MIRANDA SÁ
Tempos atrás, numa radiosa tarde de setembro em Natal, Rio Grande do
Norte, eu e o meu amigo Augusto Luiz Gomes, saímos do trabalho após uma
exaustiva gravação de um vídeo e fizemos uma romaria pelos bares.
Chegamos ao Bela Nápoles para lavar com chopes gelados.
Resolvemos pedir ostras frescas, aperitivo para o almoço tardio. Isto
requer um ritual: quando as ostras veem abertas separamos o molusco da
concha, esprememos limão sobre ele, polvilhamos pimenta do reino e
pingamos azeite de oliva; tudo pronto chupamos a parte sólida e sorvemos
o caldinho temperado.
Essa preparação permite alongarmos a conversa. Com a usual falsa
moral, Augusto lamentou o sacrifício das ostras que levam 5 ou 6 anos
para chegarem à idade adulta, quando um mergulhador as arranca da
colônia, limpam-nas e transportam-nas de Santarém até Natal, onde são
guardadas no gelo até um freguês aparecer.
Como Augusto tem Lula por apelido, resolvi sacaneá-lo falando da
minha preferência pelas lulas, moluscos como as ostras, fáceis de pescar
e cozinhar, pois não têm a casca externa e sua cartilagem é macia e
gostosa.
Brigamos. O videomacker arrepiou: -“Não é porque você não gosta do
presidente Lula que lhe dou o direito de me provocar!”. Aí eu me
defendi: -“Nada contra você; a lula é dividida em duas classes, as
octópodes (oito tentáculos) e as decápodes (dez tentáculos). O Lula,
molusco-presidente, é de linhagem especial, a nonápode, “pois só tem
nove tentáculos nas mãos…” Rimos e fizemos as pazes.
Como falei de linhagem nessa memória, associei-a a genealogia, que
mapeia a origem das pessoas, como o DNA reconstrói a genealogia de
piolhos, peixes e ratos.
Então, recordando os bons tempos em Natal transfiro-os ao presente,
para o noticiário desta semana sobre o veloz enriquecimento de Pedro
Barros Mercadante Oliva, filho do ministro Aloízio Mercadante. Vejo que
dá para pensar nas árvores genealógicas dos petistas.
Pedrinho Mercadante é sócio e vice-presidente da Petra Energia S/A,
que faturou R$ 148,1 milhões do PT-governo entre 2013 e 2014, quando
Mercadante foi para a Casa Civil da Presidência; e as verbas foram
empenhadas pelo Ministério de Ciência e Tecnologia, cujo titular na
época (2011 a 2012) era o mesmo Aloizio Mercadante. Os dados são do
Siafi.
Ajudada pelo Google, a memória também nos traz a uma reportagem da
Folha de São Paulo sobre a vida empresarial vitoriosa dos dois filhos do
ex-presidente Lula, Fábio Luís e Luís Cláudio. Principalmente a
extraordinária evolução de Fábio, conhecido como “Lulinha”.
O senador paraense Mário Couto, alertando para a corrupção no País,
destacou a investigação da PF sobre enriquecimento de Lulinha; e mais
irreverente do que ele, o deputado Jair Bolsonaro pediu diligências
policiais para o aumento patrimonial do filho de Lula: – “Ele era
limpador de estrume no Zoológico de São Paulo e, de repente, é um mega
fazendeiro”.
Os inocentes, que nunca sabem de nada, dizem que tudo isso é boato.
Mas acreditam os que vêem as facilidades de quem usufruí do “cartão
corporativo” e do “passaporte diplomático”, em caráter excepcional e
interesse nacional!
É admirável saber que há uma “heráldica” no Partido dos
Trabalhadores, onde os filhos da alta hierarquia lulo-petista desfrutam
do privilégio “QI” – “Quem Indica” – utilizando os nomes dos papais e das mamães. Lembram-se do filho de Erenice? Pois a mídia esqueceu…
Creio que os filhotes da pelegagem, como todos “novos ricos”, já
encomendaram a institutos categorizados suas árvores genealógicas com
ancestrais ilustres, dirigentes sindicais, advogados, políticos e até
generais; mas para gozar tranquilamente a vida de nababos, precisam
calar a imprensa e aparelhar a Justiça.
Por isso, funciona a estratégia do PT, do “controle da mídia”, do
aparelhamento da máquina judiciária e dos órgãos de fiscalização da
Receita Federal. O Brasil decente exige dos patriotas a mobilização e a
conquista das ruas contra essas ameaças que pesam sobre a liberdade de
imprensa, a Advocacia-Geral da União, o STF e o STJ.
Não podemos esquecer que os galhos da segunda geração de pelegos são
abrangentes e venenosos. Semana passada postei no Twitter que essa
árvore genealógica deve ser a figueira do diabo, aonde, segundo Mateus
27,5, Judas Iscariotes “se enforcou”…
FONTE TRIBUNADAINTERNET
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