaterra, o tal do Chris Huhne é obrigado a se demitir primeiro do ministério e depois do Parlamento.
Acabou a história? Não. Na Inglaterra é crime mentir para a Justiça sendo assim, o casal envolvido na fraude do radar foi sentenciado em 8 meses de cadeia pra cada um. E vão ter de pagar multa de 120 mil libras, uns 350 mil reais.
TUDO ÀS CLARAS
Segredo de Justiça? Nem pensar, julgamento aberto ao público e à imprensa. Segurança nacional? Nem pensar, infrator é infrator. Foro privilegiado porque é político? Nadica de nada!
E o que disse o primeiro-ministro David Cameron quando soube da condenação do seu ex-ministro: “É uma conspiração da mídia conservadora para denegrir a imagem do meu governo?”
Certo? Não, errado. O que disse o Primeiro Ministro David Cameron acerca do seu ex-ministro foi o seguinte: “É pra todo mundo ficar sabendo que ninguém, por mais alto e poderoso que seja, está fora do braço da Lei”.
Estes ingleses são um bando de botocudos. Só mesmo nesses paizinhos capitalistas europeus um ministro perde o cargo por mentir para um guarda de trânsito. Porque aqui sim, neste maravilhoso paraíso chamado Brasil, a primeira lei que um guarda de trânsito aprende é “saber com quem está falando”.

Campanha da Fraternidade 2015 e reforma política

Escrito por Hermes Rodrigues Nery
 A CNBB, com o texto-base da Campanha da Fraternidade de 2015, confirma que é hoje extensão do Foro de São Paulo e, de modo especial, do PT, ao explicitar sua adesão e comprometimento com a revolução bolivariana em curso na América Latina, com uma reforma política plebiscitária, que se volta contra a democracia representativa, propondo a sovietização no Brasil. A CF-2015 propõe a "radicalização da democracia", corroendo-a em demagogia, pois a chamada "democracia direta" como defende, é o instrumento anárquico para subverter a ordem jurídica e propiciar a implantação do socialismo em nosso País
O alinhamento ideológico da CNBB, à esquerda e ao socialismo, como quer o Foro de São Paulo e o PT, é evidentíssimo e cada vez mais escancarado. O que antes se suspeitava, agora está mais do que comprovado. Os assessores da CNBB [intelectuais orgânicos, gramscianos], que tanto influem os bispos , sabem que paróquias e dioceses estão reféns desse "alinhamento" e de tais forças, e funcionam como tentáculos do grande polvo que se tornou a CNBB, a serviço dos interesses políticos do Foro de São Paulo e do PT. 
Aos poucos, a sã doutrina moral e social da Igreja é esvaziada de seus conteúdos e substituída pela ideologia bolivariana, que quer implantar a "Pátria Grande" socialista, projeto este que vem sendo trabalhado há décadas, e agora parece ter encontrado a conjuntura política favorável para isso, tendo em vista que bolivarianos transitam e dão as cartas com desenvoltura até mesmo no Vaticano. Aliás, o projeto da "Pátria Grande" já é mencionado no próprio Documento de Aparecida (2007), e com a reforma política bolivariana em curso hoje no Brasil (com a conivência, cumplicidade e apoio ostensivo da CNBB), prepara o País [na tática da rã cozida lentamente] a aceitar a revolução comunista travestida de democracia, com a retórica do apelo à "democracia direta", para a subversão total da ordem jurídica e política, com a ideologização da fé em detrimento da doutrina religiosa. Com isso, os setores católicos à esquerda e muitos que desconhecem o que está acontecendo, manipulados pela CNBB, deixam-se usar para tais fins perversos, pois os assessores da conferência episcopal brasileira sabem da capilaridade da Igreja, e pouco se importam com os efeitos dessa reengenharia social que ajudam a promover. São padres e bispos que querem o paraíso terrestre, aqui e agora, aceitam o populismo, o imanentismo e até o panteísmo, em se tratando de buscarem manter seus confortos, nos postos em que estão, e, no campo das ideias, convergir cristianismo e comunismo, mesmo sabendo que o Magistério da Igreja é categórico em condenar o socialismo e o comunismo. Mas, para Frei Betto, por exemplo,"o cristianismo é essencialmente comunista". E então, a teologia da libertação (mais viva hoje e com mais poder) chegou aonde não devia estar, e, no Vaticano, bispos e cardeais estão encantados com a nova utopia da "Pátria Grande" latino-americana. Tais prelados dão todo respaldo para reabilitar os "teólogos da libertação", para conseguirem a revolução tão desejada por muitos, desde os anos do Vaticano II. Não é só a reforma política sovietizada que querem no Brasil, mas em toda a Igreja. E a revolução no continente latino-americano é hoje expressão da obsessão bolivariana, insuflada pela teologia da libertação, para alcançarem os propósitos de poder acalentados a tanto tempo. 
Afinal, desde 1985, com o primeiro encontro de Fidel Castro com os bispos cubanos (depois da revolução de 1959), que o projeto bolivariano começou a ser gestado concretamente para fazer da integração da América Latina o novo bloco regional socialista, sonhado tanto por Fidel Castro. Mas o próprio Fidel sabia que isso só seria possível instrumentalizando a Igreja, inoculando em seu seio, de modo sutil e sofisticado, a subversão da doutrina, com a ideologização da fé. Feito isso, usaria a estrutura física da instituição para dar suporte à nova utopia do bolivarianismo, sem que os católicos se dessem conta do processo, lento e gradual, de corrosão da sã doutrina, pelos agentes da revolução, que conseguiram alcançar, com astúcia, os altos escalões eclesiásticos. Desde o início, o Brasil foi visto como a galinha dos ovos de ouro, pois é um país continental, cujos recursos em muito ajudariam não só Cuba, mas toda a "Pátria Grande" socialista. Mas para fazer a revolução, por dentro, seria preciso contar com a "teologia da libertação".Mesmo barrada por Ratzinger [especialmente Boff, em 1984], Fidel não desistiu. Ele sabia que ela seria o "fermento na massa" da revolução dentro da Igreja. Já em 2005, tentaram um "plano ousado" de cardeais progressistas elegerem um papa latino-americano comprometido com o projeto da "Pátria Grande", mas foi o próprio Ratzinger quem ganhou, ao menos naquele momento, e tentou por um dique à convulsão revolucionária. Mas o próprio Andreas Englisch conta em seu livro sobre Bento XVI, de que não havia chegado a hora da "grande revolução". E o mesmo Englisch narra o quanto Ratzinger foi boicotado, desde o início. Ele próprio reconheceu em seu livro: "Existe, definitivamente, um grupo anti-Ratzinger dentro do Vaticano". O fato é que Ratzinger havia condenado a teologia da libertação, mas Fidel Castro, no ano seguinte à condenação de Boff, explicou pessoalmente a Pedro Casaldáliga:"A teologia da libertação é mais importante que o marxismo para a revolução latino-americana".

