Que bom te ver por aqui, seja bem vindo. Neste espaço busco repassar a informação séria, sem censura. Publico artigos e notícias que estão na internet e que acredito serem de interesse geral. Também publico textos, vídeos e fotos de minha autoria. Nos textos há sempre uma foto ou um gif, sempre ilustrativa, muitas vezes, nada tem a ver com o texto em questão. Para entrar em contato comigo pode ser em comentários nos artigos ou, então, pelo e mail andradejrjor@gmail.com.
A sonegação começou
pelos dados mais recentes sobre a desigualdade de renda no País,
apurados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), vinculado
ao Ministério do Planejamento. Em sintonia com os interesses eleitorais
da presidente Dilma Rousseff, a cúpula do órgão adiou para depois do
segundo turno a divulgação dos números que contrariam a propaganda da
candidata sobre a queda continuada da diferença de rendimentos entre os
mais ricos e os mais pobres. Em protesto contra a censura, que fere
frontalmente o direito de acesso dos brasileiros a informações de
natureza pública, um dos diretores da entidade, Herton Ellery Araújo,
pediu exoneração do seu cargo. Foi seguido pelo vice-coordenador da sua
área, Marcelo Medeiros.
Segundo o titular do instituto, Sergei
Soares, o trancamento não teria sido ordenado pelo governo. "Foi uma
decisão nossa." É muito possível: no Estado enfeudado pelo PT, servidor
esperto é o que se antecipa ao que sabe ser a vontade do amo. O amo é
conhecido por sua paranoia, embora nas atuais circunstâncias o temor é
bem capaz de ter fundamento. O risco real e presente de Dilma ser
derrotada no tira-teima de depois de amanhã pelo tucano Aécio Neves
decerto pôs o seu apparat em alerta máximo para impedir que, levada à
disputa, qualquer novidade adversa ao seu projeto de poder possa tirar
votos, por poucos que sejam, de sua porta-estandarte. Eis por que, à
mordaça no Ipea, outras foram aplicadas em setores tão diversos como o
Ministério da Educação e da Receita Federal, de que se falará adiante.
O
caso do instituto merece ser visto bem de perto por dois motivos que se
entrelaçam: a importância dos seus levantamentos sobre o perfil social
da população e, nesse estudo específico, pela inovação que permitiu aos
seus pesquisadores chegar a verdades inconvenientes para a retórica
petista. O primeiro ponto é óbvio: o padrão de distribuição da riqueza
nacional neste país que padece para descalçar as botas de chumbo da
histórica e vergonhosa desigualdade que nos caracteriza está no centro
das atenções desde a redemocratização, a ponto de ter sido uma das
preocupações dominantes dos constituintes de 1988. Já a citada inovação,
que consistiu em incorporar informações do Fisco aos dados
convencionais, fez o Ipea concluir que a desigualdade não só é mais alta
do que estimava, como ainda se estabilizou entre 2006 e 2012, segundo o
pesquisador Marcelo Medeiros, citado pelo jornal Valor.
O Ipea
sustenta que a legislação eleitoral proíbe que se tornem públicos, entre
outros, dados capazes de influir nas decisões de voto. Trata-se de uma
patranha. O fato é que, dentro da perversa lógica petista de que as
informações em posse do Estado devem servir a seus ocupantes - ou para
ser divulgadas com espalhafato, quando positivas, ou para ser
trancafiadas, quando potencialmente perturbadoras para as perspectivas
eleitorais da chefe deles todos -, faz sentido, por exemplo, o arrocho
do resultado da arrecadação federal em setembro. Por manter a tendência
minguante dos números anteriores, é mais uma prova da crônica situação
enfermiça da economia, provocada não pela retração das atividades em
escala internacional, como alega a presidente, mas pela incompetência e
os zigue-zagues de seu governo.
Para um governo que também quer
fazer crer que faz tudo e mais alguma coisa pela educação fundamental no
País, melhor deixar guardados os últimos resultados do Ideb - a
aferição em âmbito nacional, a cada dois anos, com mais de 7 milhões de
estudantes, dos conhecimentos de português e matemática do alunado do
ensino básico. O exame mais recente data de agosto de 2013. Responsável
pela prova, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (Inep), do
Ministério da Educação, nega a intenção de escamotear a verdade: a
publicação estaria demorando porque os dados do exame precisam ser
apresentados de forma tal a facilitar a sua compreensão pelas escolas.
Se essa alegação pretende ser sofisticada, a da Receita para a não
divulgação da arrecadação de setembro é de um cinismo atroz: os
servidores responsáveis por dar publicidade aos números estão absorvidos
esta semana com atividades de planejamento.
Como profissional, trabalhei como apresentador, repórter, redator, produtor, diretor de jornalismo em várias emissoras de rádio - Rádio Difusora de Pirassununga, Rádio Cultura de Santos e São Vicente, Rádio Capital de Brasília, Rádio Alvorada de Brasília, Sistema Globo de Rádio/DF, Rádio Manchete FM/DF, Rádio Planalto de Brasília e 105 FM DF e Rádio Cultura de Brasília. Fui Professor de Radiojornalismo no CEUB. Funcionário concursado da Secretaria de Saúde do Distrito Federal requisitado pelo TCDF até me aposentar em fevereiro ultimo. Também trabalhei, nos anos 70 no jornal O Movimento de Pirassununga.
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