Como o previsto, a vitória de Dilma, em parte já antecipada pelos
mercados por causa das pesquisas e agora confirmada, jogou gasolina na
fogueira do pessimismo (realismo?) dos investidores. Seu discurso de
vitória tampouco serviu para aliviar: vem plebiscito por aí, eis sua
grande “mudança”.
A corrida para o dólar é imediata, e ele já vale quase R$ 2,55, com
tendência clara de alta. Isso significa que todos nós acordamos mais
pobres em relação ao resto do mundo. Nosso dinheiro compra menos bens e
serviços no exterior, os importados ficam mais caros, e a inflação sobe.
Eis o gráfico que assusta:
Além disso, o mais previsível também ocorreu até agora: o “kit eleição”,
formado pelas estatais, despencou. A Petrobras cai até o momento em que
escrevo mais de 13% no dia, que mal começou. É sangria desatada,
pânico, desespero. Mas nada sem fundamento, claro. Os investidores
atentos sabem muito bem o que mais quatro anos de PT pode significar
para a empresa: sua completa destruição! Vejam:
Como podemos ver, a reeleição de Dilma já faz sua primeira vítima: todos
aqueles trabalhadores de classe média que investiram sua poupança nas
ações da estatal por meio do FGTS e acordaram bem mais pobres hoje.
A “nova classe média” que finalmente conseguiu viajar para o estrangeiro
pela primeira vez, com muita celeuma do próprio governo, terá de arcar
agora com uma moeda bem mais desvalorizada também. Os custos do equívoco
de ontem estão apenas começando. Podem ficar tranquilos, pois vai
piorar. Especialmente quando Dilma anunciar seu novo ministro da
Fazenda, uma grande “mudança”…
FONTE ROTA2014
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