"A democracia como método revolucionário"

Ao apoiar explicitamente a reforma política que favorerece o projeto totalitário do PT no Brasil, com a constituinte exclusiva, a CNBB endossa assim o afã da esquerda política pela "radicalização da democracia", que Dilma Roussef  inclusive já quis impor com o Decreto 8243, rechaçado pela Câmara dos Deputados. Bolivarianismo este, que significa a implantação do socialismo, a exemplo do que já aconteceu na Venezuela e na Bolívia, etc. No Brasil, as Campanhas da Fraternidade são parte desta estratégia de doutrinação ideológica marxista e revolucionária, que há anos vem instrumentalizando setores da Igreja (via CNBB, Pastoral da Juventude, e outras pastorais e movimentos), ampliando assim a infiltração esquerdista no seio da Igreja, cujas bandeiras ideológicas e políticas de premissas socialistas contradizem com a sã doutrina moral e social da Igreja. O caso da Venezuela foi bem explicado no programa Força, Foco e Fé [https://soundcloud.com/rvox_org/forca-foco-fe-afinal-o-que-e-o-plebiscito-constituinte-04122014?in=rvox_org/sets/for-a-foco-f], em que Carla Andrade explicou que Hugo Chavez, utilizou-se dos mesmos argumentos que a CNBB defende na CF-2015, para "sequestrar os direitos civis e políticos dos venezuelanos, passando de uma democracia representativa para passar a um estado totalitário, com a retórica da democracia participativa. Um golpe de estado sui generis, instalado com aparência jurídica". 
A democracia, corrompida em demagogia, é utilizada como "método revolucionário", como afirmou Álvaro Garcia Linera, vice-presidente da Bolívia e intelectual marxista, na inauguração do XX encontro do Foro de São Paulo, realizado em La Paz, entre 25 a 27 de agosto de 2014 [http://forodesaopaulo.org/discurso-do-vice-presidente-da-bolivia-alvaro-garcia-linera-na-inauguracao-do-xx-encontro-do-foro-de-sao-paulo/]. Nos 24 anos de existência do Foro de São Paulo, Linera conta que o sucesso para instalar governos progressistas e revolucionários na América Latina foi justamente aceitar a democracia como etapa prévia para um processo que deságüe na acalentada revolução socialista, cujos insurgentes latino-americanos, há décadas vem atuando de modo organizado, e sistematicamente nesse sentido. Linera ressalta aos participantes do XX encontro do Foro de São Paulo, que é preciso entender "a democracia como método revolucionário", e para isso, é preciso "radicalizar a democracia" [é o que propõe a CNBB no documento 91, de 2010, "Por uma Reforma do Estado com Participação Democrática", chegando à chamada "democracia direta e participativa", pois só assim será possível o contexto anárquico favorável à revolução socialista, com o método indicado por Linera. Por isso, a reforma política que querem tais grupos (principalmente o PT), no Brasil (apoiada na CF-2015), é a que Dilma Roussef acenou com o Decreto 8243/2014 [https://www.youtube.com/watch?v=LDspWPatQSs], com a chamada Política Nacional de Participação Social. Mas não foi possível viabilizar tal iniciativa nas instâncias decisórias do Legislativo brasileiro, daí que as ONGs, as entidades, os movimentos, as redes e os coletivos, junto com a CNBB, OAB e outros, defendem a reforma política bolivariana, de modo plebiscitário, com constituinte exclusiva, para efetivar assim as condições políticas para a concretização da integração latino-americana, com Cuba comunista no comando, da "Pátria Grande" socialista. E tudo isso com as bênçãos da CNBB, do CELAM e até do Vaticano. 
O fato é que a Igreja Católica está em perigo, e perigo muito grande, com inimigos tão ardilosos, agindo por dentro, e com tão grande poder. Urge que os católicos entendam essa situação e se mobilizem em defesa da sã doutrina moral e social da Igreja, não aceitando que a Esposa de Cristo seja refém de tais forças. No Brasil, o primeiro passo é exigir que a CNBB retire o apoio a esta equivocada reforma política bolivariana, como apresenta no texto-base da Campanha da Fraternidade de 2015.

