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22:27
ANDRADEJRJOR
EU VOTO AÉCIO NEVES 45
EDITORIAL FOLHA DE SP
Não é só a obra colossal
da hidrelétrica de Belo Monte (PA) que se acha em atraso e, assim,
ajuda a adensar a nuvem de incertezas sobre a geração de energia nos
próximos anos. Ao menos outras quatro usinas menores seguem pelo mesmo
caminho acidentado, a praxe no país do planejamento capenga.
Belo
Monte acrescentará 11.233 megawatts (MW) nominais ao parque
hidrelétrico nacional. Mesmo que se considere apenas seu fornecimento
garantido (4.571 MW), a controversa usina agregará sozinha quase toda a
eletricidade adicional de que o país precisa, a cada ano, para sustentar
sua economia.
O prazo previsto para acionar a última turbina era
2019. A primeira delas deveria rodar já no começo de 2015, mas isso só
deve acontecer um ano depois.
A concessionária Norte Energia
alegou atrasos no licenciamento ambiental e interrupções imprevistas.
Reivindica que se reconheçam tais intercorrências como excludentes de
responsabilidade, o que desobrigaria o empreendedor de pagar pelo que
deixa de entregar.
Reportagem desta quarta-feira (22) no diário
"Valor Econômico", contudo, indica que os "suspeitos de sempre" --greves
e questionamentos na Justiça a impactos sociais e ambientais-- afetam
também o andamento de projetos menores e distantes da Amazônia. Nos
quatro casos indicados, está em causa um total de 830 MW.
O
exemplo mais gritante é o da hidrelétrica Baixo Iguaçu, no rio de mesmo
nome no Paraná. As obras da usina de 350 MW foram sustadas há mais de
quatro meses, por força de uma liminar da Justiça federal que cassou a
licença ambiental de instalação do projeto.
Quase todos os
trabalhadores do canteiro foram dispensados. Não se sabe quando a
construção será reiniciada. Até a Unesco se envolveu, por considerar que
está sob ameaça a condição de patrimônio da humanidade conferida ao
Parque Nacional do Iguaçu.
Os outros três casos são os das usinas
Colíder (MT), Salto Apiacás (MT) e São Roque (SC). Na Amazônia, também
está atrasado o cronograma das hidrelétricas Santo Antônio e Jirau, no
rio Madeira, respectivamente 63 e 239 dias.
O padrão, portanto,
se repete em toda parte. Os prazos de construção e operação das usinas
desconsideram, ao que parece, o histórico de atrasos inerentes ao
arcabouço regulatório do país.
Não fosse o crescimento medíocre
da economia, esse planejamento deficitário acabaria por levar o país ao
limiar de novos apagões.
FONTE AVARANDABLOGSPOT
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