Por Nilson Borgers Filho (*)
Tudo,
praticamente tudo, que a candidata Dilma Rousseff acusa Marina Silva e
Aécio Neves prova-se contra ela. Então, veja-se: Dilma acusa o senador
Aécio Neves de ser o retrocesso se chegar à presidência. Mas é no
governo Dilma que a inflação atinge seus piores índices desde o Plano
Real, a produtividade industrial é medíocre, os juros são obscenos e a
corrupção campeia nas diversas esferas do Estado. É ainda Dilma que
deseja implantar a censura com o tal programa enganoso de controle
social da mídia. Afinal, quem é o retrocesso?
Dilma
acusa Marina de ter mudado de partido, o que é verdade. Mas Dilma saiu
do PDT e bandeou-se para o PT por puro oportunismo. Indicada pelo PDT de
Leonel Brizola para ocupar uma secretaria no governo de Olívio Dutra,
em Porto Alegre, Dilma permaneceu no cargo mesmo com a saída do PDT do
governo petista.
Para
não perder a boquinha de secretaria municipal, Dilma preferiu deixar o
PDT, se filiar ao PT, e trair Brizola. Diz Marina que mudou de partido
para não mudar de ideias. Dilma mudou de partido para não perder a
sinecura na prefeitura de Porto Alegre. Dilma ataca a candidata Marina
Silva porque chorou com os ataques pessoais do ex-presidente Lula.
Afirma Dilma: “presidente não pode chorar”. Como não? Dilma chorou
quando teve que demitir o deputado Luiz Sérgio e substitui-lo pela
senadora Ideli Salvatti no ministério de articulação política do seu
governo.
E
não foi só dessa vez. Em outros momentos a durona Dilma derramou
lágrimas em público. Quer dizer que se Marina chora é fraqueza, mas se
for Dilma é pura emoção? A candidata petista diz que Marina Silva mente.
Como assim? Dilma diz a todo o momento que soube da roubalheira de
Paulo Roberto Costa na Petrobras somente agora. Ora, por que então
demitiu o diretor da Petrobras dois anos atrás?
Perguntar
não ofende: que relações tão próximas tinha Dilma com Paulinho, como o
trata o ex-presidente Lula, para convidá-lo para o casamento de sua
única filha em Porto Alegre? Dilma ataca Aécio e Marina porque suas
candidaturas recebem apoio de políticos da época do regime militar. Mas,
o que são José Sarney, Collor de Mello, Jader Barbalho, Renan Calheiros
e Paulo Maluf? Fiéis representantes da esquerda brasileira? No regime
militar Sarney era governador do Maranhão. Maluf foi prefeito e
governador indireto de São Paulo, durante o regime militar. Hoje Maluf é
procurado pela Interpol.
Dilma
acusa Aécio e Marina de serem financiados por banqueiros e de receberem
ajuda do setor produtivo. Só que os banqueiros que apoiam Aécio e
Marina estão em plena atividade obedecendo as regras do mercado e a
legislação aplicada ao setor bancário. Um detalhe: a banqueira de
Marina, Neca Setubal, é uma acadêmica, com doutorado, e que participou
do programa de governo de Haddad, prefeito petista de São Paulo. Quando
ajudava Haddad, Neca era chamada pelos petistas de educadora. Agora,
quando apoia Marina é rotulada de banqueira.
Já
a banqueira do PT de Dilma Rousseff, Kátia Rabelo, do Banco Rural,
cumpre pena na Papuda, condenada que foi pelo STF por operar juntamente
com os mensaleiros José Dirceu, Delúbio Soares, João Paulo e José
Genoino.
Convém
salientar: os empresários que apoiam Aécio Neves e Marina Silva não se
valeram dos préstimos do diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do
doleiro Alberto Yussef, delatores do Petrolão, e que se encontram presos
em Curitiba por receberem propina e lavarem dinheiro sujo.
Criticar
falta de experiência dos candidatos Aécio Neves e Marina Silva não
passa de um grande mentira da candidata Dilma Rousseff. Aécio foi
deputado federal, presidente da Câmara dos Deputados, governador por
dois mandatos de Minas Gerais e senador da República. Marina foi
vereadora, deputada, senadora da República e ministra de Estado.
Do
PT de Dilma, diga-se de passagem. Dilma foi o quê mesmo? Jamais
disputou um cargo público, tendo chegado somente à presidência da
República na garupa do ex-presidente Lula. Dilma é uma fraude.
(*) Nilson Borges Filho é mestre, doutor e pós-doutor em Direito e articulista colaborador do blog do Aluizio Amorim.
fonte - OCC ALERTABRASIL
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