Hermes Rodrigues Nery é coordenador do Movimento Legislação e Vida.



FONTE MSM

O Sustentáculo do Poder dos Ditadores


Por Adolfo Sachsida


Como um ditador se mantém no poder? Evidentemente, não é apenas devido ao uso da força bruta. Em qualquer ditadura do mundo, os ditadores são auxiliados por pessoas normais, daquelas que tomam cafezinho contigo e contam piadas. Contudo, muitos desses indivíduos, inofensivos em ambientes normais, assumem posturas agressivas e perigosas numa ditadura. O exemplo mais óbvio é representado por uma parcela dos burocratas a serviço do governo.
Foram os burocratas nazistas um importante sustentáculo de Hitler no passado. Atualmente, funcionários públicos ávidos por poder, ou se corrompendo em troca de uma simples gratificação salarial, ajudam Nicolas Maduro a incrementar ainda mais o regime bolivariano na Venezuela. Tudo isso sob o silêncio covarde e muitos observadores externos.
No Brasil, diversos burocratas justificam a ditadura bolivariana na Venezuela. Ou são cegos ou apenas querem o óbvio: sua gratificação. Protestar contra tal ditadura é perigoso mesmo no Brasil. Funcionários públicos que se posicionam publicamente contra essa afronta são marcados no serviço público. Outros burocratas chegam a escrever para jornais elogiando a “democracia” venezuelana.
Tal como apontou brilhantemente Edmund Burke “A única condição para o triunfo do mal é que os homens de bem não façam nada”. Neste texto nós cobramos dos burocratas brasileiros uma condenação firme e veemente da ditadura venezuelana. Como pesquisadores, como intelectuais, como cidadãos de bem exigimos que a ditadura bolivariana instalada na Venezuela seja denunciada.
O recente episódio da prisão arbitrária e imoral do prefeito da região metropolitana de Caracas é apenas mais um episódio desta triste história. Sabe como Hitler controlava os alemães? Ele os controlava por meio de conselhos (conselho de ética, conselho de cidadãos, etc.). Era assim que a máquina nazista enquadrava e perseguia os inimigos do regime. No Brasil estamos caminhando para situação idêntica.
Os cidadãos venezuelanos já são obrigados a combater uma tirania, não é necessário que sejam também obrigados a sofrerem com o apoio de burocratas brasileiros que apoiam esse regime. Você apoia Nicolas Maduro? Então saiba que apoias um ditador, um criminoso, um inimigo dos direitos humanos e da liberdade individual. E a história tem um nome para você: crápula.


*Texto conjunto de Adolfo Sachsida, Roberto Ellery Jr. e Rodrigo Saraiva Marinho.

Sobre o autor
Doutor (UnB) e Pós-Doutor (University of Alabama) em Economia. Pesquisador do IPEA.
Doutor em Economia (UnB) e Pós-Doutor (University of Alabama) orientado pelo Prof. Walter Enders. Lecionou economia na University of Texas - Pan American e foi consultor short-term do Banco Mundial para Angola. Atualmente é pesquisador do IPEA. Publicou vários artigos nacional e internacionalmente, sendo de acordo com Faria et al. (2007) um dos pesquisadores brasileiros mais produtivos na área de economia.
Matéria extraída do website do Instituto Liberal

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More