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Oceano volta a ficar
coalhado de ‘balseros’, e ‘The New York Times’ pede que EUA encerrem
embargo econômico de mais de 50 anos, restabelecendo relações com a ilha
Cuba
tem frequentado o noticiário nas últimas semanas em grande parte pelo
papel destacado do seu governo no combate à epidemia de ebola, tendo
enviado até agora 256 profissionais de saúde à África. Em editorial, o
“New York Times” não poupou elogios à iniciativa de Havana, e o governo
americano saudou a “oportunidade de colaborar” com Cuba nessa frente. Em
artigo intitulado “A hora do dever”, o próprio Fidel Castro escreveu:
“Vamos cooperar com gosto com o pessoal americano.”
Em outro
editorial, o “New York Times” chamou a atenção para Cuba ao exortar
firmemente o governo americano a “restabelecer relações diplomáticas e
acabar com um embargo (econômico) insensato” de mais de 50 anos. Segundo
o jornal, o presidente Obama “deve aproveitar a oportunidade para dar
fim a uma longa era de inimizade”. Significativamente, Fidel, em sua
coluna no jornal oficial “Granma”, republicou quase todos os parágrafos
do texto, mesmo os que faziam críticas ao governo cubano, como no caso
dos prisioneiros políticos.
Para os cubanos, porém, o que sobra é
a dura realidade de sempre. A Venezuela, a mecenas que substituiu a
URSS na ajuda à ilha, está em crise profunda e a mesada escasseia. As
reformas de liberalização econômica restrita, introduzidas desde 2008
por Raúl Castro, parecem não dar o resultado esperado. A situação em
Cuba piorou e os 144km que a separam da Flórida ressurgiram como
chamariz em busca de melhores dias.
O oceano voltou a ficar
coalhado de rudimentares e frágeis embarcações em que osbalseros
arriscam suas vidas, e muitos as perdem, para alcançar os EUA. Pelas
regras em vigor, se conseguirem chegar a uma praia americana, são
acolhidos. Se forem abordados pela Guarda Costeira americana antes
disso, são enviados de volta. Nos 12 meses até 30 de setembro, segundo o
próprio “Times”, cerca de 25 mil cubanos chegaram aos EUA. O número
total dos que tentaram dobrou nos últimos dois anos. O fluxo traz à
memória dois episódios que são uma referência: a crise dos balseros, de
1994, quando Fidel permitiu a saída em massa em resposta aos esforços
americanos para coibir a imigração ilegal. Cerca de 47 mil cubanos
deixaram a ilha. Entre 15 de abril e 31 de outubro de 1980, ocorreu o
êxodo pelo porto de Mariel, precipitado por uma desaceleração da
economia cubana. Mais de 125 mil cubanos emigraram, osmarielitos.
O
novo êxodo mostra que a abertura econômica não está sendo suficiente
para tirar Cuba do buraco. Havana precisa dar passos concretos para
flexibilizar o regime e começar a construir instituições democráticas.
Com
isto, os EUA suspenderão o embargo, e uma era de prosperidade pode se
abrir para o povo cubano. Investimentos, inalcançáveis hoje pelo o país,
acorrerão em busca de um mercado de gente ansiosa para satisfazer a
sede de modernidade e integração à economia global.
Como profissional, trabalhei como apresentador, repórter, redator, produtor, diretor de jornalismo em várias emissoras de rádio - Rádio Difusora de Pirassununga, Rádio Cultura de Santos e São Vicente, Rádio Capital de Brasília, Rádio Alvorada de Brasília, Sistema Globo de Rádio/DF, Rádio Manchete FM/DF, Rádio Planalto de Brasília e 105 FM DF e Rádio Cultura de Brasília. Fui Professor de Radiojornalismo no CEUB. Funcionário concursado da Secretaria de Saúde do Distrito Federal requisitado pelo TCDF até me aposentar em fevereiro ultimo. Também trabalhei, nos anos 70 no jornal O Movimento de Pirassununga.
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