Luiza Damé - O Globo
Em 4 anos, foram 235 deslocamentos nacionais, a maioria pelo Sudeste
Ao longo de quatro anos de governo, a presidente Dilma Rousseff fez 235
viagens nacionais, entre elas 56 visitas oficiais a São Paulo, outras 40
ao Rio e mais 29 a Minas Gerais, mas não esteve em Roraima. Ao Mato
Grosso do Sul, Amapá e Acre, a presidente foi apenas uma vez, desde que
assumiu o Palácio do Planalto. Os roteiros pelo país afora para lançar
programas, inaugurar obras, participar de formaturas do Pronatec e
entregar máquinas agrícolas ou unidades do Minha Casa Minha Vida
aumentaram 25% neste ano eleitoral, em relação a 2013. Foram, ao todo,
80 viagens.
No ano passado, o número de viagens já era maior do que na primeira
metade do mandato. Foram 64 viagens nacionais, boa parte após as
manifestações de junho. O número era superior às 41 viagens de 2012.
Em 2011, Dilma fez 50 viagens nacionais. Logo na primeira quinzena de
janeiro, ela sobrevoou as áreas atingidas pelas enchentes no Rio,
naquela que foi uma das maiores tragédias naturais do país.
Em seguida, anunciou providências do governo federal para ajudar na
reconstrução da região serrana e auxiliar as vítimas das chuvas.
As viagens oficiais estão registradas no site da Presidência da
República. Não estão incluídas as viagens de folga da presidente nas
festas de fim de ano ou em feriados prolongados nem as visitas à família
em Porto Alegre, como as de dezembro para comemorar seu aniversário e
experimentar a roupa que usará na posse.
As agendas da presidente pelo país, segundo o Palácio do Planalto, são
definidas conforme o andamento dos programas e das obras. Neste ano
houve um incremento dos roteiros pelo país, conforme o Planalto, porque
os programas e obras lançados no início do governo Dilma começaram a ser
concluídas ou entraram em um estágio no qual era possível fazer
vistoria.
Os compromissos preferenciais da presidente foram anúncios de
investimentos em mobilidade urbana, na segunda fase do Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC 2), formaturas de alunos do Programa
Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), entrega de
máquinas agrícolas a municípios e inauguração de unidades do Minha Casa
Minha Vida. Neste ano, Dilma participou da entrega de 14.510 moradias do
programa habitacional do governo federal. A única visita ao Amapá foi
para entregar 2.148 unidades habitacionais, em Macapá.
Mato Grosso do Sul recebeu a presidente em abril de 2013, para a entrega
de 300 ônibus escolares do programa “Caminho da Escola”, atendendo 78
municípios. Dilma passou por Rio Branco, no último dia 15 de março,
durante sobrevoo às áreas atingidas por enchentes. A pressão para que a
presidente visitasse o Norte do país durante as cheias foi do governador
de Rondônia, Confúcio Moura (PMDB), que foi recebido no Planalto.
O deputado Sibá Machado (PT-AC) disse que a visita da presidente ao
estado tem uma simbologia, mas que o importante é o investimento do
governo federal no Acre. Segundo Sibá, as demandas do governador Tião
Viana têm sido atendidas pela presidente. Ele lembrou que, nas eleições,
os adversários do PT usaram o discurso de que Dilma não dava
importância ao Acre, porque é um estado pequeno. A presidente teve
36,32% dos votos no Acre.
— A visita é uma simbologia. O importante é que tudo o que o governador
levou para Brasília foi atendido. Os principais programas estão aqui. O
BNDES financia o programa de piscicultura. O Minha Casa Minha Vida está
construindo a maior cidade aqui, com R$ 1,1 bilhão. Não tenho nada a
reclamar. É muita coisa. Não é pouco, não — afirmou.
fonte rota2014
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